A Transparência Brasil lançou a campanha “Não Vote em Mensaleiro” que, tomando o caso do Mensalão como mote, visa, mais que isso, impedir que cheguem a cargos eletivos pessoas que respondem a processo por corrupção. Em breve, estará no ar o site da campanha com nomes e informações de domínio público relacionando candidatos a casos de corrupção.
Nos últimos dias, realizaram-se diversas convenções partidárias tendo em vista as eleições de outubro deste ano. Outras ocorrerão até o fim do mês de junho.
Tendo o vista a inclusão, nas chapas partidárias, de todos os implicados nos escândalos recentes, a Transparência Brasil vem a público para exortar o eleitor a não votar em mensaleiros, sanguessugas e implicados em outros escândalos.
Alvos de processos movidos pelo Ministério Público, indivíduos responsáveis tanto pela distribuição quanto pela recepção de subornos buscam na reeleição proteção contra a Justiça. Caso venham a ser eleitos, para que possam vir a ser processados será necessário que seus pares o autorizem.
Contudo, não é sensato esperar que uma Câmara dos Deputados que absolveu virtualmente todos os mensaleiros venha de repente mudar de comportamento.
Para essas pessoas – e para os partidos que as acolhem – a eleição funcionará como salvo-conduto para escapar do julgamento pelos seus atos.
Cabe ao eleitor barrar-lhes essa saída, negando-lhes o voto, até que sejam julgados. Caso inocentados, então poderão apresentar-se de cara limpa ao eleitorado.
O mesmo vale para os inúmeros políticos que se abrigam nas mais diferentes legendas estaduais, e que respondem a processos judiciais, todos suspensos pela imunidade parlamentar, por delitos que variam de improbidade administrativa a assassinatos, tráfico de drogas, roubo de cargas, contrabando e todo um rol de crimes capitulados no código penal.
Recuse-se a votar neles.
Não vote em mensaleiro.