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Facundo Cabral

Foi o cantor e compositor argentino Facundo Cabral quem me vacinou contra os intelecto-bobos, pseudo-religiosos e politiqueiros que pululam por todos os cantos deste planeta. Sua inteligência afiada, seu humor impagável e sua indestrutível fé na Vida, na Liberdade e em Deus me chamaram a atenção desde que o ouvi pela primeira vez no Equador, em 1989. Mas apenas em anos recentes o compreendi por inteiro. Tenho uma dívida para com ele.
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Leia tudo o que postei sobre Facundo Cabral…

Cantar

“Quando um povo trabalha Deus o respeita. Mas quando um povo canta, Deus o ama.”
(Facundo Cabral)

Quarteto

“Quarteto é o que sobra de uma orquestra sinfônica cubana depois de uma turnê pela Europa.”
(Facundo Cabral)

Ancinav

Quem quiser saber a merda que a Ancinav fará com o atual estado da produção, distribuição e exibição de filmes nacionais, basta ler sua página de perguntas e respostas na Internet e saber que é tudo ao contrário do que estão propondo. Essa é uma constatação quase científica da minha parte, afinal, tudo o que esse governo prometeu tem sido efetuado pelo avesso. Vá ver os graaaandes resultados do Fome Zero, por exemplo. Veja a ética do José Waldomiro Dirceu Diniz. A Ancinav só vem mesmo para burocratizar, criar mais taxas e certas sanções a não sei que infrações “leves, médias, graves e muito graves”. Sem falar que exigem que toda pessoa ligada ao cinema se registre na Agência. A Maria Betânia tem razão. Essa gente da política não passa de “pessoinhas”. (Vide sua entrevista à revista da Net.) Quem ela estaria alfinetando?… Em suma, como já dizia o Henry Thoreau, “Ministro Gil, vá pra Portugal de navio”.

Ontem e hoje

“Na imprensa e nos livros que circulavam em Berlim, Albert Schweitzer notou a mesma disposição para aceitar aquilo que era moralmente inaceitável, como já havia notado nos jornais e livros de Estrasburgo e de Paris; o mesmo senso de fadiga moral e espiritual, aliado ao mesmo otimismo quanto ao futuro.”
O profeta das selvas, de Hermann Hagedorn.
O mais interessante é saber que Schweitzer detectou um futuro sombrio para a Europa não simplesmente antes da Primeira e Segunda Grandes Guerras, mas antes mesmo do final da última década do século XIX. E, caso não fosse trágico, seria engraçado ver como no final do século XX, a imprensa e a intelectualidade brasileiras também apresentavam – e ainda apresentam – o mesmo otimismo babão no messianismo político. A história brasileira, por enquanto, não passa de pura farsa.

Schweitzer e o Estado

Albert Schweitzer deixou a Europa para servir a seus semelhantes na África equatorial. Um dos motivos que o levou a tão radical mudança foi o impedimento que sofreu, da parte do Estado alemão, ao tentar levar adiante seus projetos de serviço social voluntário, afinal, já “havia uma repartição do governo encarregada desses assuntos, e isso era suficiente – muito obrigado. Mesmo quando o orfanato de Estrasburgo foi destruído por um incêndio, a espinha oficial permaneceu rígida. Schweitzer ofereceu abrigo para alguns dos que haviam ficado sem teto, mas nem lhe permitiram terminar a frase com que fazia o convite. O Estado não precisava do auxílio do jovem doutor”.
O profeta das selvas, de Hermann Hagedorn.

Schweitzer

“Aqui e ali, na imprensa, (Schweitzer) notava idéias desumanas apresentadas por homens públicos, e esperava ansiosamente o indignado repúdio do público; mas esperava em vão. Ninguém parecia chocado quando governos e nações propunham e faziam coisas que a geração anterior teria julgado intoleráveis.”
O profeta das selvas, de Hermann Hagedorn.

Esotérico

Alguns amigos andam pensando que me tornei “esotérico” – naquele sentido mais ordinário e vulgar que a palavra adquiriu nas últimas duas décadas – simplesmente porque o personagem de um livro que venho escrevendo é passível de se encaixar nessa definição. Nada mais bobo do que identificar totalmente um autor a um de seus personagens. Se, pronto o livro, alguém ainda insistir no rótulo, só poderei mesmo é dar boas risadas. Como já dizia o Henry Miller, “os últimos a compreender o que vai pela cabeça do escritor são seus velhos amigos”.

Ensaios

Eu e a Cássia já estamos ensaiando os atores para o nosso curta-metragem, “No Espelho do Cinema”. Sem grana, sem apoio estatal, vamos indo na raça. Ou vai ou racha.

Rebelião

“(…) além da revolta contra a inautenticidade, contra a hipocrisia, a rebelião de Kafka é também uma rebelião contra a relatividade, em busca de um absoluto e, em última análise, uma rebelião contra a heresia que a pouca fé representa e, finalmente, uma rebelião de caráter profundamente religioso em sua essência.”
Cronistas do absurdo, Leo Gilson Ribeiro.

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