blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Cotidiano Page 49 of 58

Escândalo da cueca

Nossa, como é difícil não dar risada sempre que ouço sobre o tal “escândalo da cueca”.

Cu-artório

Uma das coisas mais chatas do planeta Brasil é a tal “autenticação de documentos”. E o pior é que, segundo a lei, tal procedimento já não é necessário. Basta apresentar a cópia e o original do que quer que seja ao funcionário de qualquer empresa ou órgão público. A não ser que o figura seja um retardado mental, ele poderá, ali mesmo, verificar a autenticidade exigida. Mas os caras não aceitam! Ficam te empurrando pro cartório!! (R$0,25 a cópia e R$4,00 a autenticação?!!!) Se nos próximos dez anos essa mania não for extirpada, juro que, antes de fazer o famigerado “exame de toque”, irei a um cartório para autenticar o meu cu. “Posso baixar as calças e sentar na sua copiadora?”, indagarei, afinal, o médico-torturador precisará estar seguro de que meu cu é meu cu mesmo.

Terri Schiavo

“Me dêem licença para um comentário rápido. Saiu o resultado da autópsia do corpo de Terri Schiavo. A canalha respirou aliviada. ‘O cérebro dela estava imprestável.’ Logo, o marido não a matou. Em primeiro lugar, matou, sim. E com a ajuda da Justiça americana. A causa mortis foi desidratação. Cortaram-lhe até a água. Em segundo, parabéns, gente boa! Primeiro matam para depois concluir, sem sombra de dúvidas (para eles), que a morte era a melhor solução. Método Mengele de pôr o empirismo a serviço da convicção científica. Em terceiro lugar, os pais queriam cuidar de seu vegetal. Não vejo por que matar de sede uma erva daninha num vaso desde que haja alguém disposto a regá-la. Por último, observo que há mais gente que protesta contra a morte de bebês focas e baleias ou contra o tratamento dispensado aos touros na novela de Glória Perez do que contra o assassinato de Terri. E ela não era um touro, uma foca ou uma baleia. Nem gritar ou se debater ela podia. A morte tem hoje mais defensores articulados e organizados do que a vida. Algo está fora da ordem em nossa civilização.”
(Reinaldo Azevedo, no Primeira Leitura.)

Fodeu!

Acabo de falar com os técnicos: nem meus arquivos de becape foram recuperados!! Embora eu tenha salvo em CD parte dos três livros que vinha escrevendo, perdi ao menos, somando todos, umas noventa páginas que escrevi recentemente, isso fora outros quinze contos – escritos em 98 e 99 para revistas da Editora Price – que demorei a encontrar e cujos disquetes não mais existem. O mais absurdo é que o computador deu pau no dia em que novamente faria um becape em CD. Ai, acho que vou pro quarto brincar de roleta russa…

Não pagou, dançou!

Já está no site minha última crônica. Nela, explico por que levar um carro a uma oficina mecânica da periferia de São Paulo é uma experiência das mais pitorescas. Claro, ao estilo Francis Bacon

Ladrões, uni-vos!

Ladrões, bandidos, espiantadores e larápios de todo o Brasil, uni-vos e mandai-vos – com mala, cuia e Uzi – para Goiânia! Não sejais idiotas, a polícia da cidade está em greve, sem falar que, graças ao belo gesto do desarmamento civil, a possibilidade de levar um tiro na bunda dado pela própria população é mínimo. Vinde e esbaldai-vos!!! (O posto de gasolina próximo à casa dos meus pais foi assaltado, assim como o supermercado mais próximo e, claro, a casa do meu cunhado, de onde levaram três computadores, um palm top, uma televisão, etc., etc. Obrigado PT, PSDB e demais políticos bonzinhos, obrigado pelo seu maravilhoso plano de distribuição de renda: desarme a população e não dê aumento à polícia, que ótima idéia!!!)

Droga do medo

Eu sei que praticamente todas as drogas podem trazer a experiência do inferno, a paranóia total. Mas ninguém as toma por esse motivo. Logo, como é que pode alguém experimentar uma coisa chamada Droga do medo, uma substância cuja viagem dura pra lá de 30 horas?! Puts, meu Santo Daime! Se querem viagem forte, por que não vão tomar a Droga do vômito? Antes chamar o juca que se borrar de pânico…

Distribuição de renda

Há uma greve de policiais civis e militares em Goiânia. Anteontem, o Jornal da Globo – já desfalcado da presença da Ana Gata Padrão – noticiou que as delegacias da cidade estavam recebendo filas de vítimas de roubo de automóveis e assalto a residências. O Jornal da Record, hoje, corroborou a informação. Tudo isso, somado ao famigerado Desarmamento Civil, me leva a crer que finalmente compreendi qual a tática de distribuição de renda do governo petista: retire a possibilidade de autodefesa dos cidadãos e, no momento apropriado (greves policiais), os robin hoods de plantão se incumbirão de redistribuir as tais riquezas. Ótima idéia!

Avestruz é pirâmide

No começo deste ano, em Alto Paraíso de Goiás (Chapada dos Veadeiros), enquanto ajudava o Pedro Novaes a rodar seu documentário, conheci um norte-americano que trabalha com finanças em Wall Street. (Que lugar pra encontrar um cara desses!) Pois é, falamos a respeito da famigerada Avestruz Master e ele me disse: “Ostridge? É pirâmide. Lá na America também tem isso. Mais cedo ou mais tarde quebra…” E eu que já estava pensando em me meter nisso. Tenho amigos que compraram carros, apartamentos e casas com o tal “investimento”. Mas a pirâmide já deve estar ruindo… (Será que se o negócio quebrar mesmo – o cara é de Nova York mas é humano, pode estar errado – quem tiver ganhado dinheiro com isso, mesmo acreditando ser pirâmide, como alguns que conheço, merecerá ficar com peso na consciência? Dinheiro com karma…)

Armas Again

Deu n’O Popular(gyn) de hoje: “Gleison Isaías Nunes bateu a viatura no carro de André Ricardo Barbosa, que queria chamar a perícia. Após a discussão, o soldado encostou sua arma na boca dele e disparou. O PM perdeu o cargo e cumprirá pena em regime fechado”. Eu pergunto: o famigerado desarmamento desarmará também os policiais? E os juízes? (Vide o caso do super-mercado cearense.) Eu acho que deveria, deixando armados apenas os bandidos, afinal, parecem ser os únicos que usam tais objetos coerentemente com sua posição na sociedade…

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