O artista-plástico Zak Smith criou nada mais nada menos que 760 ilustações para O Arco-íris da Gravidade, de Thomas Pynchon. São imagens tão noiadas quanto a escrita deste quase canônico autor americano.
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João Rocha, sobrinho de Glauber Rocha, nos escreveu para dizer que o site que mantém em homenagem ao tio – Tempo Glauber – sofreu uma reforma e voltou a fornecer para download o filme proibido Di Cavalcanti di Glauber – Ninguém assistiu ao formidável enterro de sua última quimera; somente a ingratidão, essa pantera, foi sua companheira inseparável. Valeu, João, e viva a liberdade artística!
Foi no Instituto de Artes da UnB – onde estudei Teoria, História e Crítica de Arte (uma habilitação que nem existe mais) – que conheci o trabalho do austríaco Gustav Klimt, um dos artistas mais representativos do Simbolismo e da Art Nouveau. Para mim, suas pinturas são poesia para os olhos. Clique nas miniaturas abaixo para ver algumas reproduções de seus quadros.
Assisti a esse curta-metragem do Glauber Rocha pela primeira vez em 1994, quando ainda morava na UnB. (Comentei a respeito noutra entrada.) Dei muita risada então. Fora de brincadeira, acho que é uma das melhores coisas que ele já fez. Sua narrativa é hilariante. (Sem falar que, no cortejo fúnebre do Di Cavalcanti, ele ainda aparece seguindo o caixão, todo discreto. Era o Dr. Jekyll dele. Já o narrador, piradão, é o Mr. Hyde.) Diz ele que, em 1976, estava em casa, coçando, quando ficou sabendo da morte do Di. Passou na casa de alguns amigos para pegar restos de película, chamou o cinegrafista e se mandou pro velório. Deu no que deu. A família pirou a cabeça com o resultado. E proibiu o filme de ser veiculado no Brasil. Isto até hoje.
Já escrevi sobre essa figura – Helena Barros – umas duas ou três vezes e só irei falar novamente porque ouvi de dois fotógrafos, aqui no estúdio, o comentário absurdo de que ela “usa muito Photoshop”. (!!) Acho que seria o mesmo que dizer: Caravaggio usa muita tinta, usa muito pincel. Acho a garota sensacional, uma puta artista. Na minha opinião, dizer que ela usa “muito Photoshop” não é mais que uma confissão de impotência, já que ela, além de fotógrafa, é uma desenhista de mão cheia. Só alguém capaz de pintar, desenhar e, ao mesmo tempo, fotografar (ver) é capaz de fazer o que ela faz. Esse tipo de argumento é parecido com aquele dos anos 60 e 70, segundo o qual quem tocava guitarra elétrica não tocava um verdadeiro instrumento. Ridículo. Todo trabalho de criação artística passa pelo domínio da técnica e de seus recursos e a tal “Helenbar” tem plena consciência de suas potencialidades. Não é porque ela escolheu o Photoshop que será menos artista. Aliás, o Photoshop é simplesmente o encontro da pintura com a fotografia. Basta olhar seu trabalho para ver que tenho razão. E não a elogio apenas – segundo me acusaram aqui – porque a acho uma gata, como se isso invalidasse seu talento. Ela é linda sim – e daí? – e seu trabalho, idem. Clique abaixo e veja mais fotos.
“Tudo pode mudar em nosso mundo desmoralizado exceto o coração, o amor do homem e seu empenho em conhecer o divino. A pintura, como toda a poesia, tem uma parte no divino; as pessoas sentem isso hoje, do mesmo modo que costumavam sentir outrora. Que pobreza cercou minha infância, que provações experimentou meu pai, com seus nove filhos! E, no entanto, ele estava sempre cheio de amor e, à sua maneira, era um poeta. Foi através dele que pressenti, pela primeira vez, a existência de poesia neste mundo. Depois senti-a durante as noites quando contemplava o céu escuro. Aprendi então que também existia um outro mundo. Isso fez brotar lágrimas em meus olhos, tão profunda foi a comoção que se apossou de mim.”
Marc Chagall
Não, não é a famosa posição. É o site do meu pai com os quadros da minha mãe…
Como bem notou o Grimaldo, em época de Bienal de arte, o negócio é se preparar para enfrentar asneiras. Nunca me esqueci de uma crônica em que o Diogo Mainardi, em Veneza, dizia sentir vontade de bater nos artistas. Foi o que tentei fazer, em 1997, metaforicamente, claro, quando escrevi os contos O Culturaholic e Estilo Próprio.
Já falei sobre ela no ano passado, mas falarei de novo: as ilustrações da Helena de Barros para o livro “Alice no País das Maravilhas” são dez! Helena tem um bom gosto, um talento com as cores e com a composição, sem falar no domínio da perspectiva e do Photoshop, que deixam qualquer um babando. E como se isso não bastasse, ainda é uma gata. Quer mais?