Jornalista, tendi para o lado da liberdade de expressão neste caso das caricaturas de Maomé. Mas nunca previ tamanha repercussão. A história não pára de crescer. E de ficar mais feia para o lado do Ocidente — principalmente depois que se soube que o mesmo jornal dinamarquês que iniciou tudo havia, tempos atrás, se recusado a publicar charges de Jesus, sob a alegação de que causariam polêmica entre seus leitores.
Desde o início senti dificuldades em entender por que houve tanta repercussão entre os muçulmanos — até com mortes. Mas agora vislumbro uma luzinha, isto é, começo a compreender, mesmo que só um pouquinho — o que, acredite, para mim já é o suficiente.
O principal jornal do Irã, aquele país cujo presidente causou um alvoroço internacional ao dizer que o Holocausto era um mito, lançou uma campanha bem interessante nesta briga toda. É um concurso sobre caricaturas do Holocausto. O diário Hamshahri informou que ele foi pensado justamente para testar os limites da liberdade de expressão, motivo dado por muitos jornais europeus para publicar as caricaturas de Maomé.
Não vi nenhum desenho ainda. Mas li relatos na internet de que já havia até um mostrando Hitler na cama com Anne Frank…
Bem, como disse, não o vi. Mas só imaginá-lo já é suficiente para entender um pouquinho o sentimento dos mulçulmanos, não?
yuri vieira, o eDitador
Sou obrigado a repetir aqui um comentário que fiz a outro post: