blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: diogo

Mais uma vez: Bye Bye, Obama!

Vocês bem sabem que o principal problema dos EUA hoje, é o preço da gasolina. E o americano não pretende, de forma alguma, deixar o carro em casa. Enquanto Obama mais uma vez ficou sem saber o que dizer, McCain foi esperto e posicionou-se a favor de furar o Alasca para consumir os 15 bilhões* de barris do petróleo que tem por lá. Mais uma vez, Barak Hussein Obama esboça mudar de opinião, mas sempre sem tomar uma posição definitiva. Aliás, como já fez em relação ao aborto, declarando que é um assunto que está além do seu alcance; ou quando titubeava quanto a apoiar ou rechaçar as idéias do lunático reverendo Wright.

Embora a imprensa mundial torça pela recessão econômica americana e a eleição de Obama, ambas as coisas estão longe de se tornar realidade. O eleitor americano parece não se deixar levar pela onda rockstar surfada pelo candidato democrata. A última pesquisa aponta McCain liderando com cinco pontos à frente. Expressa que ninguém anda gostando da tour mundial democrata, onde o candidato preferido do mundo tem muito a falar às multidões sobre todas as coisas, enquanto não abre a boca quando o debate se dá em torno da permissão ou não das perfurações de poços de petróleo no Alasca, a única solução viável que pode baixar os preços dos combustíveis. Hoje, 73% dos americanos são favoráveis às perfurações.

Eles querem o nosso mar negro – Vale lembrar, que as reservas de petróleo no Alasca estão estimadas em 10 bilhões de barris a mais do que o tão celebrado mar de petróleo da Bacia de Santos, que conta com 5 bilhões. E as suas condições para extração são muito mais simples e baratas. Mesmo assim, não custa nada ficarmos atentos, não é mesmo? Afinal, nos alerta a corrente de e-mails – do pessoalzinho vermelho que usa camisa do Che Guevara – sobre a IV Frota Yankee estar estacionada no nosso quintal com um… navio-hospital, porca miséria!

Miami (EUA), 11 de Agosto de 2008 – O navio anfíbio americano “USS Kearsarge”, pertencente a recém-reativada IV Frota, partiu na sexta-feira passada de Miami rumo à Nicarágua, onde vai iniciar uma missão humanitária de quatro meses por seis países da América Central, do Caribe e da América do Sul, informou o Comando Sul dos Estados Unidos.

Com uma tripulação de mais de 1.300 militares, aos quais se unem médicos e engenheiros do Brasil, Canadá, França, Holanda e Espanha, o “USS Kearsarge” chegará logo à Colômbia, República Dominicana, Guiana, Panamá e Trinidade e Tobago antes de regressar em novembro aos Estados Unidos.

(…) Médicos, dentistas e veterinários especialistas a bordo do Kearsarge proverão um grande número de serviços médicos e sanitários a comunidades marginalizadas da região, inclusive cuidados cirúrgicos, preventivos, oftalmológicos e treinamento em saúde pública, informou o Comando Sul americano, encarregado da missão. Equipes de engenheiros da Marinha e da Força aérea dos EUA colaborarão com vários projetos de construção nos países que o navio visitará.
(Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 12)

O estado contra o indivíduo

Uma discussão que deve ser urgentemente pautada no campo das idéias brasileiras é até onde se limita o Princípio de Supremacia do Interesse Público sobre o Particular. Tal prerrogativa conferida à Administração Pública, atua sacrificando, sempre que houver necessidade, um interesse individual ante um interesse coletivo. No entanto, além de ser importante definir quais necessidades impõem-se restringindo as garantias individuais, não menos importante é a reflexão sobre a ascensão de uma política autoritária estatal a partir de tal supremacia.

Não é demais solicitar a razão para definir a necessidade de um ato estatal que fira um direito individual. Quando decretado o Estado de Defesa, frente a uma iminente guerra ou perigo institucional, justifica-se claramente os direitos do estado (visando o interesse público ou de defesa da nação) sobrepondo-se aos direitos individuais. Por outro lado, o advento das escutas telefônicas ilegais, ou o abuso na execução de Ordens Legais por parte de agentes do estado (como se deu na Operação Satiagraha em que uma Ordem Judicial deu margem para a escuta de indivíduos alheios ao processo) – põe em xeque a tese do princípio de legalidade, que representa o limite estabelecido para a atuação do estado, visando proteger o cidadão de um possível abuso de poder. É razoável concluir que o estado legitima-se a partir dos direitos fundamentais, que garantem liberdades individuais e a isonomia, que, aliás, é a idéia essencial de justiça. A partir do momento que a obsessão pela supremacia estatal passa a justificar a revogação dos direitos inalienáveis do indivíduo na busca pelo interesse coletivo de importância, às vezes, questionável, flerta-se literalmente com o autoritarismo.

Atualmente, o Princípio de Supremacia do Interesse Público sobre o Particular é o argumento preferido daqueles que pretendem inflar ainda mais o poder estatal. Não notam que o fato do estado ter a incumbência de administrar ou zelar pelos bens e interesses públicos, não o torna proprietário deles. É puro nonsense tal idéia de atestar a sua supremacia sob o pretexto, por exemplo, de objetivar a diminuição da desigualdade ou os direitos da coletividade. Pois corre-se o risco de admitir que a luta pela “justiça social”, provê ao agente público uma superioridade moral que o atesta ao poder de revogar direitos individuais que nada mais são do que os fundamentos do Estado de Direito.

Quem é Barack Hussein Obama?

Muita gente me cobra uma posição sobre Obama, após alguns posts em que dava bye bye a ele. E agora, Diogo? Vai falar o quê, mané? Boa pergunta!

Tenho que confessar que não acreditava que os americanos levariam adiante esta bobagem de obamamania. Da mesma forma, não acreditava que o brasileiro levaria a sério o segundo mandato de Lula, e eis que não estamos tão longe do terceiro.

Ainda assim, acho que a obamamania terá o mesmo fim que o Lulalá de 89. Caso contrário, os americanos terão um abrupto ciclo de decadência não só cultural, mas – talvez mais importante – institucional. Pela irresistível idéia do primeiro negro viável – e sem mérito – que a esquerda conseguiu produzir , ignora-se completamente a sua ligação íntima com um lunático anti-americano, as inúmeras mentiras sobre sua religiosidade e até mesmo que ele tenha falsificado sua certidão de nascimento, publicada em um site oficial da sua campanha, conforme nos informa o Israel Insider.

The purported birth certificate was published by the Daily Kos on June 12 in response to unconfirmed reports that Obama was not in fact born in the United States (Canada and Kenya
were suggested as the possible locations of his actual birth). Since he would in that case not be a natural born US citizen (his mother was not present in the US sufficiently long as an adult to pass American citizenship on to him automatically), he would not be eligible to be president.

Há dois dias um técnico forense analisou e assegurou a falsidade da certidão de nascimento divulgada pelo site oficial da campanha obanista. A grande imprensa americana se calou, fingindo que não se trata de um escândalo. Mais informações sobre a certidão fake de Obama, aqui.

The Controversy Obama\'s New Yorker Cover

O fenômeno Obama foi longe demais. Distribuindo esperança a quem é tonto o bastante para crer que alguma coisa boa o espera, faz de jornalistas tarimbados, porta-vozes de seu fã clube. Muitos deles enfiaram-se até o pescoço nessa ladainha, e já admitem falta de isenção nas opiniões sobre as eleições. Ontem, o New York Times foi além e se recusou a publicar um artigo de McCain, em resposta a outro de Obama que o criticava pela forma como pretende conduzir as tropas que ainda restam no Iraque. O editor chegou ao ridículo de publicar o e-mail em que recusa o artigo, dando dicas de como consertá-lo para ser admitido pelo jornal.

A idéia de um negro esquerdista na Casa Branca é pura sedução. Afinal, como lembrou Pedro Sette Câmara no seu Indivíduo:

“…se a idéia de um presidente negro é simpática, também deveria ser (e é) a idéia de um juiz negro da Suprema Corte (Clarence Thomas), de dois Secretários de Estado negros (Colin Powell e Condoleezza Rice). Se essas pessoas não têm seus méritos reconhecidos e não geram otimismo, é só porque a divisão ideológica é muito mais forte do que a divisão racial.”

Todo este otimismo sedutor levam os americanos bem longe da pergunta: quem, afinal, é Barack Hussein Obama II?

Uma burrice conveniente

Nessas discussões que, inevitavelmente, foram causadas pela tal da Lei Seca (11.705 CTB), andei dizendo que sempre me posicionarei contra a uma atitude estatal arrogante do tipo: “Eu sei o que é melhor para sua vida, imbecil!”. Inevitáveis, também, eram os semblantes de incompreensão voltados a mim. Afinal, a questão mais importante naqueles momentos era como voltar para casa depois de uns tragos e outros.

