blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: yuri vieira (SSi) Page 17 of 72

União

Escreveu Mário Ferreira dos Santos: “A lei não nos une porque decreta a nossa união. O Estado moderno é uma abstração dentro da sociedade, e não é um organismo. É apenas uma máquina. Falta-lhe a vida. Se fosse a sociedade organizada, seria ela mesma. Só então o Estado seria a sociedade. Por mais que alguns queiram, a polícia não é um substituto de Deus, nem a lei decretada pelos poderes constituídos a lei que brota dos corações e da inteligência. Tudo isso é uma mentira que custará muito caro aos homens, como já vem custando. O Estado moderno conseguiu realizar mais uma brutalidade, e nada mais. É preciso que surja espontaneamente o que une, como surge o amor de mãe e filho, a amizade entre os indivíduos humanos. Não se decretam simpatias.” (in Filosofia da Afirmação e da Negação.)

Quase hacker

Já estou me sentindo praticamente um técnico em informática. Eu já havia trocado – de diferentes computadores – placas de vídeo, rede, modem e som, drives de CD-ROM, disquete e Disco rígido ene vezes, mas nunca havia montado um PC inteiro do zero, tal como fiz ontem. Ligar a placa-mãe ao gabinete, instalar processador e cooler, conectar jumpers, mil e um fios e conectores, flats – puts! – nem sei como o bicho saiu vivo dessa história. (Ele respirou, juro.) Poxa, quando eu era moleque, eu tinha era um CP-400 Color, não precisava montar e desmontar o coitado. Em suma: já sei criar sites com diversos tipos de scripts… sei montar e configurar PCs… sou ótimo para recuperar dados perdidos… já instalei Linux uma vez num 486DX4-100… sou freqüentador do Astalavista… Próximo passo: virar um hacker! Ah hahahaha!!! (Para os entendidos: é claro que eu vou virar é um lammer, né…)

O Sr. Jorge Recóndito

O Sr. Jorge Recóndito é o cara mais chato, depressivo, negativo, sardônico e mal-humorado que eu conheço. Nos dias em que ele vem me visitar – puts! – ele me deixa arrasado. Hoje apareceu por aqui chutando os gatos da casa. Não consegue aceitar bichinhos que não sabem senão comer, ronronar e se meter por entre as pernas dos que caminham cheios de raiva contra as circunstâncias. Sim, o Sr. Recóndito já tentou o suicídio duas vezes. Com uma arma e com o zen-budismo. Este último quase logrou matá-lo, mas não foi possível: o Sr. Jorge Recóndito, embora culto, é casca grossa. Como poderia lhe agradar a idéia de atirar seu ego no vazio se tudo o que mais quer é que lhe prestem culto?

Droga pesada

O café tornou-se, para mim, uma droga das mais pesadas. Não posso tomar uma xícara sequer, diante da Internet, que já começo a enviar emails idiotas para Deus e o mundo. Bem-feito pro Yuri, quem mandou ele exagerar nas experiências psicodélicas? Subir uma escada em casa, depois de haver escalado dez picos no Nepal, dá uma canseira dos diabos…

Publicidade

Eu sempre tive vontade de andar por aí, mesmo a pé, vestido com um macacão de Fórmula 1, cheio de publicidade, e um capacete com a inscrição “escritor”, afinal, é preciso sobreviver. Mas não daria certo: pouca gente me veria, já não sou tão rueiro. Eu já havia tentado vários sistemas de troca de banners, e inclusive correr atrás de patrocínio, mas também me cansei. Ou a gente se vende, ou escreve. Em seguida, pensei em colocar o AdSense no meu site, mas, no ano passado, pesquisei e li a reclamação da Cora Rónai em seu blog: a Receita Federal estava bloqueando os cheques da Google. Desisti de vez. Mas porém contudo todavia, outro dia, vi o Alexandre Cruz Almeida a dizer que os caras haviam liberado a bufunfa. Tornei ao AdSense. Veremos no que dá. E seguirei outros conselhos do figura: Livraria Cultura, Submarino, etc. Hay que enternecerse, pero sin dejar de vender jamás…


Mais fotos

Uma leitora me escreveu solicitando mais fotos minhas no site, já que me acha, digamos, bunitrinhu. Respondi que até poderei satisfazer sua vontade, mas que ela deveria me enviar, primeiro, fotos dela. Silêncio, nada de resposta. (!) Será que agi errado? Embora eu realmente preferisse fotos de biquini, não foi exatamente o que quis dizer. Apenas uma questão de reciprocidade, saca?

