blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: yuri vieira (SSi) Page 13 of 72

Não pagou, dançou!

Já está no site minha última crônica. Nela, explico por que levar um carro a uma oficina mecânica da periferia de São Paulo é uma experiência das mais pitorescas. Claro, ao estilo Francis Bacon

EletronicBrasil

De volta ao Eletronic Brasil

Crítico literário

O Sr. Jorge Recóndito é o único crítico literário a quem realmente dou ouvidos. Infelizmente, porque ele sempre me trava. Escrevo dois capítulos de um livro num dia, na manhã seguinte ele aparece, dá uma lida e decreta: “Tá uma merda!” E eu encosto o trabalho, começo outro. Aí, vem ele e “tá uma porcaria”. Dois meses depois, releio tudo e penso: “Pô, que filho-da-puta o Sr. Jorge Recóndito!! Eu tava indo super bem sim…” Por favor, Sr. Recóndito, largue do meu pé e vá brincar lá fora com seu amiguinho Mr. Hyde. Saco…

Ladrões, uni-vos!

Ladrões, bandidos, espiantadores e larápios de todo o Brasil, uni-vos e mandai-vos – com mala, cuia e Uzi – para Goiânia! Não sejais idiotas, a polícia da cidade está em greve, sem falar que, graças ao belo gesto do desarmamento civil, a possibilidade de levar um tiro na bunda dado pela própria população é mínimo. Vinde e esbaldai-vos!!! (O posto de gasolina próximo à casa dos meus pais foi assaltado, assim como o supermercado mais próximo e, claro, a casa do meu cunhado, de onde levaram três computadores, um palm top, uma televisão, etc., etc. Obrigado PT, PSDB e demais políticos bonzinhos, obrigado pelo seu maravilhoso plano de distribuição de renda: desarme a população e não dê aumento à polícia, que ótima idéia!!!)

Droga do medo

Eu sei que praticamente todas as drogas podem trazer a experiência do inferno, a paranóia total. Mas ninguém as toma por esse motivo. Logo, como é que pode alguém experimentar uma coisa chamada Droga do medo, uma substância cuja viagem dura pra lá de 30 horas?! Puts, meu Santo Daime! Se querem viagem forte, por que não vão tomar a Droga do vômito? Antes chamar o juca que se borrar de pânico…

Prêmio Camões

Como não sou um bom leitor de jornais, só fiquei sabendo que a Lygia Fagundes Telles ganhou o Prêmio Camões através do J.Toledo. E a Lygia merecia, não só por sua obra, mas por sua pessoa. E, claro, como quase todo escritor, por suas nece$$idades. São 100 mil Euros para aplacar, ao menos, seus problemas materiais. Do resto ela sabe tratar muito bem. Sim, Toledo, brindemos a ela!

Dicionário

Para quem costuma consultar dicionários online, sugiro o de Língua Portuguesa da Priberam, que é gratuito, ao contrário do Aurélio ou do Houaiss online. Mas lembre-se que algumas palavras respeitam a grafia da norma européia do português. Lá, por exemplo, gênio se escreve génio. Mas para quem domina a própria língua, trata-se de mero detalhe. No mais, o dicionário é muito bom.

Distribuição de renda

Há uma greve de policiais civis e militares em Goiânia. Anteontem, o Jornal da Globo – já desfalcado da presença da Ana Gata Padrão – noticiou que as delegacias da cidade estavam recebendo filas de vítimas de roubo de automóveis e assalto a residências. O Jornal da Record, hoje, corroborou a informação. Tudo isso, somado ao famigerado Desarmamento Civil, me leva a crer que finalmente compreendi qual a tática de distribuição de renda do governo petista: retire a possibilidade de autodefesa dos cidadãos e, no momento apropriado (greves policiais), os robin hoods de plantão se incumbirão de redistribuir as tais riquezas. Ótima idéia!

Ofélia e Narbal

Quando li Coração de Onça – eu devia ter uns treze ou quatorze anos – eu acreditava que “e Narbal Fontes” fosse o sobrenome da tal Ofélia. Anos depois, li um artigo (no próprio livro, talvez) dizendo que Narbal era o marido de Ofélia e que ambos escreviam a quatro mãos, em capítulos alternados. Isso me deixou impressionado, sobretudo pela coerência da narrativa e pela invariância do estilo. Coração… é um bom livro de aventuras que, não sei por que cargas d’água, ainda não foi adaptado para cinema. Aliás, ele é todo cinematográfico: um rapaz sofre uma desilusão amorosa, entra para uma Bandeira, adquire bócio, é ferido num ataque de índios, perde-se nos sertões do Brasil, vai parar em Potosi, no Peru, onde fica rico com as minas de prata. É a mesma história de Camões: por almejar riquezas visando atrair o amor de uma mulher, o cara se mete em mil e uma roubadas. (Fim da semelhança com Camões.) Ao retornar à sua cidade natal, vinte anos depois, encontra a mulher que ama casada e com filhos. Mas porém contudo todavia, ela tem uma filha linda – muito parecida a si própria quando jovem – com quem ele se envolve. Parece uma novela de TV. Tudo para ser um sucesso. Mas ninguém ainda se tocou… Só que não era bem isso o que eu queria dizer. Minha intenção era apenas falar que deve ser um êxtase escrever um livro a quatro mãos com a mulher amada. Bem, se a afinidade for total, claro. Vai saber se eles não saiam no tapa a cada página…

Marimbondos

As pessoas não têm a menor noção do quão semelhante a esmigalhar com as mãos uma casa de marimbondos é, após ter convivido com ela, escrever sobre Hilda Hilst. Há sempre à espreita uma ou outra viúva ofendida…

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