A discussão política no Brasil chegou a um ponto inevitavelmente cretino. Parte da obrigação, por imposição de uma Lei qualquer, de algo que tem probabilidade de estar certo e uma outra, proporcionalmente igual, de estar errado. O mesmo tipo de raciocínio – e discussão – foi proposto à iluminada probabilidade de cura através de pesquisas com células-tronco embrionárias, quando do outro lado havia a possibilidade de estar executando embriões já com vida. É aquela história de punir todos em benefício de um ou dois que, em probabilidade, poderiam ser poupados num acidente de trânsito ou voltar a andar se ainda estiverem vivos daqui a uns quarenta anos.

É claro que as pessoas devem ser responsabilizadas e punidas por guiarem alcoolizadas, colocando em risco a vida alheia. No entanto, assim já é. Quem quer que se envolva num acidente de trânsito ou é pego ao volante embriagado, sofre punições. Mas o que propõe a nova lei em questão é prevenir um acidente com base em probabilidades dele acontecer. E vai além, pretendendo, pelas mesmas razões probabilísticas, prender provisoriamente um potencial causador de acidente.

Além de partir de um raciocínio idiota, juridicamente é uma Lei que não se sustenta. Porque para atestar que alguém está embriagado é necessário produzir provas. E tais provas só podem ser produzidas com o consentimento do possível embriagado. Como a Constituição assegura o direito de não ser obrigado a produzir provas contra si mesmo, estando realmente embriagado, o melhor que se tem a fazer é negar um assopro no bafômetro e questionar a validade da punição.

Entretanto, a questão que se avoluma em meu despretensioso cérebro é quanto ao teor de burrice e estupidez de quem propõe esse tipo de coisa. Convém lembrar aquele pensamento de Joe McCarthy sobre a estupidez ser justa por errar para os dois lados. Porque quando o erro pende só para um lado o que rege é a esperteza.

Sobre o mundo cintilante

É interessante ver quem defende a liberação das pesquisas com as células-tronco como uma vitória da racionalidade. É mesmo muito racional jogar a vida em potência no lixo para celebrar a pesquisa também em potência. Porque se não há definição para o que é e quando se inicia a vida, se é algo polissêmico, a pesquisa, que busca curas também em potência, não é nada diferente. Fuzzy por fuzzy, é preferível saber antes se para promover curas é preciso cometer assassinatos.

Mas a questão nem é saber o que estamos dispostos a fazer em busca de curas em potência. Mas o quanto estamos dispostos a discutir as coisas sem falsificações. O apelo cientivista de que tais pesquisas levarão à cura de doenças – sem informar que a cura pode não ser encontrada – inunda o debate com um fanatismo cretino e alheio à razão. Além disso, a única coisa que essa empáfia cientivista iluminou foi a cabeça de megalômanos para a instituição de regimes totalitários e homicidas (o socialismo científico de Marx e o nazismo da raça superior), além de consensos equivocados, tratamentos inúteis e dietas que não levam a nada.

A coisa é importante demais para ser relegada a um simples embate entre Ciência e Religião.

Abortando a pesquisa…

Embora a maioria dos ministros do Supremo neguem que o debate travado pela liberação das pesquisas de células-tronco embrionárias seja sobre aborto – e insistem que essa discussão é pautada pela Igreja – um deles, Celso de Mello, aprofunda racionalmente a questão e levanta a dúvida:

Vocês sabem, resisti muito a ligar uma coisa a outra. Para mim, no próprio voto de Britto havia uma manifestação antiaborto, quando ele lembrou que o embrião, no útero, sem intervenção, resulta num novo ser. Estava enganado. O aborto, para alguns, está em votação!

A questão agora é sobre as restrições propostas pelos ministros. Segundo os cientistas que desejam a liberação das pesquisas, tais restrições as inviabilizam. E por quê? Porque propõem-se liberar as pesquisas, desde que os embriões não sejam destruídos.

Assim, admitindo que há dúvida quanto ao início de uma vida, que não faça nada, então. Porque na dúvida entre a possibilidade de matar ou não alguém, o que você faria?

Enfim, é um avanço no debate de idéias no Brasil, discutir o assunto claramente. Discute-se, em questão, o aborto, não o estudo de células-tronco. E isso não tem nada a ver com religião, mas de princípios do Direito Constitucional.

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