blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: março 2006 Page 5 of 17

A causa do tremor

Eis a causa do tremor de terra ocorrido ontem em Brasília:

Tinha de ser uma petista – a de-putada Angela Guadagnin (SP) – que comemorava a absolvição de mais um mensaleiro, João Magno (o petista do celular), filho de você sabe quem.

Escritor ou digitador?

A respeito da escrita automática de Jack Kerouac, descascou Truman Capote:

“That’s not writing, that’s typewriting”
(Isto não é escrever, é datilografar.)

(Do meu site de biografias de escritores predileto, o Author’s Calendar. Aliás, vá lá e descubra que autor nasceu no dia do seu aniversário. Conforme já escrevi noutra ocasião, curiosamente o único escritor nascido no mesmo dia que eu também se chamava Yuri, mas na forma finlandesa: Yrjö Aukusti Wallin, escritor e orientalista, que esteve em Meca em 1845, anos antes de Sir Richard Francis Burton.)

Sobre abortos, almoços e escolhas

Nunca tive em meu ventre nada mais importante que meu almoço.

Pouco tempo atrás, no Estadão, a editoria em que eu trabalhava publicava os temas relacionados ao aborto. Sem exceção, toda reportagem era seguida de cartas e e-mails. O leitor padrão do jornal não é exatamente liberal em relação a comportamentos. Ou seja, as cartas normalmente criticavam a cobertura ou apenas o fato de se dar espaço ao tema.

A editoria era composta por maioria de mulheres. Grandes mulheres, ótimas profissionais. Mas, mesmo na busca utópica pelo debate igualitário (e a maioria o procurava), a cobertura tendia para certo lado, inconscientemente ou não — não sou tão ingênuo; já tive de podar asinhas de repórteres.

O fato é que essa história do almoço me incomodava. Melhor: me incomoda. O que diabos eu sei?

Lá vem ele! O Jazz…

Bud Powell “Sweet Georgia Brown” || Bix Beiderbecke “Krazy Kat” || Sarah Vaughan “Nice Work If You Can Get It” || Wes Montgomery “West Coast Blues” || Ben Webster “In The Wee Small Hours Of The Morning” || Dizzy Gillespie “Birk’s Works” || John Coltrane “Naima” || Fats Waller “Alligator Crawl”

[audio:http://www.archive.org/download/PoolsideJazzPodcast4/pj4.mp3]

Fonte: Poolside Jazz.

Que fim levou a Benedita?

Estava olhando a pesquisa por autor do blog e fiquei pensando: “Quem fim terá tido a Benedita?” Ela está na lanterna entre os participantes, com apenas 1 texto.

Em seguida, vêm o Chun e o Túlio (2 cada), mas este último é recém-chegado. Nossas outras colaboradoras também têm poucos textos: Rosa (3) e Jamila (4).

Tá bom, eu também não sou lá grande participante (15), mas tenho me esforçado. E é sempre bom lembrar que não é a quantidade que vale, etc, etc.

Bem, na verdade, isso tudo aí que escrevi não passa de uma observação, sem questionamentos. A não ser o sobre a Benedita, claro. Alguém aí quer se juntar a mim nesta pergunta?

Seus barraqueiros

Eu já entendi tudo. Concluí meu experimento científico. A galera que frequenta este boteco gosta mesmo é de se xingar e de ser xingado. Discussão civilizada a *@#!#*&!! Neguinho (e neguinha) gosta mesmo é de discussão inflamada, né? Haja vista o post do Daniel, perguntando honestamente quem paga a conta do liberalismo. E nada. Ninguém respondeu (nem eu, mas é diferente porque eu fiquei de pensar e estou pensando até hoje). Depois, um tema polêmico desses como privatização da água e ninguém nem tchuns. Tá certo. O negócio é afirmar e sustentar pontos de vista até derreter o fígado do adversário, nada mais. Ninguém quer entender de verdade porra nenhuma. Pensamento crítico é coisa pra mariquinhas. (Vou fazer que nem o Yuri e botar um sorrisinho aqui no final pra vocês não virem pegar no meu pé). 😎

A orelha da tartaruga

Tá na seção Erramos, de hoje, na Folha:

A espécie de tartaruga tigre-d’água-americano possui manchas vermelhas na cabeça, e não uma orelha vermelha, como informou erroneamente o texto “Tartarugas são retiradas da República” (Cotidiano, pág. C8, 9/3). Tartarugas não têm orelhas.

Intervenção na CEF

Coluna de Cláudio Weber Abramo hoje no Diário do Comércio de São Paulo:

O episódio envolvendo as declarações do caseiro Francenildo Costa sobre a freqüência do ministro Antonio Palocci a uma casa mantida por integrantes da chamada “república de Ribeirão Preto” está servindo para lançar um pouco de luz sobre duas esferas interdependentes: o processo político brasileiro e a forma como o Estado é gerido.

Nós temos bom senso de orientação, nada mais

POR QUE SÃO NECESSÁRIOS MILHÕES DE ESPERMATOZÓIDES PARA FERTILIZAR UM ÚNICO OVULO?

Porque os espermatozóides são masculinos e se negam a perguntar o caminho.

O Estado ágil ou Esses cornos do inferno

Em janeiro, fiz um trabalho para o Governo. Não, uma macumba não. Escrevi um texto de 180 páginas para um processo de discussão. Evidentemente, como seria de se esperar, ainda não vi um centavo do merecido pagamento e sei que mais alguns meses se passarão antes que eu receba qualquer coisa. Sem contar a possibilidade real de não receber nada, em se tratando de ano eleitoral e de muitas mudanças nos cargos de comando que acontecerão doravante. Há alguma probabilidade de que um neo-poderoso olhe com escárnio para os valores e o propósito e engavete meu processo. Mais ainda, para receber preciso provindeciar nada menos que 15 documentos, entre eles seis certidões diferentes, o que me tem consumido boa fatia de tempo há algumas semanas. Tudo isso para, no final, o Palocci ainda ficar com um quinto do que ganhei.

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