blog do escritor yuri vieira e convidados...

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A esposa de Jesus Cristo

Meu amigo Daniel Chistino, que colabora neste blog, tem toda a razão: eu também sou um herege. Mas já que, além de ser herege, também sou presunçoso posso dizer: sou herege apenas para quem ainda não aceitou o novo upgrade da Revelação Divina, o que evidentemente é muito diferente da heresia de perverter a Tradição por não tê-la compreendido. Porque, engulam ou não engulam os ateus e agnósticos, e menos ainda as diversas espécies de crentes de não importa quais doutrinas tradicionais, Deus não pode se revelar por inteiro, duma só vez, a nós paupérrimos terráqueos. “Não atire pérolas aos porcos”, já dizia nosso Mestre e Senhor deste Universo. Por isso, a Revelação, isto é, o download de informações, ideais, valores e conceitos divinos, só vai sendo feita na Terra aos poucos, de acordo com a capacidade de processamento médio das mentes mortais. O Corão já criticava, desde o século VII, aqueles que, ao ouvirem novas revelações, ousam dizer: “fábulas dos tempos antigos” (Corão 6:25). E olha que o Corão não passa de um patch de segurança para mentalidades tribais que ainda se encontram muito abaixo da visão de mundo judáica…

Bem, tudo isso é para dizer que, à luz do Livro de Urântia, nada mais ridículo, estúpido, canhestro e insensato que toda essa preocupação e balbúrdia em torno de O Código Da Vinci, de Dan Brown. Protestar contra esse livro? Exigir sua proibição? Ou ainda pior: dar-lhe um crédito para além da categoria entretenimento?

Björk – Triumph of A Heart

Concerto de Música Brasileira

O amigo Paulo Guicheney – que aliás irá compor a trilha sonora do curta-metragem que rodarei com a Cássia Queiroz – enviou este convite para o Concerto de Música Brasileira com a Orquestra Sinfônica Jovem da Educação.

    Data: 10 de maio de 2006 – quarta-feira
    Horário: 20 horas
    Local: Teatro Goiânia
    End.: Av. Tocantins, esq. com Av. Anhanguera, Centro
    Entrada Franca.

PROGRAMA

    • CARLOS ANTÔNIO DE SOUZA – Fanfarra, Prelúdio para Orquestra (Primeira Audição)
    • FERNANDO CUPERTINO – Modinha para Belkiss (Primeira Audição)
    • HENRIQUE DE CURITIBA – Pequena Suíte para Orquestra de Cordas, Flauta e Percussão
    • PAULO GUICHENEY – Tempo para uma Paisagem
    • ESTÉRCIO MARQUEZ CUNHA – Variações para Orquestra (Primeira Audição), Dedicada à Orquestra Sinfônica Jovem da Educação
    • OSVALDO LACERDA – Pequenos Estudos para Orquestra de Cordas
    • ALBERTO NEPOMUCENO – Série Brasileira

    Solista: Lorena Aires Felipe
    Regente: Eliseu Ferreira

Release:

Dia da Libertação dos Solteiros

Pedro e JulianaDia 13 de Maio, nosso bróder e colaborador Pedro Novaes se casará com nossa bela sister Juliana. Sim, mais dois a obedecer o “crescei e multiplicai-vos”. Monteiro Lobato, em cartas a seu amigo Rangel, costumava fazer críticas ao casamento e ao conseqüente fim da liberdade que só o solteiro supostamente tem. Claro, ele tinha apenas vinte e poucos anos de idade e não sabia de quase nada. Porque, depois que se casou com Purezinha (“linda e mais inteligente do que eu”), descobriu que os solteiros é que vivem escravizados à idéia de encontrar “a escolhida” ou, o que é pior, escravizados à perene necessidade de arranjar outra, mais outra e ainda outra provisória cara metade. Tal é o grilhão que prende o ego à concepção de que a experiência se ganha com quantidade e não com qualidade de relações. Quem está casado, descobriu ele, se abre ao mundo inteiro e ao além; quem está solteiro só pensa no sexo oposto, pensamento este que ofusca todos os demais…

