blog do escritor yuri vieira e convidados...

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Mário Ferreira

Estou lendo um livro que deveria ser obrigatório para todo e qualquer estudante universitário: “Filosofias da afirmação e da negação”, do filósofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos. O cara foi capaz de fazer a biópsia do século XX e, de quebra, deste século. Muito, muito câncer mental foi por ele detectado. E a doença ainda grassa. A continuar assim, nenhum dos “homens da tarde”, que atravancam nosso caminho, verão a luz do amanhecer…

Bruno Tolentino

Eu não fazia a mínima idéia de quantas reminiscências – relativas às conversas com o Bruno lá na casa da Hilda – a leitura de “Meditações sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarô” (autor anônimo) me traria. Tenha ou não consciência disso, o Bruno Tolentino é o perfeito exemplo de “hermetista cristão” do qual o livro faz a apologia.

Mulher do padre

Pra mim, quem não lê as colunas semanais do Olavo de Carvalho é mulher do padre. E olha que, de fato, conheço alguns padres nem um pouco celibatários…

A morte

“Sócrates: (…) se eu não acreditasse, primeiro, que vou para junto de outros deuses, sábios e bons, e, depois, para o lugar de homens falecidos muito melhores do que os daqui, cometeria uma grande erro por não me insurgir contra a morte. Porém podes fiar que espero juntar-me a homens de bem. Sobre esse ponto não me manifesto com muita segurança; mas no que entende com minha transferência para junto de deuses que são excelentes amos: se há o que eu defenda com convicção é precisamente isso. Esse motivo de não me revoltar a idéia da morte. Pelo contrário, tenho esperança de que alguma coisa há para os mortos, e, de acordo com antiga tradição, muito melhor para os bons do que para os maus.”
(Fédon, de Platão.)

Apologia de Sócrates

Outro texto do Platão que faz a gente passar mal de tanto que a gente se sente bem: A defesa de Sócrates. Nietzsche, ao tentar “fazer filosofia com o martelo”, foi completamente infeliz no que disse a respeito de Sócrates. Ele deu foi uma martelada na própria testa… (O fato de Nietzsche ter passado uns dez anos catatônico antes de morrer, mesmo ao piano, não me deixa mentir.)

Górgias

Meu Deus, a leitura de Górgias, de Platão, faz a gente ter verdadeiros intelectorgasmos.

A ratazana

Falando em livros que não recomendo a ninguém, também quero desrecomendar A ratazana, um tijolo de mais de 400 páginas do Günter Grass, que li como quem curte uma azia ou uma má digestão. Fique longe dele, é muito pentelho. Vc encontrará apenas as meditações de uma ratazana a explicar por que os ratos herdaram a Terra dos malditos humanos. Parece interessante, mas não é. Os capítulos que narram os protestos dos personagens de contos de fadas – chapeuzinho vermelho, Lobo mau, João e Maria, etc. – contra a devastação ambiental da Floresta Negra, só pode empolgar mesmo a um militante do Green Peace. Não tem graça. Como alguém pode usar uma linguagem, que beira o desenho animado, sem humor? Tá doido, muito pé no saco. Anos atrás, assisti a uma adaptação do livro O Tambor, do mesmo autor. O filme é muito interessante, embora já não me lembre com muita exatidão das peripécias do tal garoto que não cresce. Já o livro, se for tão seco e teutônico quanto A ratazana, tampouco me interessa.

[Ouvindo: Stand by Me – The Beatles

Escriveitor em 28 dias

O interessante do Gmail é que o robot da Google usa o texto dos emails para direcionar sua discreta publicidade. Estive conversando com o Pastor Carl — do site Believe (excelente, fala de toda religião e seita conhecida)– e ele me falava de como o Livro de Urântia, para ele, não passa de uma ótima ficção científica. Pronto, aí vem o Gmail com a propaganda desse Como escrever um livro em 28 dias… Hum, tem até um método conhecido como “mega quick character creation”(Tabajara?). 🙂 Cada um…

CIA

“Montevidéu -18/04/1964 – Holman acaba de voltar de uma conferência com chefes de base e trouxe a convicção de que devemos dedicar mais atenção aos exilados brasileiros. A decisão, tomada aparentemente pelo próprio presidente Johnson, foi de que devemos fazer todos os esforços a fim de não apenas evitar um contragolpe e movimentos de revolta em futuro próximo no Brasil, mas também para fomentar suas forças de segurança tão rápida e eficientemente quanto seja possível. Não se deve permitir, nunca mais, que o Brasil se incline para a esquerda, pois aí comunistas e outros constituem uma ameaça de domínio ou de, pelo menos, tornarem-se muito influentes.”
(Diário da CIA, Philip Agee, 1975.)

O coração das trevas

Essa resenha do Nemo Nox descreve bem o livro O coração das trevas, de Joseph Conrad.

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