Em Alto Paraíso, encontrei duas argentinas a quem perguntei como andava o Gordo Porcel. Elas se espantaram muito: como é que eu conhecia o Gordo Porcel?! Logo eu, um brasileiro!… Bom, mas eu o conheço sim e gostava muito de vê-lo na TV. Jorge Porcel era – segundo elas me disseram, agora vive em Miami – o Jô Soares da Argentina. Tinha também um programa muito parecido com o Viva o Gordo, com quadros cômicos, bailarinas semi-nuas e coisas do gênero. O esquete que eu mais curtia era o da Tota, uma personagem que ele mesmo fazia, travestido como uma enorme matrona descendente de italianos de uma periferia qualquer de Buenos Aires. Tota recebia uma amiga, a Porota – um ator magro (Jorge Luz) também travestido – e ficavam ambas fofocando sobre os acontecimentos políticos. Engraçadíssimas! Duas comadres bocomoco, cheias de bobes, solteironas ou viúvas, lamentando-se. Aliás, os melhores programas humorísticos que vi na TV equatoriana eram argentinos. Mas só falei disso tudo porque, neste momento, está passando na Globo o filme “Pagamento final” com Al Pacino e… Jorge Porcel(Saso)! Bravo, Gordo!
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Nem Al Quran, nem Antigo Testamento. A melhor maneira de educar esses fundamentalistas islâmicos – no que se refere à relação entre os sexos – é bombardear seus países com caixas contendo dois, e somente dois, explosivos ítens: um aparelho de DVD e a coleção completa de todas as temporadas do Friends. Isto corroeria, com muito mais vigor, qualquer atitude inamistosa entre os gêneros. Veja o testemunho dessa tal Jutta e saiba o porquê dessa necessidade urgente.
Se meu tio Paulo não fosse um cara tão esquentado quanto eu, seria um grande mestre zen. Acho que você conhece a anedota dos monges e do gato, não é? Monges de dois mosteiros diferentes discutiam sobre a posse de um gato. Uns diziam que o gato era deles porque havia nascido em seu mosteiro, os outros diziam que não, que o gato era deles porque eram eles que o alimentavam. Nisto, vinha passando um mestre zen muito respeitado por todos. Pegaram-no para juíz e lhe explicaram a situação. Ele, ao terminar de ouvir as partes, deu um salto no ar, desembainhou a espada e cortou o gato em dois. “Pronto”, disse, “cada grupo fica com sua parte…” A conclusão de praxe no zen-budismo é aquela lenga-lenga estilo Matrix: este mundo é uma ilusão e não vale a pena apegar-se aos fenômenos, etc. e tal. Bom, agora meu tio. Minha vó Maria – a mesma do Cu do Capeta – certa vez passou toda uma semana pedindo ao meu tio que colocasse um novo cabo numa panela de que ela muito gostava. “Mas, mãe, essa panela tá muito velha, tem mais de vinte anos, tá toda amassada, sem cabo… Deixa que eu compro outra.” E ela: “Não, essa panela é tão boazinha, arruma ela.” Meu tio comprou uma panela nova e ela continuou insistindo que ele consertasse a antiga. “Tá bom, mãe, vou arrumar essa bosta”, disse, irritado. E, então, pegou uma espingarda calibre 22, automática, foi ao quintal e deu uns quinze tiros na panela.
Assisti a uma entrevista do Robin Williams no programa Inside the Actors Studio e quase travei o maxilar: não pensei que o cara fosse tão pirado, tão espantosamente engraçado. Ele é capaz de dançar alucinadamente sobre o fio de navalha da sanidade sem despencar no abismo real da loucura. Foram necessários dois programas para que conseguissem realmente entrevistá-lo. A cada pergunta o cara delirava mais de cinco minutos e, sendo um ator, fazia-o não apenas com a mente mas também com o corpo. Sua caricatura de dança moderna – no primeiro “episódio” – quase me matou, cheguei a chorar. Fiquei de cara com o figura. A caretice hollywoodiana ainda não conseguiu aproveitar – sem censuras – todo aquele potencial.
“Meu país anda numa situação tão terrível que, caso minha mulher fuja com outro, eu irei junto.”
(Facundo Cabral)
“Meu avô era um gênio com os números. Um dia, andando pelo campo, ele me disse: ‘Nesse pasto há 347 vacas’. Nossa, vô, como você fez para contar tão rápido? E ele: ‘Fácil. Contei o número total de patas e dividi o resultado por quatro…'”
(Facundo Cabral)
“Por trás de todo grande homem há sempre uma grande mulher e, por trás desta, a esposa.”
(Facundo Cabral)
“Outro dia estive com a mãe do Presidente. Ela me disse: ‘Se eu soubesse que meu filho iria tão longe, eu o teria mandado à escola’.”
(Facundo Cabral)
“Quarteto é o que sobra de uma orquestra sinfônica cubana depois de uma turnê pela Europa.”
(Facundo Cabral)
“Os ecologistas são marxistas reciclados.”
(Facundo Cabral)