Francis Ford Coppola, por seu turno, falou algo muito próximo disso em sua entrevista ao James Lipton no Inside Actors Studio. Ao ser indagado se seu casamento precoce não atrapalhou sua carreira, disse que muito pelo contrário, que, se não tivesse se casado tão cedo, teria demorado muito mais para realizar seus projetos, porque a família o fez colocar os pés no chão e finalmente avançar, a passos largos, pela realidade, pois os filhos precisavam comer, a vida tornou-se urgente. De fato, Coppola disse que fica impressionado cada vez que ouve um jovem diretor ou roteirista afirmando que pretende primeiro construir uma carreira estável para só depois se casar. Disse ele: “Apenas minha mulher e meus filhos me deram a motivação e a inspiração necessárias para fazer os filmes que fiz. Tenho pena desses jovens que pensam o contrário…”

Por fim, há também a excelente frase do tio dum amigo meu de São Paulo. Diz ele: “Homem que não casa, vira um traste…” Eu, por exemplo, estou em pleno processo de trastização… 🙂

Enfim, que Deus abençoe sua união, Pedro e Juliana. Sejam felizes e, antes de felizes, sejam a força um do outro. Se um dia eu me tornar um homem trilhardário – ahahahahaha, pobre de mim – comprarei um quadro como este do Marc Chagal para vocês:

Marc Chagal

Besos y abrazos
del amigo
Yuri

Natalie Portman

Eis a entrevista da linda, talentosa, inteligente, cheia de humor e sortuda Natalie Portman no Inside the Actors Studio.

Veja abaixo a segunda e a terceira parte.

Geometria — 5

Detalhe da fachada do Teatro Goiânia

Frase de cinema — 2

aspas_vermelhas_abre.gif [Qualquer coisa], porra! aspas_vermelhas_fecha.gif

Qualquer filme brasileiro, a partir dos anos 1970 (ou será dos 1960?)

J. Toledo is here

Não sei se a galera já percebeu, mas temos um novo colaborador no Garganta: o escritor, jornalista, artista plástico e fotógrafo paulistano J. Toledo, cronista do jornal Correio Popular de Campinas-SP. Toledo é autor da biografia Flávio de Carvalho – o comedor de emoções; do Dicionário de Suicidas Ilustres (para o qual eu e a Hilda Hilst contribuímos com o verbete sobre Mishima); das coletâneas de crônicas A Divina com mídia – crônicas bizantinas, Espiões da cidade e, publicado este ano pela Record, Dois uísques em Cafarnaum. O Toledo também assina a foto da Hilda com o dedo médio em riste na primeira página do site oficial dela. Enfim, o cara é excelente, ótimo papo e super gaiato. Eu e a Hilda costumávamos ler suas crônicas e telefonar para ele quase toda manhã. Juntamente com o Mora Fuentes, o Toledo era o Prozac dela.

    [audio:http://blog.karaloka.net/wp-content/uploads/2006/05/eu_e_toledo.mp3]

Seja bem-vindo, Toledo.

Lula e a Petrobrás

O presidente Lula, como muita gente andou dizendo por aí, deveria ter aproveitado as mãos sujas de petróleo para “tocar piano”, isto é, para deixar suas digitais numa ficha policial antes de adentrar à prisão, afinal, se ele está disposto a assumir os supostos louros da nossa auto-suficiência em hidrocarbonetos via Petrobrás, deveria assumir também a responsabilidade do Estado para com os primeiros exploradores de petróleo deste país, aliás, exploradores privados, os quais investiram dinheiro do próprio bolso para descobrir as áreas produtivas e perfurar os primeiros poços, tendo, como compensação, após o sucesso das perfurações, suas empresas encampadas pelo Conselho Nacional de Petróleo do governo Getúlio Vargas.

No final de 2005, li O Escândalo do Petróleo, de Monteiro Lobato, sobre o qual escrevi um artigo curto. Eis um trecho:

Árido Movie

Fui ver no sábado. É bom mesmo. Talvez haja um exagero em querer abordar, simultaneamente, muitas questões que formam grandes problemas no semi-árido: seca, religião/misticismo, coronelismo, colonialismo, preconceito, atraso, narcotráfico. Mas não ficou um balaio-de-gatos, não é isso o que eu quero dizer. As histórias são bem contadas.

A principal, do personagem Jonas, é bem interessante. As outras duas, secundárias, também têm valor: a da videomaker e a do trio de amigos malucos — achei esta última também um tanto exagerada em sua porralouquice, mas cabe a ela toda a parte divertida do filme.

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