Noite passada tive um desses sonhos extremamente nítidos. Num antiquário, eu remexia numa caixa de moedas seculares em busca de uma com a qual me identificasse. Ainda tenho a visão de duas delas com uma nitidez espantosa: uma espanhola do século XVII e uma de prata com a efígie de Lord Alfred Tennyson, a qual escolhi por ter me parecido tão bonita. Mas, de súbito, veio a pergunta: mas por que se eu nunca li Tennyson? E então percebi que estava sonhando. O que veio a seguir entrará provavelmente no meu livro “Eu odeio terráqueos!!”…
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Engraçado, foi só eu citar, numa entrada anterior, os livros que ando lendo que já apareceu uma ex-namorada – amiga querida – pedindo que eu lhe devolva um dos referidos. Coisas da Internet…
Ainda não assisti ao supracitado filme do Casseta & Planeta, mas a mera leitura do nome do personagem do Bussunda já me fez dar risadas: Wladimir Illitch Stalin Tse Tung Guevara. Melhor que isso só o nome real – sim, REAL – do delegado da cidade natal de minha mãe: Hitler Mussoline. Tem pai que é cego…
Outro dia estava ao telefone com um amigo, também escritor – inclusive premiado pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) – quando ele começou a me contar um fato picante que rolou entre ele e uma famosa escritora. De repente ele estacou no que dizia e soltou: “Peraí, Yuri, não vai botar isso no seu blog não que você já tá parecendo a Hebe Camargo da literatura…” Essa foi boa, até hoje dou risada. Mas não vou contar qual Prêmio Nobel da literatura latino-americana é um maconheiro inveterado e nem qual escritor brasileiro – ainda vivo (vivíssimo) – já foi líder de uma sociedade secreta. (Não, não se trata do Paulo Coelho.) Sou bem informado, mas também tenho meus princípios… 😀
No conto Tlön, Uqbar, Orbis Tertius, de Jorge Luis Borges, a fantástica enciclopédia sobre o planeta Tlön consegue mudar a face da Terra. Contudo, não era real, mas sim criada por uma sociedade secreta, bancada por um milionário sob a condição de “não compactuar com o impostor Jesus cristo”. O Livro de Urântia, por sua vez, também é praticamente uma enciclopédia. Quem o escreveu? Ninguém sabe. Mas adivinhe com quem ele compactua…
Estou lendo o livro “Memórias de um suicida”, psicografado por Yvonne A. Pereira e supostamente transmitido pelo escritor luso Camilo Castelo Branco. Coincidentemente faz um ano que o Ale Faljone, editor da revista Simples, enforcou-se em sua casa. (Aliás, na mesma época em que eu, sem saber do que rolava na cabeça do figura, coloquei neste site dois textos sobre suicídio do Dostoiévski.) Nos encontramos várias vezes no estúdio do qual fui sócio, em SP, e almoçamos juntos três ou quatro vezes. O cara era bacana. Pelas descrições do livro, deve estar passando por uns maus bocados. Que ele se abra à Luz.
Senhor, abra os olhos dessa mulher. Como é possível alguém interpretar as coisas de forma tão canhestra? E pensar que eu mesmo já curti a leitura de seus artigos… Mas nunca me esquecerei da fracassada “entrevista histórica” que essa figura pretendeu realizar com a Hilda Hilst. Eu estava presente, assisti a tudo. Sua mentalidade politiqueira ficou diminuída diante da aristocracia espiritual da senhora H.
Se Glauber Rocha tivesse se espelhado no exemplo de Woody Allen – que, com razão, sempre preferiu delirar diante da discrição profissional de um psicanalista que diante da voracidade espetacular de um jornalista – não teria desperdiçado tanta energia e atraído tantas invejas e ressentimentos. O peixe sempre morre pela boca. E Glauber, claro, era pisciano…
Eis a charge que enviei, anos atrás, ao Jô Soares, depois de assistir a uma entrevista, em que ele sacaneou sem parar um suposto abduzido por extraterrestres.
Isso eu chamo de arte. Seria sacra não fosse tão… carnalmente virginal.
