Nada como sobrevoar Paris numa manhã de denso nevoeiro…
Categoria: Cotidiano Page 22 of 58
Wagner James Au é o colunista oficial do mundo virtual do Second Life. Em seu blog você poderá inteirar-se dos mais variados temas e acontecimentos, tais como a batalha entre estilistas de moda, a apresentação integral do documentário Route 66: An American Bad Dream num cinema virtual, as discussões em torno da criação duma Câmara do Comércio – o comércio no SL é real – e informações sobre avatares de personalidades: até um ex-governador da Virgínia está presente ali dentro.
O artista Julian Beever é o tipo do cara com quem vale a pena se defrontar pelo caminho. Ele faz interferências nas calçadas européias que criam um efeito 3D dos mais loucos. A seqüência da caça ao ouro é muito boa.
Cansei de receber emails e de abrigar comentários como se este blog fosse o site pessoal do clarividente Jucelino Nóbrega da Luz. Tive até mesmo de esclarecer isso ao final dum post. (Nada contra o cara.) Mas ontem recebi um email engraçado, dizendo que – se eu não sou o Jucelino – ao menos sou “um pouco clarividente”. E a pessoa faz alusão às alucinações do protagonista do meu conto Genus irritabile vatum (2001), que vê a cidade de São Paulo ser atacada e aterrorizada por hordas de bandidos. Ora, eu não sou clarividente, apenas tenho uma imaginação um tanto paranóica. Escreveu Clarice Lispector: “Imaginar é adivinhar a realidade”. Logo, imaginar paranoicamente é adivinhar uma realidade ainda pior que a atual. (O contrário é metanóia, estou trabalhando nisso.) Sempre que estou em São Paulo – onde já fui assaltado três vezes e espancado uma – meu radar fica à plena carga. (E ele funciona!) Também me cansei de andar por várias quebradas da zona sul, tendo até mesmo me deparado com cadáveres. Ainda em criança, presenciei perseguições da ROTA e me espantei diversas vezes com aquele indefectível policial dependurado da janela do passageiro, a metralhadora em punho. Já posso dizer que sou do tempo em que as crianças – jogando queimada ou apostando corridas com carros de rolimã – ficavam nas ruas paulistanas até as dez da noite. Aliás, quando escrevi o conto, nunca ouvira falar do PCC. Mas conhecia os “sinais de alerta” dos Racionais MC e semelhantes, o apoio de boa parte da sociedade ao crime (via consumo de drogas ilícitas), o apoio dos políticos (via corrupção e leis politicamente corretas) e a sensação instintiva e cutânea de que São Paulo é sim um barril de pólvora. Só isso.
A felicidade da mulher moderna não depende do homem, mas da empregada.
Alguém me enviou esse vídeo que demonstra claramente a pobreza mental dos nossos políticos. Dá pena. O cara é louco, louco, louco, loouco, looouco, looouco, loouco, louco, se pensa que esse discurso levaria meu voto. E se ele estiver mentindo?
“Compre batom! Cooompre batom!”
Comprei A Foreign Sound (2004) faz tempo, mas não ouvi muito. Estou dando uma nova chance ao álbum. Tem de tudo ali. De Nirvana a Cole Porter. Caetano é um compositor genial, mas não um intérprete genial. Ficaram todas as interpretações meio parecidas demais, com aquele prolongamento final do verso bem característico dele. E não têm nada de novo. Vão achar que quero sacaneá-lo, mas parece que ele pendeu mais pro lado da diva do que do crooner. Além do mais, Feelings e Diana são difíceis de engolir.
Duvido que eu consiga ouvir até o fim da semana (ou: não vale o dinheiro do CD).
Ouça o álbum: A Foreign Sound.
Esse eu recebi da Aryna Salviano: enquanto a CNN transmitia um pronunciameno do presidente Bush, a jornalista foi ao banheiro e esqueceu seu microfone ligado, encobrindo a fala presidencial com suas fofocas pessoais e demais barulhinhos típicos da toalete.
A respeito do furacão Katrina, vale lembrar que a ação do governo Bush para sanar os problemas ocasionados tem sido tão efetiva que a imprensa de esquerda norte-americana ou praticamente esqueceu o assunto ou continua acusando-o de pai do desastre. (O Bush pode ser qualquer coisa, mas “mãe natureza” ele não é.)
Recebi essa da Carol, hehe:
“Foi só um brasileiro ir para o espaço que já sumiu um planeta…”
Não sei se vc já assistiu a algum filme, no Telecine (Net), com legendas absurdas e ridículas, tais como se tivessem sido escritas por um hacker de 11 anos de idade ou um aborrescente viciado em Messenger. Mais ou menos assim:
“K-r4mb4 vc p 4ki? Kd su4 n4mor4d4?”
“El4 n4um veiu. Eh q el4 t4h n4qles di4s, s4c4?”
Meu Deus, já vi diálogos escritos assim em três diferentes filmes. Não consegui assisti-los sequer por dois minutos. Será que o responsável pela legendagem dormiu no teclado, deixando o serviço a cargo do filho? Será que o diretor do departamento responsável tem 13 anos de idade e picha paredes nas horas vagas?
Claro, não vejo nada de mal em quem escreve assim ao comunicar-se pela internet, mas… usar semelhante grafia nas legendas de um filme estrangeiro? É o fim da picada. Me dói como se cada letrinha extirpada ou cambiada fosse uma célula dos meus nervos óticos. Imagine então um estrangeiro que apenas recentemente aprendeu o português. Caso se depare com um filme desses – do qual tampouco domine a língua falada – adeus aprendizado do português. Vai ficar perdidinho, babando no controle remoto.
Alguém deveria mandar o autor dessas legendas pra FEBEM o mais rápido possível.