blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: internet

Bonecos e bonecos

Tempos atrás o tal do Supla lançou seu clone no mercado. Desculpe, seu boneco. Nada contra, se eu ainda brincasse de Falcon – coisa que eu adorava fazer (tenho um Falcon paraquedista até hoje) -, seria muito legal ter um outro boneco para usar como vilão. O Tórak sempre me pareceu muito sem sal, sem graça pra burro, sem falar que aquela lampadasinha nunca me convenceu como laser. Já o do Supla seria, no mínimo, um vilão pentelho, do tipo que o Falcon adoraria dar umas porradas, uns tiros, tentando calá-lo de uma vez por todas. Aliás, o Supla é o primeiro a pregar o vodu contra si mesmo: “Sempre quis ter um boneco para fazer um vodu e ficar espetando. (…) Se alguém quiser falar mal pode comprar e me espetar”. Se ele soubesse do que está falando… Quem não tem o que dizer, é melhor mesmo que se limite a vender a própria casca.

Problemas resolvidos?

Amigos, fiquei mais de uma semana sem conseguir enviar emails, fazer uploads e FTP, graças ao conluio entre Anatel e provedoras de acesso. Como já disse antes, sei que não é tecnicamente necessário que paguemos, além da companhia telefônica, uma provedora para acessarmos a Internet via ADSL. Acontece que a ANATEL nos obriga a essa venda casada: conexão rápida da companhia telefônica mais conteúdo da provedora, no caso, Terra e UOl. (Quando uma dá pau passo pra outra. E como elas dão pau!!! É uma vergonha.) Mas tentarei não falar mais desse assunto que ya me tiene podrido!

[Ouvindo: Bomb in the City – Maelcum of KFMF]

Pensar no problema

Krishnamurti 1895 - 1986 Dizia Jiddu Krishnamurti: “pensar no problema é fugir do problema“. Esse polêmico – mas nada polemista – instrutor indiano costumava dizer que não podemos buscar a verdade simplesmente porque, se quiséssemos mesmo encontrá-la, deveríamos então conhecê-la desde o princípio, caso contrário, como a reconheceríamos se a encontrássemos? Ora, a verdade, diz ele, é – para nossas mentes espaço-temporais – sempre nova, dinâmica, viva, eterna não podendo ser reduzida à memória – que é como o pensamento realiza seus registros – operação que a tornaria portanto temporal, estática, morta. Afinal, o pensamento só é capaz de re-conhecer aquilo que ele já conhecia de antemão. Confuso? Abstrato? Nem tanto. Trata-se antes de um ceticismo metódico, o qual almeja a verdade sobre nós mesmos pelo afastamento do falso, já que é exatamente isto o que ele propõe. Para ele, a verdade é o que é, e não um de nossos desejos, condicionamentos ou projeções, os quais, aliás, não seriam senão imagens de algo já conhecido, temporal e, portanto, falso. Toda idéia, toda ideologia pode até funcionar se a intenção é criar uma máquina ou mecanismo similar (material ou não), mas jamais será benéfica se aplicada às relações humanas ou a de um indivíduo com sua própria consciência. Porque se uma máquina é um meio de se atingir um fim, as relações humanas, por sua vez, não são uma coisa à qual devemos aplicar ou identificar um meio qualquer, seja ele político ou econômico, para se atingir um pretenso fim. Nas relações humanas meio e fim são uma só coisa, uma unidade: se utilizarmos a guerra para chegar à paz, não teremos paz, apenas guerra. Nas relações humanas – ou “mediações humanas” – o meio (do lat. mediu) é não apenas a própria relação mas seu único fim. Krishnamurti afirma reiteradamente: procuremos perceber o ilusório como ilusório e assim, desfeitos todos os véus, a verdade é quem nos encontrará. Pois a vida é um desafio de momento a momento, e a mente precisa estar atenta para reagir de acordo com cada um desses momentos. A verdade nos espera no atemporal.

P.S.: E por falar em baixar os véus, saiu o número 1 do Mídia Sem Máscara.

Are you living in the Matrix?

Enquanto verificava minha correspondência atrasada, encontrei um email do Daniel Christino (de Abril!!) me convidando pra um joguinho bem interessante: Strange New World. É uma espécie de teste pra saber – digamos assim – se você é ou não imune à Matrix. Meu ego ficou muito satisfeito com o diagnóstico dado à minha forma de lidar com a realidade: “heróica”. Palavra bonita… forte…

Aliás, esse site – The Philosophers’ Magazine – tem outros “jogos” bem bacanas, como, por exemplo, o Shakespeare vs. Britney Spears, que testa sua maneira de encarar a arte, e um outro que verifica o quão lógico você realmente é. Agora, se você acha toda essa história de filosofia uma bobagem – já que vamos todos morrer mesmo – dê uma checada no The Death Clock e descubra o dia da sua morte. Aliás, cá entre nós, Platão achava que a filosofia não era senão uma preparação para a morte…

Escreva pra Deus

Desde 1999 venho visitando, sempre que me lembro, o endereço www.God.org. Não, ninguém nunca me falara a respeito dele, senão que simplesmente me deu na telha e tasquei a URL no browser. E li: “Coming soon. A site for everyone…” (“Em breve. Um site para todos…”). Hoje, pela primeira vez neste ano, resolvi dar uma checada no dito cujo. Descobri, então, que já podemos enviar emails pra Deus! Ou, quem sabe, simplesmente pro Diabo do cara que registrou o domínio. Afinal, Ele, o Outro, não é onisciente? Pra quê email? Bom, ao menos vale a pena mandar uma mensagem esculhambando o Cara, perguntando por que é que Ele não vem logo dar um jeito na maldade desse mundão de uma vez por todas. A Hilda Hilst mesmo escreveu – acho que no “Estar sendo. Ter sido” – que esse tipo de sacrilégio é – embora ingênuo (digo eu) – um pouco santo, já que visa a uma reação do Figurão. Clica aí e manda sua mensagem!

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