Amigos, o pai de uma amiga – Sr. Rufino Alves Gomes – está internado em São Paulo-SP esperando um coração para transplante. Enquanto isso, precisa de sangue. Quem puder ajudar, basta dirigir-se ao Banco de Sangue da Rua Martiniano de Carvalho nº 1009, Liberdade (próximo à estação Vergueiro do metrô). O tel é 11-3253 5022 ramal 1122. O Banco atende também aos sábados das 8 às 17 horas. (Lembre-se de dizer que o sangue é para ele.) Muito obrigado!
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Segundo o Site Meter, de Agosto de 2003 pra cá, meu site recebeu cerca de 41106 visitas (53023 page views). Eu sei que tem gente mil vezes mais requisitada, mas, para mim, já está de bom tamanho. Obrigado aos navegantes!
Texto enviado pela amiga Joanne, psicóloga, de Brasília, com o qual concordo plenamente:
“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida…. mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre.”
(Vinícius de Moraes)
Eu acrescentaria essa outra máxima:
“Não há amor maior do que o daquele que dá a vida por seus amigos.”
(Djísus)
Oportuno memorial, escrito por Deonísio da Silva, a respeito da querHilda amiga.
Este sou eu, na casa do Pedro Novaes (GYN), do jeito que o diabo gosta – mas não a
Cássia, minha namorada… A foto é do Paulo Paiva e vê-se, da esquerda pra direita: eu, Luciana, Juliana Naves, Leon Rabelo e Andréa Leão. Aliás, peraí: diabo? Não, do jeito que o Pai gosta e a Cássia também. (Com Pedro, Paulo e Leon.) A propósito, minha calça foi um presente da estilista Carol Martins, da Galeria Ourofino, Rua Augusta, São Paulo. Interessados, procurem-na.
E por falar no J. Toledo, verei se em breve coloco no site da Hilda o depoimento que ele escreveu a respeito dela para o Blocos on line. Aliás, a Ana Peluso, que parece ser do mesmo planeta que eu, também fez sua homenagem.
Já que comentei sobre dois excelentes artistas plásticos que conheci recentemente (Luiz Costa e Siron Franco), decidi pagar um mico e mostrar umas das telas que pintei em Brasília (1996), enquanto cursava artes-plásticas na UnB. Eu a chamo de “Borboleta-Cacatua-Elefante”. :)) Caso vc preste um pouquinho de atenção, entenderá por quê. Ah, não adianta ninguém querer comprá-la, pois pertence à minha irmã, que é arquiteta, e que atualmente a usa para “decorar” sua sala de estar.
[Ouvindo: Flamenco Sketches – Miles Davis]
Amigos, obrigado pelas palavras de carinho e conforto. Logo mais postarei meu próprio depoimento sobre essa figura maravilhosa que é – sei que ainda é – Hilda Hilst.
