blog do escritor yuri vieira e convidados...

Eu curto trance

Já que o Paulo assumiu que é liberal democrata e o Pedro que é flamenguista, eu também assumo: sou raver, eu curto mesmo é trance, psytrance, goatrance et cetera et al. Podem perguntar ao Bruno Tolentino, que também morou lá na Hilda Hilst. Ele ficava louco com os meus CDs. Aliás, fui à minha primeira rave em 1996, em Maresias-SP, quando então conheci e fiz amizade com o DJ Rica Amaral (organizador da XXXperience, na época ainda um odontólogo que implantava diamantes nos dentes das menininhas), sou bróder do DJ Swarup de Brasília, cruzei mil vezes com o sitarista Alberto Marsicano, com o Edgard Scandurra (aliás, já dormimos um ao lado do outro – ele com a namorada dele, eu com a minha, claro – numa casa de praia mutcho loca), sem falar nos meus bróders Dante, que fotografou ene raves, André e Lisa Ismael, da Rave On. De lá pra cá já fui a montes de raves, talvez umas quarenta (umas 30 só entre 96 e 98), o que é pouco se vc distribuir a diferença pelos últimos sete anos. (Na verdade, faz uns dois anos que não vou a uma festa dessas, neguinho perdeu o rumo da brincadeira, a coisa literalmente vulgarizou. Boas raves são essas para 200, 300, no máximo 800 pessoas. Boas eram as raves “secretas”, apenas para os iniciados. Mas ainda voltarei.) Enfim, se para meditar eu ouço Bach, Maller, Sainte-Colombe, Villa-Lobos, Ravi Shankar e Miles, eu só consigo escrever mesmo é com trance, esse som que abre um túnel a partir do terceiro olho, estendendo todo um caminho a ser percorrido em direção ao infinito. Pronto, confessei!

Como amostra, eis uma mixagem que fiz no Audacity de duas músicas que costumo ouvir ao escrever (se não estiver escrevendo, dance, isto não é música de se ouvir parado):

    [audio:http://audio.karaloka.net/audio/para_escrever.mp3]

Sobre raves leia ainda este post.

Anteriores

Gilberto Gênio

Próximo

anencéfalos & índios nazistas

5 Comments

  1. Obrigado por dividir isso conosco, Yuri (aplausos emocionados).

  2. sunami chun

    poutz vc escuta esse tipo de som Yuri?!!que nhaca hein!!!

    to brincando…tb curto musica eletronica e gosto de dancar trance…
    tenta esse aqui:
    cornelius and erland oye (kings of convenience) o nome da musica é “drop”, não é trance mas é bom….

  3. Vinicius

    Yuri,

    Ficou “talamascamente” foda sua mixagem.

    Sábado passado fui numa rave bastante cogitada neste universo eletronico. A GMS. Boa, mas rave mesmo foi uma que fui [reveillon] em Arraial d’Ajuda, no Magnólia. Esta sim, perfeita. No padrão e no público.

    Abração!

  4. Obrigado, irmão Pedro, é muito gratificante fazer parte dum grupo que me aceita apesar dos meus defeitos eletrônicos.

    Sim, bróder Chun, vou checar esse som aí!
    Abraços!

  5. PODEM NOS CHAMAR DE LOUCOS MAS A NOSSA MÚSICA NÃO TEM SIGNIFICADO HÁ UMA RAZÃO.NOSSA LÍNGUA É ÚNICA E VERDADEIRAMENTE UNIVERSAL. NÃO FALA DE AMORES AMARGURADOS, NÃO SE TRATA DE UM SAMBA CARREGADO DE TRISTEZAS; NÃO EXPRESSA SONHOS E ASPIRAÇÕES PROFUNDAS NADA DISSO…ENTÃO ENTENDA NOSSA MUSICA NÃO TEM LETRA PORQUE DEIXA SOAR E SE PROPAGAR UNICAMENTE O PRESENTE,AQUELE PRESENTE LIVRE DE AFLIÇÕES, EGOÍSMO, POSSE…SE TUDO O QUE PODEMOS VIVER É O SEGUNDO IMEDIATO COMO FAZEM OS RECEM NATOS AINDA APRENDENDO A ESTABELECER CONEXÕES SIMPÁTICAS? ESTAMOS LIVRES, PUROS E FELIZES!!!É ESSA MÚSICA QUE VOCÊ JULGA SEM SENTIDO? SÉRA QUE SOMOS NÓS OS LOUCOS? NÓS QUE NA NOSSA TRIBO, EM NOSSA MEDITAÇÃO VARA AS MADRUGADAS E PERMITE CÉUS QUE MUDEM DE COR. NÓS SEM FAZER MAL ALGUM A NINGUÉM, APENAS CELEBRANDO E FESTEJANDO O FIM DE TODA A HIPOCRESIA A NÓS MESMOS? O QUE QUEREMOS NÓS LOUCOS, É VOLTAR AS ORIGENS, AO COSMO, AO NOSSO PRÓPIO CORPO,Á MÃE NATUREZA,AO ÚTERO…

    ***NOSSA MÚSICA DIZ TUDO SEM FALAR NADA!!!***

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén