blog do escritor yuri vieira e convidados...

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Henry Fonda à italiana

No bang-bang à italiana Era uma vez no oeste, de Sérgio Leone, o personagem de Henry Fonda, um pistoleiro folgado, acomoda-se na cadeira e responde a seu interlocutor como é sentar-se atrás da mesa do dono da ferrovia, aliás, seu patrão:

“É quase como segurar uma arma, só que com mais poder…”

Essa cena já vale o filme.

Ex Libris

Dia desses o Túlio Caetano fará um Ex Libris para mim. Claro, primeiro alguém precisa dizer a ele que eu gostaria muito e me sentiria muito honrado se ele fizesse um Ex Libris para mim. Bom, espero que ao menos este blog lhe diga isso, pois, assim que o recado chegar até ele, precisarei aguardar apenas uns quinze anos para que ele encaixe tal encomenda em sua movimentada agenda. Ah, esses artistas perdidos pela França…

Para quem não sabe, Ex Libris é aquele selo que colocamos em nossos livros para distigüi-los dos alheios. Significa mais ou menos isto: “Dentre os Livros [que fulano possui este é um exemplar]”. Veja, por exemplo, como era o Ex Libris do Santos Dumont:

Di Cavalcanti di Glauber

Assisti a esse curta-metragem do Glauber Rocha pela primeira vez em 1994, quando ainda morava na UnB. (Comentei a respeito noutra entrada.) Dei muita risada então. Fora de brincadeira, acho que é uma das melhores coisas que ele já fez. Sua narrativa é hilariante. (Sem falar que, no cortejo fúnebre do Di Cavalcanti, ele ainda aparece seguindo o caixão, todo discreto. Era o Dr. Jekyll dele. Já o narrador, piradão, é o Mr. Hyde.) Diz ele que, em 1976, estava em casa, coçando, quando ficou sabendo da morte do Di. Passou na casa de alguns amigos para pegar restos de película, chamou o cinegrafista e se mandou pro velório. Deu no que deu. A família pirou a cabeça com o resultado. E proibiu o filme de ser veiculado no Brasil. Isto até hoje.

Daddy Cool

É uma pena as imagens deste video não estarem perfeitamente sincronizadas com o som. Mas dá pra enganar. É uma apresentação do grupo Boney M e sua musiquinha incestuosa (ou de cafetão) Daddy Cool. Assisti pela primeira vez com a Cássia, a Karina e a Paola no apê do Paulo Paiva, que quis nos mostrar seu DVD com bandas dos anos 70 chamado Disco Inferno, uma coisa mutcho loca.

A nova direita

Do Angeli, na Folha:

Podcasts literários

Eis uma lista com links para 286 podcasts cujo tema central é literatura. Parece que o único brasileiro é o meu. (Coitado do meu. Tão pobrezinho.)

Tocando o Vazio

Tocando o Vazio é dessas histórias que nos fazem pensar, em todos os sentidos, sobre limites. Quais são os limites do ser humano, em termos físicos e mentais? Até onde nosso corpo é capaz de nos levar? Até que ponto a mente comanda o corpo? E, mais que isso, onde termina o ser humano? Que estranhas conexões etéricas guardamos com o mundo que nos cerca e com o universo? Como explicar uma saga de sobrevivência que desafia todas as possibilidades? Como dar conta das inexplicáveis intuições que guiam o ser humano numa jornada cara a cara com a morte? Por que certas pessoas, como Joe Simpson, insistem em viver, quando outros submetidos às mesmas situações, já teriam passado desta para melhor?

Mais uma vez, a vida imita a ficção…

Em 1960, o escritor argentino Adolfo Bioy Casares, comparsa de Borges, escreveu Diario de la guerra del Cerdo. Neste livro, as ruas de Buenos Aires são tomadas por uma implacável onda de violência perpetrada por gangues de jovens contra idosos. Toda a ação deste romance perturbador é vista da perspectiva solitária e angustiada de Isidoro Vidal, pacato aposentado, e seus amigos.
Com um arrepio na espinha, leio a manchete da página A23 da Folha de hoje: “Argentina vive onda de violência contra idosos”.

Polzonoff entrevista Ferreira Gullar

Muito boa a entrevista que Ferreira Gullar concedeu a Paulo Polzonoff Jr. Vale a visita.

Primavera Tripartida, de Edson Tobinaga

Conheci recentemente, através da comunidade Hilda Hilst no Orkut, o compositor paulistano Edson Tobinaga, que me enviou os três movimentos – Sinfonia, Dança e Oferenda – da sua “Primavera Tripartida”, composição essa premiada num concurso que tinha como um dos jurados o compositor José Antônio de Almeida Prado, aliás, primo da Hilda. Foi gravada pela extinta Sinfonia Cultura, orquestra da Rádio e Televisão Cultura, da Fundação Padre Anchieta de São Paulo. A regência é do maestro Lutero Rodrigues. (Veja mais abaixo o encarte do CD.) Para ouvir o podcast, clique num dos players a seguir:

  • [audio:http://audio.karaloka.net/audio/primaveratrip.mp3]
  • Ouça agora!

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