Para sempre?

O único lado positivo de uma doença incurável é que ela nos faz colocar em xeque a hipótese de que durará para sempre. Afinal de contas, pensa o enfermo, o que quer dizer esse para sempre? Até o fim da vida? E até onde vai a vida? Até o término do corpo?… Não, conclui, minha doença é incurável, mas não durará para sempre…

Cuma?

Deixa ver se eu entendi: os índios de Roraima querem reservas na forma de pequenas “ilhas”, objetivando não expulsar fazendeiros, cidades e escolas próximas. Um de seus representantes afirma que eles, os índios, “não querem voltar à idade da pedra”, querem manter o contato com a civilização, prosperar. Mas o governo federal enviará o exército para garantir que a reserva será uma enorme área apenas com índios, sem essa história de ilhazinhas… Humm… O governador do estado é contra essa atitude do governo federal, o prefeito do município local também e, segundo consta, idem os fazendeiros e demais habitantes não-indígenas. Ou seja, apenas o governo federal tem voz nessa história toda, e a imporá pela força, isto é, o povo X ESTADO. Significará isto que o totalitarismo, após invadir certas almas, começa a agir pelas bordas?

Hugo de puta

Caramba, acabo de ler no blog de uma amiga, a GataLôca, que agora é crime, na Venezuela, insultar o já ditador Hugo Chávez! Neguinho pode pegar de 6 a 30 meses de prisão apenas por “ofender de maneira grave” o hijo-de-puta!! Se não me falha a memória nem os militares fizeram isso no Brasil. Depois nosso presidente Mula ainda aparece pra contrariar o Rumsfeld e a Condoleezza, garantindo que o governo venezuelano é democrático. Absurdo!! O Mula deve estar morrendo de inveja da ousadia desse hijo-de-puta, cabrón, desgraciado, bestia, mala-nota, cochino, imbécil, cara de verga, o sea, Hugo Chávez. Qualquer um que ameace a liberdade de expressão merece ouvir coisas muito piores do que essa.

Pynchon e Morrison

Um dos boatos mais doidos que já ouvi — na verdade, meu boato predileto — é esse que afirma serem Jim Morrison e o escritor Thomas Pynchon a mesma pessoa. Veja o que diz a esse respeito o verbete do livro de Edson Aran, “Conspirações – Tudo o que Não Querem que Você Saiba“:

“O líder dos Doors, Jim Morrison, morreu em 3 de julho de 1971, em Paris. Mas:

1. Três dias antes da ´morte´, Morrison visitou o próprio túmulo, que ele havia comprado alguns meses antes, no cemitério Père Lachaise.
2. Ninguém viu o corpo. Quando Bill Siddons, empresário do grupo, chegou ao apartamento de Morrison, o caixão já estava lacrado.
3. Pamela Courson, viúva do roqueiro, mostrou uma certidão de óbito assinada por um médico desconhecido. Ela disse que estava muito transtornada para perguntar o nome do médico que, apesar da notoriedade do defunto, preferiu ficar no anonimato. Até hoje.
4. A causa da morte foi ataque cardíaco, mas a polícia não fez autópsia no corpo, prática incomum na França.
5. Quando o baterista do grupo, John Densmore, visitou o túmulo do colega, não conteve a surpresa: ´Mas é pequeno demais!´.
6. Testemunhas afirmam que viram Jim Morrison andando tranquilamente por Paris. Dois anos depois da sua morte. E um certo James Douglas Morrison abriu uma conta no Bank of America, de São Francisco, de onde transferiu grandes somas para a Dinamarca.

Mas por que Jim Morrison teria forjado a própria morte? Simples. O Rei Lagarto se sentia velho demais para o rock´n´roll, mas novo demais para morrer. Embora fosse um popstar milionário que comia toda a mulherada, ele, no fundo, queria ser um escritor pobre que não come ninguém. Preferiu se fingir de morto e tentar a carreira literária numa outra encarnação. Conspirólogos mais doidões dizem que Morrison é o escritor Thomas Pynchon, autor de Vineland, O Arco-íris da gravidade e O Leilão do Lote 49. Pynchon não se deixa fotografar nem dá entrevistas. É a prova que faltava.”

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