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Categoria: Política Page 25 of 83

Saiu pela culatra

Ainda sobre o artigo fake do Carlos Chagas a respeito da tal “Sociedade dos Amigos de Plutão”: o tiro saiu pela culatra. O cara, conforme afirmei, quis brincar com os limites entre realidade e ficção ao mostrar o quão absurdo é o atual estado de coisas criado pelo PT, mas acabou é ridicularizando alguém que pretendia combater essa mesma situação de corrupção generalizada. O Daniel, que contribui neste blog, afora mil comentaristas, vieram criticar e/ou tirar o sarro do meu post – fato que já comentei e esclareci – e isso não me abalou em nada: não sou um chefe de redação com repórteres na rua para confirmar cada notícia. Bobagem. O pior mesmo é que essa onda não atingiu apenas este escritor blogueiro, mas até mesmo um senador da república – Heráclito Fortes. A mentira de Carlos Chagas acabou por servir ao PT.

E era piada… (a Sociedade dos amigos de Plutão)

E não é que a história sobre a ONG Sociedade dos Amigos de Plutão era, na verdade, estória (para usar uma distinção bem fora de moda). Por isso eu sempre digo: cuidado com as identificações fortes demais em política. Parece a alguns tão clara a essência maligna de outros, parecem-lhes tão claros os fatos, que não lhes custa muito tomar como verdadeiras informações falsas, se estas confirmam o caráter imaginado destes outros (como disse o Olavo a respeito da ciência: os fatos tornam-se meramente uma ilustração do que o intelecto, a priori, descobriu por si). E isso acontece, principalmente, quando o pathos do texto é o desprezo.

Curioso como esquecemos facilmente o caráter singular dos indivíduos. Quando me dizem que a maioria dos conservadores é hipócrita – escondem interesses esgoístas sob uma fachada moralista -, penso: “será que o Yuri seria capaz disso?”. A resposta, obviamente, é não. Logo, deve haver algo de bom em ser conservador e, com certeza, tem a ver com esta característica moral. Faço o mesmo com meus amigos esquerdistas. Quando pregam por aí a essência totalitária e mau-caráter da esquerda, penso: “Será que meu amigo Ricardo é totalitário e mau-caráter?”. A resposta, obviamente, é não. Logo, deve haver algo de bom em ser esquerdista e, com certeza, tem a ver com uma legítima preocupação social. Emparedados entre a amizade e suas conclusões lógicas, muitos optam pela saída muito cafajeste de reclassificar os amigos como idiotas ou estúpidos (embora “idiota” seja a preferida, por sua óbvia origem etimológica). É de uma prepotência inimaginável. Primeiro, porque quem usa este expediente supõe, sempre, estar correto, mesmo que não consiga explicar o porquê. Segundo, ele acredita que a verdade é uma disjunção exclusiva. Deveria estudar um pouco de lógica modal.

Ah, sim! E mando ao inferno qualquer discurso aterrorizante – o medo é uma arma totalitária -, cujo objetivo seja me fazer ver um amigo como hipócrita ou mau-caráter ou estúpido. O resto é assunto para a psicanálise.

Não vejo a hora…

Não vejo a hora de o Gerarrrrdo Alckmin ganhar essa eleição. Tô louco de vontade de começar a descer a lenha nele. Pena que o Lula é bilhões de vezes pior, o que faz com que a gente deva detoná-lo antes. Essa de o Alckmin dizer que é mais esquerdista que o Lula – visando, é claro, angariar eleitores entre os eleitores da eterna presidente de DCE Heloísa Helena e do meu ex-ReiThor Cristóvam Buraco – seria cômica caso sua mentira não tivesse uns pingos de verdade. Embora não tanto quanto o PT, ele é esquerdista e estatista sim. No entanto, diz ele que seu “apreço à democracia” é que prova sua posição mais à esquerda. Muito engraçado! Alguém duvida que Stalim, Fidel Castro e Chávez estão mais à esquerda que Lula? E isso representa o “apreço deles pela democracia”? Caramba, realmente levaremos anos e anos para fazer uma faxina no Brasil. Bom, primeiro vamos tirar a sujeira grossa, ou seja, o Lula e sua corja totalitarista. Depois a gente pega a flanelinha, um Veja multi-uso e dá um jeito nesses tucanos otários.

Reinaldo Azevedo é lido no Senado

O Senador Antero Paes de Barros usou texto do Reinaldo Azevedo para criticar a defesa que Lula apresentou ao TSE referente à sua responsabilidade no caso do dossiê.

  • 1ª parte do discurso do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), feito às 18h24. Aparteante: Leonel Pavan (PSDB-SC).
  • [audio:http://www.senado.gov.br/secs_inter/noticias/radio/arquivos/audio/1003antero1.mp3]
  • 2ª parte do discurso do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), feito às 18h24. Aparteantes: Heráclito Fortes (PFL-PI), Romeu Tuma (PFL-SP).
  • [audio:http://www.senado.gov.br/secs_inter/noticias/radio/arquivos/audio/1003antero2.mp3]

PT contra Boris Casoy

Trecho de entrevista concedida por Boris Casoy a Rodrigo Cardoso, da Isto É (via Gabeira):

Saiu por não fazer um Jornal Nacional ou por pressões políticas?
Não sei. Formalmente é isso (não querer fazer um JN). O resto (as pressões) passa pela cabeça. Não sou bobo, mas não posso afirmar. Houve uma tentativa de me amordaçar. Mas vai acabar.