Quanto a você, Hildeta, saiba que apesar de todas as nossas conversas sobre morte, imortalidade da alma, Deus, transcomunicação instrumental, projeção astral, religiões, santidade, ovnis, cosmologias mil, enfim, sobre “aquelas coisas”, não pude deixar de chorar sua morte. O engraçado é que choro, imagino, mais por mim do que por você. Porque sei que você ficará muito bem, voltará a ter, como você desejava, suas formas jovens, voltará a ser na aparência a mulher linda que sempre foi interiormente. E eu ficarei aqui ainda um bom tempo, suponho. Nesse mundo louco. E você curtindo a liberdade do espírito. Fico até com ciúmes, imaginando que irá correndo atrás do seu pai, do Richard Francis Burton, do James Joyce, do Kafka, do Vinícius de Moraes, do Yogananda e de outros caras “deslumbrantes”. Espero que você possa se comunicar, conforme combinamos. Uma visita – vestida de vermelho, lembra? – um email, tanto faz. Não se esqueça de nós, do Dante Casarini, da Iara, do Zé Luis Mora Fuentes, da Olga, do Almeida Prado, do Toledo, do Vivo, do Araripe, da Inês Parada, do Gutenberg, do Jurandi, da Lygia Fagundes, da Shirley e de tantos outros seus amigos que merecem mais lembrança do que este que agora lhe escreve, apesar da minha sensação de ter entrado pra “família” no dia que me repetiu uma frase que, tenho certeza, já havia sido dita para alguns deles: “Yuri, obrigado por ser adepto da minha loucura”. Eu amo você, querida. Espero um dia me tornar um escritor digno da sua admiração. (Meu Deus, isto será dificílimo! Você é exigente demais. Tanta gente consagrada que você não curtia.) Em todo caso, já vou dizendo o que nunca senti ter moral para lhe dizer, mas que agora, sendo você uma recém nascida do espírito, irá entender: obrigado, Hildeta, por ter sido adepta da minha loucura. Se eu não a tivesse conhecido, se eu não tivesse descoberto que é possível ser um bom escritor em meio a todas “aquelas coisas”, e outras mais, eu teria ido parar num sanatório há algum tempo. Você me provou, nesses seis anos de amizade e dois de convivência diária, que é possível defrontar a loucura deste planeta sem perder a fé no Pai e na Arte. Aliás, obrigado também pelo chapéu de bobo, pela casa (do sol), pela comida e pela alma lavada. Nunca vou lhe esquecer. Fica com Deus.
Besos y besos y besos
Yuri
PS1.: Não sei se você percebeu, mas ontem eu e alguns amigos esvaziamos algumas garrafas de vinho – no apê do Pedro Novaes – em sua homenagem. A de vinho do Porto era da marca “Porto Seguro”. Pra lhe dar sorte.
PS2.: O Toledo já me havia escrito de madrugada avisando do seu passamento. Mas só fui me inteirar do ocorrido quando o Rodrigo Fiume, do Estadão, me telefonou. Eu estava justamente gravando um CD do Miles Davis pra você. Summertime é a primeira música. Vou mantê-lo para me lembrar que você partiu num verão.
PS3.: E veja se vai mudando de opinião com relação a que “gostar de mulher por cima é coisa de viado”. Poxa, tá querendo refutar todo o Kama Sutra, é? Diz isso pro Burton aí em cima pra você ver se ele não lhe dá uns tapas… 🙂
[Ouvindo: Angel – Massive Attack]
Um editor faz falta não apenas para nos dar trabalho, mas também para filtrar nossos textos. Se alguém me impedisse de divulgar nesse blog certos artigos, eu não precisaria ter de ler todo dia mil e um emails que abrem buracos em meu corpo emocional. Claro, muitos elogios também, mas como a gente prefere estes, aqueles são sempre mais dolorosos. Um dia aprenderei a ser meu próprio e-ditador. (Aliás, cá entre nós, e-ditador foi o apelido que meu amigo Sálvio Juliano, professor da UFG, me deu quando fui editor de um jornaleco no curso de jornalismo. Chamava-se Naraka Loka.)
Em Dezembro recebi uma mensagem do Redson, vocalista da mítica banda punk Cólera, na estrada desde 1979. Nos anos 80, cheguei a assistir a uns dois shows dos caras. (Aliás, precisei freqüentar muita rave para parar de pogar.) É até surreal me corresponder com o figura hoje em dia. Ir para um show punk era como sair para escalar um vulcão em erupção, principalmente se se tinha 14 ou 15 anos de idade. Como se diz hoje, no bom sentido, siniiiiiistro. E pensar que o cara curte algumas coisas que escrevo… Bom, hoje em dia não sou anarquista senão intelectualmente. Na minha consciência só mando eu. (Embora o Daniel Christino tenha razão quando diz que eu às vezes absorvo as idéias de quem prova dominar com excelência a língua portuguesa. Resquícios de esteticismo. É a vida literata.) Enfim, punk forever.