blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: yuri vieira (SSi) Page 48 of 72

Bandeira

A observação abaixo — extraída do livro Eumeswil, de Ernst Jünger, pág.135. –, lembra a que fiz anteriormente a respeito da linda idéia do Senador Suplissimpsons de acrescentar a palavra “Amor” à nossa bandeira: “Quando se grava nas bandeiras o lema humanidade, isso significa não só excluir o inimigo da sociedade, como também privá-lo de todos os direitos humanos”.

Isso também explica o porquê de, no Brasil, tampouco haver ordem e progresso.

Outra

Essa também é ótima:


109. — Qual era a nacionalidade de Adão e Eva?

— Obviamente eram russos. Somente russos podem correr por aí descalços e desnudos, sem teto sobre suas cabeças, dividir uma única maçã entre dois e ainda gritar que estão no paraíso!

Piadas de comunista

Ronaldo Roque me enviou um site com algumas piadas de comunista bem engraçadas. Resolvi adaptar uma delas (Nº 95) em homenagem ao governo petista:

O orador começa a enumerar as conquistas da “Agenda Positiva”:

— Na cidade X foi criado um assentamento modelo para o MST…

Uma voz da sala:

— Acabei de vir de lá. Não existe por lá nenhum “assentamento modelo”, apenas uma favela rural!

O orador continua:

— Na cidade Y o Fome Zero é um grande sucesso…

A mesma voz: — Estive lá a semana passada. Apenas dez pessoas receberam o cartão, o resto dos cartões desapareceram!

O orador não se contêm:

— E o Sr., camarada (vou manter “camarada”, mais esclarecedor que “companheiro”), deveria ouvir mais o programa de rádio do Lula e parar de bater pernas por aí!

Para quem acha que o governo segue uma política econômica avessa ao socialismo, saiba que Lenin fez exatamente o mesmo que Palocci vem fazendo: manteve a economia saudável e o mercado livre enquanto, por baixo dos panos, o verme político ia comendo tudo. Até que…

Outros leitores

Ao contrário do que pensam alguns dos meus amigos, não são apenas escritores malucos – como Benítez ou mesmo euzito – que se interessam pelo Livro de Urântia. Em fevereiro, estive em Brasília, juntamente com Nemias F. Mól, na casa do diplomata Frederico Abbott. (Veja seus dados biográficos). Motivo da visita: o Livro. Conversamos por horas. Foi Frederico que me falou pela primeira vez sobre o suposto Príncipe Planetário ainda a solta por aí.

Palavrão oblíquo

Essa eu ouvi no GNT e foi o cúmulo da linguagem politicamente correta. (Se bem que o tom foi mais de ironia.) O correspondente de Buenos Aires, Ariel Palácios, disse que certo fulano, membro da oposição, “atribuiu uma profissão sexual à mãe do pingüino“, ou seja, do Presidente Kirchner. Isso é que é xingar: “Eu atribuo uma profissão sexual à senhora sua mãe!!!!”

Cagada em cena

Meu Deus, eu sabia que já tinha visto em algum lugar aquele ator que interpretou o Mário de Andrade na mini-série da Globo, o Pascoal da Conceição. Era o cara que cagou bem na minha frente, num palco, numa peça do Zé Celso! (Aliás, “Pra Dar um Fim no Juízo de Deus”, de Artaud.) Acabo de confirmar na entrevista do Jô Soares. E nem foi no teatro, foi num evento improvisado, em Pinheiros, numa área próxima ao famoso “Cu do Padre”. Realmente, Zé Celso não é outro senão o guru do cu, a Míriam tem toda a razão…

Mais Tolentino

Outro cara bacana é o secretário do Bruno, o Antônio Ramos, que também morou lá na Hilda Hilst. Ex-presidiário (era usuário e não traficante), ex-interno de sanatório espírita, ex-obreiro evangélico, ex-morador de rua e sempre marceneiro. (Reformou o teto e as portas da casa da Hilda.) Conversamos muito: inteligente, fraco para tentações, mas grande coração. Tipo o cara ali do espelho. Tanto estudante querendo ser secretário do Bruno e ele escolhe logo o carinha que dormia na Praça da República. E tem gente que ainda acha o poeta um escroto sem coração. Até parece.

Herman Coelho 2

Ei, fãs do Paulo, não se irritem com o Tolentino. Foi um dos únicos intelectuais de peso a defender o direito de o Paulo Coelho escrever e publicar o que bem entender. Para ele, terríveis mesmo são os irmãos Campos. E, nisto, dou o maior apoio. Ô gente enjoada. Concretismo é que é um verdadeiro punhetismo literário.

Herman Hesse

E por falar no Bruno Tolentino e no Herman Hesse, me lembrei que, segundo o Bruno, este alemão não é senão Paulo Coelho pra intelectual. 🙂 Será que é por isso que tem gente que quer comer o fígado do Bruno?

O Idiota, again

Um amigo meu, Edmilson, que estudava Engenharia Florestal na UnB, sempre me consultava sobre quais livros deveria ler. Eu dizia, “Pesadelo refrigerado”, e ele lia, “Crime e Castigo”, e ele tchuns, “Lobo da Estepe”, e ele pá. Ô cara pra confiar. Só que me arrependi depois de lhe indicar “O Idiota”, do Dostoiévski. Sempre que ele me via no ceubinho (UnB), berrava: “E aí, seu IDIOTA?” Todo mundo olhava, eu embaraçado, e só a gente entendendo. O pior é que sou um idiota mesmo…

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