Convite da Miriam Virna: “Estréia nesta sexta feira (10 de dezembro) o espetáculo UM BAR CHAMADO DESEJO. Dirigido por mim, este trabalho é resultado de projeto de intepretação com alunos da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Adaptamos o clássico de Tennessee Williams “Um bonde chamado desejo” que, nesta montagem, recebe os personagens dentro de um bar muito pouco elegante.
Blanche DuBois continua perturbada e agora viciada em sessões de hipnose para acalmar os nervos.
Stanley Kowalski cada vez mais tosco.
Stella anda subindo pelas paredes.
E Mitch… ainda um grande pusilânime.
Aguardo vocês.”
10 a 13 de dezembro (de sexta à segunda) sempre às 21:30. No anexo da Sala Conchita de Moraes. (Subsolo da Faculdade Dulcina, CONIC, Brasília.)
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Eu e a Cássia – ou melhor – a Cássia e eu apresentamos o Go Rock, evento que reuniu diversas bandas do Cerrado. Fui com minha calça de bobo da corte – presente da minha amiga Carol Martins, estilista com loja na Galeria Ouro Fino (Madalena, Rua Augusta, 2690, loja 410, Tel. 11 3898-1838) – e, claro, falei diversas bobagens ao microfone. Difícil evitar…
Assisti a uma entrevista do Robin Williams no programa Inside the Actors Studio e quase travei o maxilar: não pensei que o cara fosse tão pirado, tão espantosamente engraçado. Ele é capaz de dançar alucinadamente sobre o fio de navalha da sanidade sem despencar no abismo real da loucura. Foram necessários dois programas para que conseguissem realmente entrevistá-lo. A cada pergunta o cara delirava mais de cinco minutos e, sendo um ator, fazia-o não apenas com a mente mas também com o corpo. Sua caricatura de dança moderna – no primeiro “episódio” – quase me matou, cheguei a chorar. Fiquei de cara com o figura. A caretice hollywoodiana ainda não conseguiu aproveitar – sem censuras – todo aquele potencial.
O interessante do Gmail é que o robot da Google usa o texto dos emails para direcionar sua discreta publicidade. Estive conversando com o Pastor Carl — do site Believe (excelente, fala de toda religião e seita conhecida)– e ele me falava de como o Livro de Urântia, para ele, não passa de uma ótima ficção científica. Pronto, aí vem o Gmail com a propaganda desse Como escrever um livro em 28 dias… Hum, tem até um método conhecido como “mega quick character creation”(Tabajara?). 🙂 Cada um…
Dei muita risada – graças às viagens do roteirista Gerald Di Pego – e tomei muito susto – graças à direção de Joseph Ruben – com o filme Os Esquecidos, (The Forgotten). Ótimo filme pipoca. Claro que poderia ser visto como um subproduto da triologia Matrix. A mesma idéia gnosticista de um Demiurgo e tal. Mas é divertido, funciona como entretenimento. As, digamos, defenestrações planetárias são hilariantes. Vale a pena.
“Montevidéu -18/04/1964 – Holman acaba de voltar de uma conferência com chefes de base e trouxe a convicção de que devemos dedicar mais atenção aos exilados brasileiros. A decisão, tomada aparentemente pelo próprio presidente Johnson, foi de que devemos fazer todos os esforços a fim de não apenas evitar um contragolpe e movimentos de revolta em futuro próximo no Brasil, mas também para fomentar suas forças de segurança tão rápida e eficientemente quanto seja possível. Não se deve permitir, nunca mais, que o Brasil se incline para a esquerda, pois aí comunistas e outros constituem uma ameaça de domínio ou de, pelo menos, tornarem-se muito influentes.”
(Diário da CIA, Philip Agee, 1975.)
Essa resenha do Nemo Nox descreve bem o livro O coração das trevas, de Joseph Conrad.
O romance Eumeswil, de Ernst Jünger, é um livro excelente, com ótimas observações de caráter político, histórico e existencial. (Já citei trechos dele diversas vezes aqui.) Mas, puts grila!, precisava ser tão longo? 400 páginas de Dostoiévski é melzinho na chupeta, mas de Jünger não. Poderia ser reduzido em pelo menos um quarto, sem qualquer prejuízo para o todo. É nessas horas que as impactantes 148 páginas de O coração das trevas nos enche de admiração.
Li esse livro do Robert Coover há uns dois anos. Não recomendo a ninguém, é chatérrimo. Sua narrativa minimalista e obsessiva só interessa mesmo aos paladinos do pós-modernismo, esse bicho de sete cabeças vazias. Não seja bobo, faça como o Harold Bloom, leia os clássicos.
“Aí por fim de março (se não me engano) comecei a ser médium. Imagine! Eu, que (como deve recordar-se) era um elemento perturbador nas sessões espíritas que fazíamos, comecei, de repente, com a escrita automática. Estava uma vez em casa, de noite, vindo da Brasileira, quando senti a vontade de, literalmente, pegar numa pena para fazer rabiscos. Nessa sessão comecei a pôr a assinatura (bem conhecida de mim) ‘Manoel Galdino da Cunha’. E nem de longe estava pensando no tio Cunha. Depois escrevi uma coisa sem relevo nem interesse nem importância. De vez em quando, umas vezes voluntariamente, outras brincando, escrevo.”
(Fernando Pessoa, em carta à sua tia Anica, 1916. Citado por Jorge Rizzini, no livro Escritores e Fantasmas.)
