O Paulo Paiva me enviou uma entrevista interessantíssima: “Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África!”. Nela, “o especialista em economia James Shikwati, 35, do Quênia, diz que a ajuda à África é mais prejudicial que benéfica. O entusiástico defensor da globalização falou com a SPIEGEL sobre os efeitos desastrosos da política de desenvolvimento ocidental na África, sobre governantes corruptos e a tendência a exagerar o problema da Aids”. Para ele, a ajuda da ONU e demais organismos internacionais “bonzinhos” apenas alimenta a corrupção dos políticos e funcionários públicos, estimula a indolência, quebra os incipientes mercados e impede uma maior interação econômica entre os países africanos.
Autor: yuri vieira (SSi) Page 7 of 72
No site da Keyhole, a empresa comprada pela Google, há mil e uma dicas de lugares para “visitar” através do programa Google Earth. Há desde bunkers da Segunda Guerra Mundial até o cemitério onde está enterrado H.P.Lovecraft, passando pelas mansões e ilhas particulares de celebridades. Ao encontrar um ítem de interesse no site da Keyhole, execute o Google Earth e, no site, clique em Anexo (attachment) para baixar o link. E boa viagem.
Criei uma comunidade no Orkut relacionada ao programa Google Earth, que manipula imagens de satélite de todo o planeta. A idéia é trocar coordenadas geográficas de curiosas formações naturais ou de indefinidas construções humanas. Como exemplo, dou as coordenadas para as Pirâmides do Egito (29d58’45.97″N, 31d08’02.26″E) e para as ruínas da UnB (15d46’22.15″S, 47d51’11.20″W), isto é, as ruínas de uma obra – provavelmente superfaturada – que não chegou a ser terminada por ter sido invadida pelas águas do lago Paranoá. (Os estudantes malucos da UnB a conhecem muito bem.) Em outros países as ruínas costumam ser indícios de civilizações antigas. No Brasil, provam a incompetência e a roubalheira de todos os governos contemporâneos…
“Enfim, se esse Lula for eleito – Deus nos livre! – vamos ver quanto tempo levará – e quantas merdas ele precisará fazer – para que seus equivocados eleitores se arrependam amargamente por tê-lo escolhido. Podem anotar o que digo…”
Foi isto o que escrevi no dia 03 de Outubro de 2002 neste blog. Eu já lia as fontes corretas. Muita gente ainda não as lê.
E o jornal The Guardian especula sobre uma possível substituição da Rússia pela Índia ou pelo Brasil num futuro G9. E avisa: o país substituto, ao contrário da Rússia de Putin, deve ser democrático.
A melhor pergunta feita ao Genoíno no programa Roda Viva foi: “da mesma forma que o ex-ministro José Dirceu, o senhor também sempre conta tudo ao Lula?” Claro que ele desconversou e não disse nem sim, nem não. Se dissesse “sim”, sua mais que provável queda levaria Lula de roldão. Se “não”, provaria que Lula é tão incompetente que não consegue sequer tirar informações do presidente do seu partido. (É óbvio que Genoíno tampouco se meteu a contestar o incontestável e destruidor “da mesma forma que o José Dirceu“. Seria literalmente chafurdar na lama.) Agora, cá entre nós: se o Brasil fosse mesmo um país sério (de Gaulle), Lula já teria caído. Que o diga o Reinaldo Azevedo.
Segundo o Pedro Novaes, há cerca de dois anos a Folha de São Paulo (salvo engano) enviou, para publicação em coletâneas, um conto não muito conhecido do Machado de Assis, mas sob um nome falso, a diversas editoras. Foi recusado em todas. (Será que acharam o texto ruim? Ou será que o acharam muito… machadiano?)
Participar como mero observador dessa reunião no Ministério do Meio Ambiente – eu entrara de gaiato ao decidir acompanhar o Pedro Novaes – me fez pensar que seria bastante interessante um Big Brother ao contrário: colocar câmeras que mostrassem em tempo-real, na Internet, todas as reuniões das repartições e órgãos públicos. (Os demais ambientes de trabalho não seriam monitorados.) Claro, um projeto para os próximos vinte anos. Esteja certo que seria mais interessante que o BBB. A reunião a que assisti – cheia de engenheiros e técnicos – transcorreu civilizadamente e chegou mesmo a decidir coisas. Sim, coisas que estendem os tentáculos estatais, mas coisas. Só que eu queria mesmo é assistir a uma reunião no prédio ao lado, no estapafúrdio Ministério da Promoção da Igualdade Racial. (Sim, isso existe.) Acho que não conseguiria evitar algumas sugestões: que se pintasse de azul todos os brasileiros, assim ficaríamos mais iguais; que se definisse uma aparência autóctone ideal e que todos os que nela não se encaixassem fossem submetidos a cirurgias plásticas; que todos os descendentes de japoneses, chineses, coreanos, alemães, sírios, etc. fossem obrigados a jogar capoeira e comer acarajé; que os índios recebessem injeções de hormônios para deixarem de ser tão glabros, e assim por diante. As reuniões desse Ministério devem ser surreais, cheias de bate-bocas e conversa fiada travestida de academicismo. Segundo já ouvi, 90% do tempo dessas reuniões são perdidos em pura definição de conceitos. Essa gente das ciências humanas nunca fala a mesma língua…
Dois dias em Brasília, onde voltei a ajudar o Pedro Novaes com seu documentário. Entrevistamos diversas figuras ligadas às questões ambientais e inclusive estive presente a uma reunião no Ministério do Meio Ambiente com representantes do Banco Mundial. (Logo eu que não represento absolutamente nada!) Vi que não era mentira: meu bróder Paulo Paiva, que expunha seu projeto eco-mirabolante, realmente é um engenheiro idealista! Mas o melhor mesmo foi rever o Maurinho Oliveira, amigo das antigas, do saudoso grupo Trilhas e Cavernas, que eu não encontrava havia uns dez anos, hoje assessor do João Paulo Capobianco, Secretário de Biodiversidade. Mas quando eu disse que estava na reunião como representante da Abin, o Maurinho acreditou! Pensou que eu realmente havia prestado concurso na tal Agência. E, se até ele engoliu, quantos mais não terão embarcado na piada? Aquele gordito grisalho que vezenquando me observava com o canto dos olhos? Desconfiaaado. Divertido com a situação, cheguei a simular uma troca de pastas enquanto o Paulo estava no banheiro do Ministério. Foi minha estréia oficial como agente secreto… deste blog!!
O pior dessa CPMI dos correios é a completa falta de pulso do senador Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da tal Comissão. Parece até que foi esta a tática do PT: “Põe um cara sem autoridade ali e a coisa virará bagunça…” É incrível como todo o procedimento se assemelha às assembléias caóticas da UNE e dos DCEs de todo o país. Claro que os demais colegas do senador “ajudam” ao atrapalhar, cada qual demonstrando mais falta de educação (ou será desespero?) que o outro. Não conseguem organizar e controlar a si mesmos e ainda querem botar ordem no mundo. (Como se eu já não soubesse que sempre foi assim e assim continuará sendo…)