blog do escritor yuri vieira e convidados...

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Paulo Hecker Filho

Caramba, fiquei impressionado com o Walmor Chagas interpretando o texto “Oração da Noite”, de Paulo Hecker Filho, sob direção de Eder Santos, na TV Cultura. Acabou de passar. E foi uma beleza. Triste, profundo, patético, tendo lembrado muito minha própria avó que faleceu há pouco mais de um mês. (Eu costumava ouvir suas orações clamorosas no meio da noite, ela, surda, sem perceber que alguém além de Deus a ouvia.) E eu não me lembrava desse Paulo Hecker Filho, que até escreveu telenovelas. Muito bom. Assim como o ator e a direção.

A Bacante na Boca do Lixo

Amigos, eis um conto que acabo de publicar no meu site principal. É autobiográfico e nele falo de certa experiência vivida na noite paulistana, mais exatamente na Boca do Lixo, e do dia em que assisti à peça As Bacantes, no Teatro Oficina, sob direção de Zé Celso.

Do meu, não!

Caramba, estou escrevendo um conto em que cito o Zé Celso e, ao pesquisar certo fato na Internet, dou com o ensaio da minha amiga Míriam Virna, diretora de Brasília, publicado em meu próprio site, cujo título é “Zé Celso, o Guru do Cu”. Bom, isso, claro, não é novidade para mim, mas, graças à configuração do meu gerenciador de conteúdo, o título da página, no topo do navegador, ficou assim: “Zé Celso, o Guru do Cu de Yuri Vieira Santos”. Porra, do meu, não!!! (Confira.)

Tennessee Williams

Convite da Miriam Virna: “Estréia nesta sexta feira (10 de dezembro) o espetáculo UM BAR CHAMADO DESEJO. Dirigido por mim, este trabalho é resultado de projeto de intepretação com alunos da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Adaptamos o clássico de Tennessee Williams “Um bonde chamado desejo” que, nesta montagem, recebe os personagens dentro de um bar muito pouco elegante.
Blanche DuBois continua perturbada e agora viciada em sessões de hipnose para acalmar os nervos.
Stanley Kowalski cada vez mais tosco.
Stella anda subindo pelas paredes.
E Mitch… ainda um grande pusilânime.
Aguardo vocês.”
10 a 13 de dezembro (de sexta à segunda) sempre às 21:30. No anexo da Sala Conchita de Moraes. (Subsolo da Faculdade Dulcina, CONIC, Brasília.)

Robin Williams

Assisti a uma entrevista do Robin Williams no programa Inside the Actors Studio e quase travei o maxilar: não pensei que o cara fosse tão pirado, tão espantosamente engraçado. Ele é capaz de dançar alucinadamente sobre o fio de navalha da sanidade sem despencar no abismo real da loucura. Foram necessários dois programas para que conseguissem realmente entrevistá-lo. A cada pergunta o cara delirava mais de cinco minutos e, sendo um ator, fazia-o não apenas com a mente mas também com o corpo. Sua caricatura de dança moderna – no primeiro “episódio” – quase me matou, cheguei a chorar. Fiquei de cara com o figura. A caretice hollywoodiana ainda não conseguiu aproveitar – sem censuras – todo aquele potencial.

O’Neil, dramaturgo

“A maioria das peças modernas se refere às relações de homem para homem, porém isso não me interessa absolutamente. Estou interessado apenas nas relações entre o homem e Deus.”

Uma carta de Eugene O’Neil

“Cumpre ao dramaturgo, hoje em dia, cavar até às raízes do mal moderno tal como o sente – a morte do antigo Deus e o fracasso da ciência e do materialismo em apresentar um outro Deus que satisfaça ao primitivo instinto religioso sobrevivente, a fim de que nele o homem encontre um sentido para a vida, com o qual se conforte dos temores da morte. Qualquer pessoa que atualmente tente realizar uma grande obra, parece-me, deve ter este magno assunto por detrás de todos os pequenos assuntos de suas peças e novelas, ou estará simplesmente arranhando a superfície das coisas, não pertencendo senão à categoria dum proporcionador de divertimentos de salão.”
(Eugene O’Neil em carta dirigida a um amigo.)

Eleições e Stanislavsky

O método de atuação de Stanislavsky realmente funciona. Buscar uma experiência pessoal análoga à do personagem… Eu ainda não havia compreendido o tamanho da decepção dos Democratas com a vitória de Bush. Aí me lembrei do dia 28/10/2002 e entendi tudo.

Cagada em cena

Meu Deus, eu sabia que já tinha visto em algum lugar aquele ator que interpretou o Mário de Andrade na mini-série da Globo, o Pascoal da Conceição. Era o cara que cagou bem na minha frente, num palco, numa peça do Zé Celso! (Aliás, “Pra Dar um Fim no Juízo de Deus”, de Artaud.) Acabo de confirmar na entrevista do Jô Soares. E nem foi no teatro, foi num evento improvisado, em Pinheiros, numa área próxima ao famoso “Cu do Padre”. Realmente, Zé Celso não é outro senão o guru do cu, a Míriam tem toda a razão…

A ética do PT

Todo mundo sabe que para ser um bom político é preciso ser um ótimo ator. E todos devem se lembrar da campanha pela ética na política capitaneada pelo PT. Bem, veja o que respondeu o teórico do teatro Jerzy Grotowski, quando indagado sobre o porquê de não usar o termo “ética”em seu curso: “(…) não usei a palavra ‘ética’, mas sem dúvida, no fundo do que eu disse, havia uma atitude ética. (…) As pessoas que falam sobre ética geralmente querem impor um tipo de hipocrisia aos outros, um sistema de gestos e de comportamento que serve como uma ética”. Precisa dizer mais alguma coisa?

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