Curiosamente, apesar da escassez de lances de grande perigo, foi um jogaço a final do Mundial de Clubes entre Internacional e Barcelona. Uma partida aguerrida, os dois times jogando com raça e muita vontade, mas na bola – veja-se o baixíssimo número de faltas e de cartões. A marcação foi intensa dos dois lados e o Inter conseguiu neutralizar muito bem as estrelas do Barça. Quando o jogo se aproximava de seu quarto final, o Barcelona se adiantou e o time gaúcho soube se aproveitar disso e, num contra-ataque, Adriano marcou o único gol da partida, após o passe de Iarlei, de longe o melhor jogador da partida.
Confesso que achava que torceria para o Barcelona, mas me vi, logo de início, do lado do Inter. Não por patriotismo, mas sim por achar que o Barcelona entrou um pouco de salto alto, como frequentemente faz.
Gostei do resultado porque a escola de futebol venceu o futebol do dinheiro. Não que haja algo errado com o futebol espanhol ser movido à custa dos milhões que seus clubes movimentam, formando equipes de estrelas internacionais. Isso é ótimo e eu gostaria que nosso futebol conseguisse se aproveitar melhor de seu imenso potencial mercadológico. O que ocorre, entretanto, é que o Barcelona, ainda que seja um time de tradição, assim como o Real Madrid, não é uma escola de futebol que forma jogadores que depois se tornam a base de times campeões. Eles simplesmente compram os craques que querem. Diferente do Inter, que é uma escola de futebol de tradição que sempre formou e revelou grandes jogadores, como Falcão e, bem mais recentemente, o promissor Alexandre Pato.