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Três Boas Notícias no Cinema

Em um só dia, várias boas notícias de cinema.

Primeiro, mais importante, nosso camarada Ricardo Calaça, após ter seu documentário “Divino Maravilhoso” selecionado para o prestigioso Festival de
Cinema de Brasília, agora foi contemplado em edital do Ministério da Cultura e contemplado com R$ 80 mil para a produção do curta metragem “O que se Come”. Parabéns ao Ricardo.

Segundo, o Brasil se deu muito bem no ainda mais prestigioso e disputado Festival Internacional del Nuevo Cine Latino Americano, em Havana, Cuba. O já aclamado “O Céu de Suely”, de Karim Ainouz, ganhou por unanimidade o primeiro prêmio do Juri, levando também o prêmio de melhor atriz, com Hermila Guedes. Além dele, “Os 12 trabalhos”, de Ricardo Elias ganhou o terceiro prêmio, atrás de “El Camino de San Diego”, do argentino Carlos Sorin (diretos dos excelentes “Histórias Mínimas” e “O Cachorro”). “É Proibido Proibir”, de Jorge Durán, premiado no Festcine Goiânia, levou o Prêmio Especial do Juri. Além disso, o ótimo “Antonia”, de Tata Amaral ganhou como melhor som e melhor trilha sonora e o fraco “O Maior Amor do Mundo”, de Cacá Diegues, ganhou prêmio de melhor canção, com as composições e Chico Buarque.

No campo do dodumentário, “O Fim e o Princípio”, do mestre Eduardo Coutinho ganhou uma menção especial do Juri e o curta “Dos Restos e das Solidões”, de Petrus Cariry recebeu uma menção especial.

Veja abaixo, a lista completa dos premiados em Havana:

Jurado de Ficción Largometraje

Primer Premio Coral (por unanimidad): El cielo de Suely, de Karim Ainouz
Segundo Premio Coral: El camino de San Diego, de Carlos Sorín
Tercer Premio Coral: Los 12 trabajos, de Ricardo Elías
Premio Especial del Jurado: Se prohíbe prohibir, de Jorge Durán
Mención especial del Jurado (por unanimidad): Páginas del diario de Mauricio, de Manuel Pérez Paredes

Cortometraje

Premio Coral: Gozar, comer, partir, de Arturo Infante
Mención especial: La leche y el agua, de Celso García y 10:15, de Hugo Cuautli Félix Mercado

Premios Coral por especialidades

Premio Coral de Dirección: Rodrigo Moreno, por El custodio
Premio Coral de Guión: Daniel Burman, por Derecho de familia
Premio Coral de Dirección de Fotografía: Luis Najmías Jr., por La edad de la peseta
Premio Coral de Edición: Alberto Ponce, por Crónica de una fuga
Premio Coral de Sonido: Joao Godoy y Eduardo Santos, por Antonia
Premio Coral de Música: Chico Buarque de Holanda, por El más grande amor del mundo
Premio Coral de Dirección de Arte: Vivian del Valle, por La edad de la peseta
Premio Coral de Actuación Femenina: Hermila Guedes, por El cielo de Suely
Premio Coral de Actuación Masculina: Julio Chávez, por El custodio

Jurado de Ópera Prima

Primer Premio Coral: El Benny, de Jorge Luis Sánchez
Segundo Premio Coral: Que tan lejos, de Tania Hermida
Tercer Premio Coral: Madeinusa, de Claudia Llosa
Premio a la contribución artística: Lo más bonito y mis mejores años, de Martín Boulocq

Jurado de Documentales, Animados y Carteles

Carteles

Oscar Niemeyer, a vida é um sopro

Experimental

Existen, de Esteban Insausti

Animación

Primer Premio: M’Appelle, de Javier Mrad (Argentina)
Segundo Premio: Pasta, de Tomás Weiss (Chile)
Tercer Premio: Los tres cerditos, de Claudio Roberto Guimaraes (Brasil)
Mención especial: Salió en el periódico, de Yanko del Pino (Brasil)

Documental

Primer Premio: En el hoyo, de Juan Carlos Rulfo (México)
Premio especial del Jurado: El fin y el principio, de Eduardo Coutinho (Brasil)
Segundo Premio: Palomilla salvaje, de Gustavo Gamou (México)
Tercer Premio: Arcana, de Cristóbal Vicente (Chile)
Mención especial: De restos y soledades, de Petrus Cariry (Brasil)
Mejor Película de un realizador no latinoamericano: Estado de miedo: la verdad sobre el terrorismo, de Pamela Yates (Estados Unidos)
Jurado de guiones

Premio Coral al Mejor Guión Inédito: Peter Pan Kids, de Arturo Sotto (Cuba)
Mención especial al guión Gigante, de Adrián Biniez (Uruguay)
Mención: 35 años no es nada, de Fernando Spiner (Argentina)
Premio de la FIPRESCI: Nacido y criado, de Pablo Trapero (Argentina)
Premio SIGNIS: Crónica de una fuga, de Israel Adrián Caetano (Argentina)

Por fim, a terceira boa notícia foi a sanção pelo Presidente Lula ontem da nova Lei Geral da Micro Empresa, criando o novo Simples Nacional que, além de reduzir a burocracia para abertura de empresas e reduzir a carga tributária de muitos setores, inclui as empresas produtoras de cinema e cultura entre suas possíveis beneficiárias.

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3 Comments

  1. O Ricardo é meu amigo e dividimos apartamento em Brasília por 4 anos e meio. Mas cada dia que passa tenho pensado mais em me voltar completamente para a literatura e assumir de vez a pobreza. 80 mil reais de dinheiro público para um curta-metragem? Meu Deus, tá passando da hora de começar a escrever meu “Manifesto Cinematográfico para Estudantes de Administração e Empreendedores em Geral”…

  2. Yuri,

    Se entendi bem a lógica, seu raciocínio pra variar com relação ao Estado me parece bastante torto, pra não dizer um pouco hipócrita. Afinal, pelo que eu saiba, você mesmo tem 30 mil reais em mãos de dinheiro público pra produção de um curta-metragem, ou não? O que é pouco, assim como 80 mil também são pouco, dependendo dos objetivos, especialmente se se pretende filmar em película.
    É evidente que todos desejamos um futuro próximo onde o Estado não precise colocar este tipo de dinheiro e se mantenha a distância segura da produção cultural, na medida em que tenhamos um mercado desenvolvido e mecanismos pelos quais a própria iniciativa privada e a sociedade civil, sem interferência do Estado, possa financiar a formação dos novos cineastas e de filmes para os quais há pouco mercado.
    Agora, esse seu radicalismo teórico, pra quem tudo que vem do Estado é mau por nascimento, não pega bem especialmente pra quem está se beneficiando do mesmo tipo de mecanismo.
    Ah, e não se esqueça também que o notebook em que vc escreve foi, ao menos em parte, pelo que me falou, resultado de trabalho seu em um filme também custeado com dinheiro público.

    Abs,

    Pedro.

  3. Nestor

    Grande Yuri!

    Disse tudo o que é preciso dizer sobre o tal “cinema brasileiro”. Na verdade, não tudo, mas o suficiente para deixar claro o tremendo engodo que é essa “industria”. Para bom entendedor, o resto é óbvio.
    Só discordarão os mesmos de sempre, os beneficiários dessa criminosa enganação…
    Que venha logo o Manifesto!

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