blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: março 2006 Page 2 of 17

Agenda de vida: as grandes caminhadas no planeta

Aqui está minha agenda de vida. Fazer os 15 trekkings mais espetaculares do mundo. Todos são evidentemente caminhadas pesadas de mais de um dia, com mochila às costas, nas paisagens mais incríveis deste planeta. Vergonha total, em meus 13 anos de montanhismo, fiz apenas uma delas. A seleção é baseada em minhas impressões pessoais e na análise de várias seleções de outras pessoas:

Che e o filme “Adeus, Lênin!”

Assisti a esse filme de Wolfgang Becker na Academia de Tênis, em Brasília, há uns dois anos. Mas não o revi no Telecine ou em DVD – conforme conta o Janer Cristaldo – com uma cena censurada: justamente aquela em que, para enganar a mãe que volta do coma depois da queda do Muro de Berlim, o figura retira do lixo o poster do Che Guevara que havia jogado fora. Claro, ao contrário de países mais avançados, no Brasil não se pode jogar o Che na lata de lixo da história…

Teoria

Dinossauros!

Você tem uma câmera digital? E um toca-mp3? Sabia que eles poderão ser extintos?

Puts grila!

Quero estar na frente da TV quando ocorrer algo semelhante com os apresentadores do Jornal Nacional…

Fora control+C…

Não dá mais para copiar os textos do Globo Online usando o control+C. Que louco isso, não? O site barra a cópia e mostra um aviso de copyright. Isso vai acabar se espalhando por aí e será uma dor de cabeça para os blogs.

Stanislaw Lem partiu para Solaris

Pois é, morreu o Stanislaw Lem, conforme noticiou o Yuri ali embaixo. Este escritor polonês, autor de mais de 30 livros, escreveu o clássico de ficção-científica Solaris, duas vezes adaptado para o cinema, por Andrei Tarkovski e por Steve Sodebergh. Entre os dois filmes, fico com o livro, uma das obras literárias que mais me angustiaram e impressionaram até hoje.

Natimorto?

Pelo visto, este relatório já nasce morto. Do Globo Online:

Indiciamento de ex-ministros dificulta aprovação de relatório da CPI dos Correios

Os crimes de cada um

Copiado do Blog do Noblat.

Abaixo, a relação dos principais pedidos de indiciamento feito pelo relatório final da CPI dos Correios:

“MARCOS VALÉRIO – falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998; tráfico de influência, art. 332 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; supressão de documento, art. 305 do Código Penal; fraude processual, art. 347 do Código Penal; crimes contra a ordem tributária, arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137, de 1990; peculato, art. 312 do Código Penal; atos de improbidade administrativa, arts. 9º, 10 e 11 da Lei nº 8.429, de 1992, e art. 89 da Lei 8.666, de 1993;

DELÚBIO SOARES – falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; crime eleitoral, art. 350 do Código Eleitoral; e art. 89 da Lei 8.666, de 1993; peculato, art. 312 do Código Penal;

JOSÉ GENOINO – falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; crime eleitoral, art. 350 do Código Eleitoral;

SILVIO PEREIRA – tráfico de influência, art. 332 do Código Penal; crime do art. 90 da Lei nº 8.666, de 1993;

JOSÉ DIRCEU DE OLIVEIRA – corrupção ativa, art. 333 do Código Penal;

LUIZ GUSHIKEN – tráfico de influência, art. 332 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; art. 89 da Lei nº 8.666, de 1993;

HENRIQUE PIZZOLATO – falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998; peculato, art. 312 do Código Penal, e art. 89 da Lei nº 8.666, de 1993;

CLAÚDIO ROBERTO MOURÃO DA SILVEIRA – crime eleitoral do art. 350 do Código Eleitoral;

EDUARDO BRANDÃO AZEREDO – crime eleitoral do art. 350 do Código Eleitoral.

CLÉSIO SOARES ANDRADE – crime eleitoral do art. 350 do Código Eleitoral.”

Liberdade?

Ele tem flertado com a mediocridade. Passeios no shopping, sexozinho nos fins de semana, e sono, muito sono. Logo estará vendo televisão. Tudo por causa de — vocês sabem — uma dessas mulheres de ancas largas e gestos delicados. Ela já sabe os nomes que vai dar aos filhos. Ele ainda quer escrever um livro. Mas alguma coisa no seu corpo, algo além da queda de cabelos, vai conciliando o futuro com uma gravata e uma carteira assinada. Os sonhos que restam vão morrendo a cada orgasmo. Aos poucos ele vai descobrindo que nunca quis ser livre. Queria apenas alguém com quem dividir a cela. As mesmas paredes que antes o oprimiam formam agora um refúgio contra a desordem cansativa do mundo. E desde que a doce morena permaneça ali dentro, desde que ela o envolva nos seus braços quentes e macios, desde que ela sorria brancura e morda prazer, aquele espaço exíguo não será mais uma prisão, mas simplesmente o seu lar. Para que ser livre, se a busca terminou? Uma mulher para dividir a cama, uma janela para olhar as estrelas, uma madrugada para escrever versos medíocres, eis a súbita descoberta: tudo isso é muito melhor que a liberdade.

Page 2 of 17

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén