blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: yuri vieira (SSi) Page 25 of 72

Os Esquecidos

Dei muita risada – graças às viagens do roteirista Gerald Di Pego – e tomei muito susto – graças à direção de Joseph Ruben – com o filme Os Esquecidos, (The Forgotten). Ótimo filme pipoca. Claro que poderia ser visto como um subproduto da triologia Matrix. A mesma idéia gnosticista de um Demiurgo e tal. Mas é divertido, funciona como entretenimento. As, digamos, defenestrações planetárias são hilariantes. Vale a pena.

Philip Agee

E o ex-agente da CIA, Philip Agee, vive hoje em Cuba, onde dirige uma agência de turismo… O cara sai da turma dos sujos para entrar na dos mal lavados. (Até contribuiu com a KGB.) Cada um…

CIA

“Montevidéu -18/04/1964 – Holman acaba de voltar de uma conferência com chefes de base e trouxe a convicção de que devemos dedicar mais atenção aos exilados brasileiros. A decisão, tomada aparentemente pelo próprio presidente Johnson, foi de que devemos fazer todos os esforços a fim de não apenas evitar um contragolpe e movimentos de revolta em futuro próximo no Brasil, mas também para fomentar suas forças de segurança tão rápida e eficientemente quanto seja possível. Não se deve permitir, nunca mais, que o Brasil se incline para a esquerda, pois aí comunistas e outros constituem uma ameaça de domínio ou de, pelo menos, tornarem-se muito influentes.”
(Diário da CIA, Philip Agee, 1975.)

Sem livre-arbítrio?!

Em conversa com amigos “relativistas absolutos” percebi um detalhe que, não sei por que, nunca me havia ocorrido: há gente que não acredita que exista, em nível algum, o livre arbítrio da alma humana. Eu sabia que muita gente achava a tal “alma” um mero emaranhado de sinapses, um complexo e, por que não?, ordinário “processo” eletroquímico que finda com o corpo. Mas daí a ter de ouvir que não há livre arbítrio algum, mesmo enquanto materialmente ativo… puts, foi uma novidade. Para eles, o livre arbítrio – a liberdade de decisão! – é um mito, uma aparência que varia da mais enganosa e falsa liberdade à absoluta ausência de alternativas. E, detalhe, me deixaram entender que a medida é: quanto mais pobre for a pessoa, menor será seu nível aparente de livre arbítrio, até a miséria, onde a pessoa é absolutamente prisioneira das circunstâncias. Marxistas, claro. E tiveram a falta de simancol de me dizer que um garimpeiro nunca decidiu ser um garimpeiro, mas que a vida, a sociedade, o empurrou até o garimpo. (Discutíamos sobre o assassinato, por parte de índios, de um grande grupo de garimpeiros. Eles diziam que ambos não tiveram alternativas: os garimpeiros de ir fazer outra coisa, os índios, de não matar!!)

Mas – peraí!! – não é que eles, em certo ponto, têm alguma razão? Sim, têm, embora não percebam a arapuca em que se metem com isso. Se fôssemos somente esse sistema mecânico, eletroquímico ou sei lá eu, não poderia haver realmente livre-arbítrio. Seríamos como computadores a esperar o toque de dedos extrínsecos a nós que nos impulsionassem para lá e para cá. Mas o que eles não percebem é que já fomos “digitados” – vide o teto da Capela Sistina. Sem a alma não haveria livre-arbítrio e eles sequer poderiam decidir a tomar uma opinião distinta.

As besteiras que a gente tem de ouvir…

Fé em si

A gente passa pela vida tendo fé em dó, em ré, em lá… Demora tanto a ter fé em si. Em si mesmo. Hoje, reli as 70 páginas de uma novela (que é como se deveria referir a certo gênero narrativo, ao invés de romance) uma novela que comecei a escrever seis anos atrás e, quer saber?, curti. Não queima meu filme. Começarei a publicá-la neste site. (É preciso fechar os ciclos que iniciamos, ou os próximos também permanecerão abertos. Como tem rolado…)

Shopping e CLT

Tenho amigas, inclusive formadas, que tentaram trabalhar em lojas de shopping center. É preciso preencher mil e um formulários com dados que, segundo “minha advogada” (minha irmã), são proibidos pela CLT. Exemplo: se os pais são inadimplentes (CPF e RG), se estão com o rabo preso no Serasa (idem) e, ainda mais louco, se a pessoa possui advogados na família (qual a profissão). É uma briga de faca. O governo exagera com as regras e os empresários fazem o possível para burlá-las, fazendo terrorismo com os funcionários em troca de um bom salário. (Uma dentista ganha melhor como vendedora do que na sua profissão. Mas não tem horários e precisa engolir mil e um sapos e suportar tratamento que beira o humilhante.) Vc decide…

O coração das trevas

Essa resenha do Nemo Nox descreve bem o livro O coração das trevas, de Joseph Conrad.

Enlarge your pennis

Nunca pensei que, sendo um heterossexual pra lá de convicto, os homens de pinto pequeno me causariam tamanho transtorno. Só hoje já deletei 62 comentários neste blog – que estavam à espera de aprovação (valeu, Movable Type 3.01D!) – que não eram senão propagandas de sites cujos produtos prometem aumentar o dito cujo carcará sanguinolento. Haja paciência. O comentário mais peculiar dizia assim: “get the pennis you deserve” (“consiga o pênis que vc merece”). Pode? Ninguém – que esteja satisfeito – merece.

Eumeswil

O romance Eumeswil, de Ernst Jünger, é um livro excelente, com ótimas observações de caráter político, histórico e existencial. (Já citei trechos dele diversas vezes aqui.) Mas, puts grila!, precisava ser tão longo? 400 páginas de Dostoiévski é melzinho na chupeta, mas de Jünger não. Poderia ser reduzido em pelo menos um quarto, sem qualquer prejuízo para o todo. É nessas horas que as impactantes 148 páginas de O coração das trevas nos enche de admiração.

O portal da história

Li recentemente alguns textos interessantes neste site português.

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