Primeiro, o blog Freakonomics, mantido por Steven Levitt e Stephen Dubner, autores do best-seller “Freakonomics, o lado oculto e inesperado de tudo o que nos afeta”, publicado no Brasil pela Elsevier, merece estar entre os favoritos. Segundo, dica deles, para candidatos a escritores best-seller, este site tem um “titlescorer”. Entre o título de seu livro lá, e as estatísticas te dirão quais as chances de se tornar um campeão de vendas.
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Meu primeiro texto foi inserido aqui pelo Yuri na sexta de madrugada e no fim de semana como não tive tempo pra acessar a página também não obtive a oportunidade de me apresentar e agradecer, o que aproveito pra fazer agora. Enfim, saudações a todos que aqui escrevem e lêem e espero compartilhar idéias e aprendizados com todos.
Essa continuação de meu primeiro texto é uma compilação de emails que troquei com meus amigos do curso de Ciências Sociais da USP – onde estudamos juntos e onde conheci o Yuri – e acho que explica um pouco melhor de onde tirei essas idéias, já que responde a algumas dúvidas e críticas quanto ao game ser uma ferramenta de transformação, em especial aos MMRPG´s (Massively Multiplayer Role Playing Game). Estou há anos estudando este tema por conta de meu trabalho, mas uma de minhas paixões também é a ficção científica e me baseei muito no Livro “A Cidade e as estrelas“, de Arthur C. Clark, que acredito ter influenciado o roteiro de Matrix mais do que qualquer outra fonte, porém também creio que a tecnologia seja apenas uma ferramenta poderosa, um meio, e não uma solução. Neste livro a tecnologia que contém todo o conhecimento do universo é usada para dar aos homens diversos tipos de experiências de vida através das “sagas”, mas Alvin, o protagonista, eleito como “Neo”, deixa de livre-arbítrio “Diaspar” em busca de conhecimento verdadeiro. Aproveito para postar também uma poesia de Carlos Drummond chamado “O homem; as viagens“, a qual apresenta como único destino do homem o retorno para dentro de si, e talvez neste caso a tecnologia apresse ou retarde essa busca. De qualquer maneira ela está aí…
Eis uma declaração do escritor Kurt Vonnegut, citado por Pierre Assouline, no blog La république des livres, que certamente agradará ao Paulo Paiva, um fã declarado de ficção científica:
“Un roman qui exclut la technologie déforme la vie aussi affreusement que les Victoriens la dénaturaient en excluant le sexe.”
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“Um romance que exclui a tecnologia deforma a vida tão terrivelmente quanto os vitorianos a adulteravam ao excluir o sexo.”
Num certo momento da conversa, Rubem Braga olhou para mim e disse: “Você sabe escrever uma carta de amor?” Hesitei um pouco. Eu nem sou escritor! Pensei em silêncio e respondi: “Olha, já escrevi algumas, mas não sei bem se realmente sei escrever uma boa carta de amor…”
Eu o tinha encontrado por acaso em Ipanema. Foi em 1987. Talvez 1988.
De certa forma foi engraçado. Ele já era uma pessoa de idade. A conversa foi breve. Começou quando eu me apresentei, dizendo que gostava muito de suas crônicas, etc. Mas, como disse, meio assim de repente, ele olhou para a minha acompanhante e veio com essa pergunta da carta de amor para mim. Foi algo inesperado.
Assisti por acaso, no Telecine Cult, à parte final da adaptação de O Diário de Anne Frank, cujo livro li ano passado ou retrasado, sei lá. (Para quem não sabe é o diário real da adolescente judia que passou uns dois anos escondida, com outros judeus, em Amsterdam, durante a ocupação nazista. Morreu poucos meses antes do final da guerra num campo de extermínio.) Pois então, no filme, o diálogo final de Anne com um seu amigo reafirma, tal como no livro, e apesar dos pesares, sua fé no ser humano e na bondade de Deus. (Daí, creio, o valor do seu testemunho.) Mas o que me chamou a atenção não foi isto, mas a forma como ela consola seu interlocutor, dizendo que o mundo está apenas passando por uma “fase”, tal como ela e sua mãe passam às vezes. Ou seja – pensei com meus botões -, o mundo está menstruado, daí as cólicas e todo esse derramamento de sangue que vemos no dia a dia. E parece que ela tem razão. Só que atualmente o planeta não está apenas com TPM ou naqueles dias. Anda com diarréia humana, febre vulcânica, sarna florestal, tremores tectônicos, vômitos marinhos e coisas do gênero também. Segundo desconfio, o mundo vai passar por muitos maus bocados ainda. Talvez esteja para dar à luz, vai saber. O que estará para nascer?

Eu e os 4 Mineiros
Há algumas semanas, eu e Juliana, minha mulher, fizemos uma bela viagem pelas Minas Gerais dos quatro amigos. Fui correr a Volta da Pampulha, tradicional prova de corrida de rua em Belo Horizonte, e depois relaxamos por uma par de dias nos mil becos de Ouro Preto, seguindo então para a paisagem espetacular do Caraça.
Hoje uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, o Caraça foi, até a década de 1960, um rigoroso internato católico, tradicional escola das Minas Gerais.
A amizade é, para mim, meio e fim da condição humana. É no seu exercício, exemplo maior da doação ao outro, que nos fundamos como merecedores da designação “humano”. Tudo o mais é anterior, é perdição narcísica. Espero que esse blog conjunto possa ser um humilde, porém eloqüente, exemplo das possibilidades do exercício da amizade. E para falar de amizade, nada melhor que invocar e homenagear os quatro mineiros – Hélio Pellegrino, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Otto Lara Rezende -, grandes provas precisamente de que a amizade é o centro de tudo e de que a doação a ela desvela e liberta o potencial mais bonito das pessoas. Afinal, os quatro eram amigos desde jovens (no caso de Hélio e Fernando, companheiros de jardim de infância), não se cansaram de exercer esse vínculo e de se dedicar a ele – inclusive em textos belíssimos – e o resultado foram quatro dos maiores talentos literários e intelectuais do século passado em nosso país.
eles possuíam títulos metafóricos ou figurativos ao invés de literais; a primeira palavra [do título] era um pronome, um verbo, um adjetivo ou um vocativo; e seu padrões gramaticais tomavam a forma ou de um caso possessivo com um substantivo [trata-se da língua inglesa], ou de um adjetivo e substantivo, ou das palavras The… of…
O tal Dr Winkler afirma também ser possível, com essa fórmula, prever se um livro será ou não um bestseller em 70% dos casos. Hummm, sei, sei…
ellos poseían títulos metafóricos o figurativos y no literales; la primera palabra [de los títulos] era un pronombre, un verbo, un adjetivo o un saludo; y sus padrones gramaticales tenían la forma o de un caso posesivo con un sustantivo [se trata de la lengua inglesa], o de un adjetivo y sustantivo, o de las palabras The… of…
El Dr Winkler afirma también ser posible, con esa fórmula, prever si un libro será o no un bestseller en 70% de los casos. Hummm, ya lo veo…
Do resto eu falo outra hora.
De lo restante hablaré después….