Como vê a liberdade de imprensa no governo Lula?
Esse governo pressionou a Record (para demiti-lo). Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu. Eram três assuntos que eles (governo) não queriam nem que se tocasse. Caso Banestado (remessa ilegal de dinheiro para aplicações no Exterior por meio do banco), o compadre do Lula, Roberto Teixeira (advogado da Transbrasil, acusado de operar esquema de arrecadação de dinheiro junto a prefeituras do PT) e o assassinato do (ex- prefeito de Santo André) Celso Daniel. Eu insistia que acabariam em pizza.

Houve ameaça direta a você?
Não. Houve o telefonema do Zé Dirceu (para a Record). A diretoria me pôs a par: “Ele disse que vai prejudicar a Record e você pessoalmente se não parar”. Essa foi a última (ameaça)… vinha uma série. O Zé Dirceu caiu em 13 de fevereiro, meu aniversário. Depois que ele caiu, as pressões foram reduzidas. As ameaças (aconteceram) direto para o presidente da Record, que era o Dênis Munhoz.

Outro político acenou com ameaça?
Nós recebemos um relatório do diretor do escritório de Brasília da Record, que participou de uma reunião em Brasília – as emissoras acertavam questões de publicidade com o governo. Dizia: “Olha, com o Boris Casoy não dá para ter publicidade”. Me contaram ainda que o (Luiz) Gushiken (ex-secretário de Comunicação) tinha insinuado para o presidente da Record: “Com o Boris lá fica difícil o relacionamento com vocês”. Houve telefones de gente da bancada evangélica: “Olha, o Zé Dirceu reclamou. Isso atrapalha a gente”.

Do que os políticos reclamavam?

Licença para roubar

O agente 007 tem licença para matar. No Brasil, segundo o jornal espanhol ABC, os eleitores brasileiros estão concedendo, através do voto, uma “licença para roubar”. Eles se referem, evidentemente, aos votos recebidos por Lula, votos estes emitidos de forma a provar que boa parcela de nossos eleitores são completamente desprovidos de senso moral. Como se a manutenção dum panaca desses não fosse por si mesma uma desgraça suficiente, votar em Lula agora também é queimar o filme dos brasileiros lá fora. Ê povinho bunda!

A CPI das ONGs

O pedido para instalação da “CPI das ONGs” já possui as assinaturas necessárias no Senado. “Mas o autor da idéia, senador Heráclito Fortes (PFL-PI), volta a confirmar que só entrega o pedido de instalação da comissão após as eleições.” Ouça esta reportagem de Sérgio Vieira para a Rádio Agência Senado.

    [audio:http://www.senado.gov.br/secs_inter/noticias/radio/arquivos/audio/1004d.mp3]

Veadagem de esquerda

Do sempre imperdível Olavo de Carvalho:

Cabeça de comunista é assim. Não se contenta com a perversão. Parte logo para a inversão. E não estou falando de inversão sexual, que é um fenômeno corriqueiro na sociedade. Comunista não se satisfaz com tão pouco: quer praticar veadagem é com o traseiro dos outros. O traseiro da pátria. O traseiro da humanidade.

Leia o artigo completo.

Se as drogas fossem legalizadas

Um documentário que especula sobre quais seriam as consequências da legalização do comércio e do uso de drogas.


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Skidmore: “Lula é um coitado”

Eis uma entrevista cedida pelo brasilianista Thomas Skidmore ao jornalista Marcos Graciani, e publicada na revista Amanhã:

O brasilianista Thomas Skidmore compara o presidente Lula a Jânio Quadros e Collor (“eram todos loucos”) e garante: só uma profunda reforma política será capaz de livrar o país das maluquices.

Já se vão 37 anos desde que Thomas Skidmore começou a estudar o Brasil. Natural de Ohio, nos Estados Unidos, Skidmore migrou para o calor do Rio de Janeiro no início dos anos 60 e, logo depois do golpe militar, lançou seu primeiro livro: Politics in Brazil 1930-1964: An Experiment in Democracy.

A obra se tornou um clássico entre os “brasilianistas” – como são conhecidos os estrangeiros que estudam o Brasil. Hoje, aos 73 anos, ele dirige o Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Brown, nas proximidades de Boston. Se o conhecimento acumulado na carreira foi suficiente para entender o país? “Só às vezes”, responde ele, rindo.

“Aí o Brasil elege um louco e não se entende mais nada”, arremata nesta entrevista concedida à revista AMANHÃ.

Na posição de quem já estudou exaustivamente a história político-econômica do Brasil, suas crises e seus presidentes, como o senhor avalia o desempenho do presidente Lula?

Eu acho que na comparação com os outros presidentes, Lula é uma tragédia. Ele deixou a impressão de que a corrupção penetra em todas as instâncias do governo. Simplesmente abalou a legitimidade do Planalto perante o público. É uma pena. Lula começou com muitas idéias boas e com muito apoio popular.

Mas sua base de governo acabou buscando o caminho errado para comandar a selva do Congresso: a propina. Talvez ele ache que isso tenha sido feito por todos os presidentes, e é bem possível que esteja certo. O problema é que coisas como o “mensalão” vieram à tona na gestão dele, e não nas anteriores.

A corrupção é uma parte indissociável da política brasileira?

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