Os cientistas continuam discutindo se o 2003 UB313 é ou não um novo planeta, o que evidentemente tem lá sua importância. Primeiro porque, se decidirem que não, terão de rebaixar o status de Plutão, que é menor que o novo astro. Segundo porque, se decidirem que sim, continuarão procurando novos planetas, o que evidentemente poderá levá-los a descobrir ainda mais um, afinal, Monmátia, nosso sistema solar, possuía doze planetas quando de sua formação, sendo que um deles teria se fragmentado entre Júpiter e Marte, dando origem ao Cinturão de asteróides Principal. Contudo, é também possível que esse novo planeta já seja o décimo primeiro, isto é, se incluirmos Sedna no jogo.
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Num comentário, o Alex Cojorian comentou que quem entende desses assuntos abstrusos do tipo “livro de Urântia”, “partes baixas da Terra” e assim por diante sou eu. É verdade, tenho tanta atração por assuntos aparentemente loucos quanto a Hilda Hilst e, aliás, muitas vezes penso se não foi justamente esse interesse que me levou até ela, a escritora que, em entrevistas, confirmou ter visto um disco voador, ter feito viagens astrais, ter gravado a voz da falecida mãe (transcomunicação), ouvido a voz de Camões e assim por diante. Em 1999, na Casa do Sol, chegamos a compartilhar hilariantes paranóias com o possível fim do mundo no “sétimo mês de 1999″…
Mas o que eu queria dizer não é nada disso. Nem tampouco falar do último ano do calendário maya ou das descrições do resgate planetário feito por minha amiga extraterrestre, uma possível mestra ascensa da Grande Fraternidade Branca. Quero apenas pedir para que ouçam uma rádio-novela feita nos moldes tradicionais, bem ao estilo anos 1940. (Eu a ouvi por indicação da Carol, a Gata-loca.) Para quem achar o conteúdo uma bobagem “além da imaginação”, ou uma ficção científico-espiritual ingênua, faça de conta ao menos que é uma criança nascida nos anos 1930 que está aí, ao pé do rádio do vovô…
(Fonte: Ascensão.)
A história da literatura está repleta de casos em que uma jovem se apaixona por um poeta ou por um artista devasso e mais tarde o deixa para se casar com um empresário bem sucedido. Essas histórias revelam um aspecto fundamental da natureza da psique feminina, que muitas vezes escapa às próprias mulheres, mas que nunca deixa de se manifestar na realidade.
Na juventude a mulher precisa se entregar a experiências de transgressão para descobrir, por si mesma, a utilidade e a necessidade da disciplina e das normas sociais. Também é comum que ela queira adotar qualquer comportamento que esteja em franco contraste com as normas e os conceitos de seus pais, para medir a autoridade que eles têm sobre ela. Assim, o poeta marginal, o artista devasso, o hippie doidinho ou, nos casos mais extremos, um criminoso verdadeiro, aparecem como os homens que possibilitarão à mulher viver as experiências que ela precisa viver naquele período; e ela se sentirá atraída por eles. Além disso, é nesse período que a mulher precisa medir a sua própria capacidade de seduzir e é natural que ela queira “testar-se” com algum homem antes de partir para o relacionamento que ela julga que realmente a realizará.
Só uma minoria muito reduzida se converte a uma religião — ou ao ateísmo — por achar que ela detém a hipótese mais verdadeira sobre a criação do universo, a natureza de Deus, do homem ou do que quer que seja. A imensa maioria se converte, não porque busque a verdade e a encontre numa determinada religião, mas simplesmente porque espera obter um benefício com a conversão.
Na juventude o homem (o homem e a mulher, obviamente) deseja o sexo sem o peso dos compromissos conjugais, deseja desobedecer aos pais, para fazer suas próprias descobertas, deseja experimentar o álcool e as drogas, porque todo mundo diz que é legal. Então surge uma conversão ao ateísmo ou a alguma espécie de religião pessoal, na qual beber e fazer sexo sem compromisso não sejam pecados. Nem sequer passa pela cabeça do jovem a idéia de examinar filosoficamente as religiões em busca da mais verdadeira. O ateísmo é escolhido porque lhe permite satisfazer seus desejos e não por motivos filosóficos.
Meu primeiro texto foi inserido aqui pelo Yuri na sexta de madrugada e no fim de semana como não tive tempo pra acessar a página também não obtive a oportunidade de me apresentar e agradecer, o que aproveito pra fazer agora. Enfim, saudações a todos que aqui escrevem e lêem e espero compartilhar idéias e aprendizados com todos.
Essa continuação de meu primeiro texto é uma compilação de emails que troquei com meus amigos do curso de Ciências Sociais da USP – onde estudamos juntos e onde conheci o Yuri – e acho que explica um pouco melhor de onde tirei essas idéias, já que responde a algumas dúvidas e críticas quanto ao game ser uma ferramenta de transformação, em especial aos MMRPG´s (Massively Multiplayer Role Playing Game). Estou há anos estudando este tema por conta de meu trabalho, mas uma de minhas paixões também é a ficção científica e me baseei muito no Livro “A Cidade e as estrelas“, de Arthur C. Clark, que acredito ter influenciado o roteiro de Matrix mais do que qualquer outra fonte, porém também creio que a tecnologia seja apenas uma ferramenta poderosa, um meio, e não uma solução. Neste livro a tecnologia que contém todo o conhecimento do universo é usada para dar aos homens diversos tipos de experiências de vida através das “sagas”, mas Alvin, o protagonista, eleito como “Neo”, deixa de livre-arbítrio “Diaspar” em busca de conhecimento verdadeiro. Aproveito para postar também uma poesia de Carlos Drummond chamado “O homem; as viagens“, a qual apresenta como único destino do homem o retorno para dentro de si, e talvez neste caso a tecnologia apresse ou retarde essa busca. De qualquer maneira ela está aí…
Um filme que marcou muito minha infância foi “O Vingador do Futuro”. Nele, Schwarzenegger tem uma experiência de imersão total numa máquina de realidade virtual e vive uma aventura hollywoodiana, em contraponto à sua vida monótona. Já em “Matrix”, outro filme que enreda na mesma pergunta – “O que é a realidade e o que é fantasia?” -, Neo já nasce e vivencia diariamente uma ilusão, de onde terá que lutar para escapar e salvar a humanidade. São, enfim, dois filmes de ficção com visões hipotéticas de para onde a tecnologia poderá nos levar.
E independentemente de se para um futuro dramático como em “Matrix”, ou cômico como no caso de “O Vingador do Futuro”, a questão que merece consideração é que a tecnologia é a vedete dessa transformação e ela está mais próxima do que parece. No mundo dos Games.
Assisti por acaso, no Telecine Cult, à parte final da adaptação de O Diário de Anne Frank, cujo livro li ano passado ou retrasado, sei lá. (Para quem não sabe é o diário real da adolescente judia que passou uns dois anos escondida, com outros judeus, em Amsterdam, durante a ocupação nazista. Morreu poucos meses antes do final da guerra num campo de extermínio.) Pois então, no filme, o diálogo final de Anne com um seu amigo reafirma, tal como no livro, e apesar dos pesares, sua fé no ser humano e na bondade de Deus. (Daí, creio, o valor do seu testemunho.) Mas o que me chamou a atenção não foi isto, mas a forma como ela consola seu interlocutor, dizendo que o mundo está apenas passando por uma “fase”, tal como ela e sua mãe passam às vezes. Ou seja – pensei com meus botões -, o mundo está menstruado, daí as cólicas e todo esse derramamento de sangue que vemos no dia a dia. E parece que ela tem razão. Só que atualmente o planeta não está apenas com TPM ou naqueles dias. Anda com diarréia humana, febre vulcânica, sarna florestal, tremores tectônicos, vômitos marinhos e coisas do gênero também. Segundo desconfio, o mundo vai passar por muitos maus bocados ainda. Talvez esteja para dar à luz, vai saber. O que estará para nascer?
Segundo meu profundo estudo dos arcanos do Apocalipse, o fim do mundo se dará assim que o Sílvio Santos morrer, isto é, daqui 53 anos…
Monteiro Lobato (1882-1948) leu Nietzsche (1844-1900) e sua vida então mudou: finalmente tornou-se ele mesmo. Nietzsche leu Monteiro Lobato e… nunca mais foi o mesmo.
No blog do Janer Cristaldo andou rolando um desses debates inúteis entre ateus, agnósticos e crentes, dos quais já estou mais que cansado, tendo participado de inúmeros justamente nas três posições citadas, aliás, migrando duma a outra nessa mesma ordem aí descrita. Vale dizer: me sinto melhor hoje… Bem, a questão é que o Olavo acabou aparecendo na discussão com um texto excelente: Discussões vãs. Não deixe de ler.