blog do escritor yuri vieira e convidados...

O chatérrimo aquecimento global

Já que nosso colega Daniel quer mais opiniões e depoimentos de cientistas, segue este vídeo que eu havia esquecido em meio aos meus favoritos do You Tube. (O Pedro Sette já o publicou n’O Indivíduo dias atrás.) Em resumo, os cientistas entrevistados afirmam não apenas que não há provas de que o homem esteja causando o tal aquecimento global – ou mesmo que o CO2 tenha algo a ver com isso (é mais provável que o aumento de CO2 seja um efeito do aumento da temperatura e não uma causa dela) -, mas ainda que tudo não passa dum grande negócio, a “indústria do aquecimento global”, uma vez que toda uma multidão de empregos e cargos burocráticos foram criados em função desse falso alerta. Das intenções político-ideológicas dos defensores do estatismo, que não querem senão mais um pretexto para avançar sobre as liberdades individuais, se fala apenas por alto. Mas os cientistas não deixam de repetir: é propaganda política. E comentam sobre o sofrimento dos países subdesenvolvidos que, com a criminalização da indústria e da produção de energia, são impedidos de crescer.

E olha só que interessante: Nigel Calder, que foi editor da revista New Scientist, faz exatamente a mesma analogia feita pela Ann Coulter, tão criticada pelo Daniel: o “aquecimento global” é como uma doutrina religiosa e quem não concorda com ela é um herege. “Eu sou um herege”, diz Calder.

E, finalmente, alguns cientistas estão convencidos de que o comportamento do Sol é que é o verdadeiro responsável pela coisa toda: o Sol controla os raios cósmicos que controlam as nuvens que regulam o clima. Voilà. (Aliás, eu já havia tratado do Sol aqui.)

This short program, produced and shown in England, destroys the arguments put forward by Al Gore and the human caused Global Warming activists.


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16 Comments

  1. devagar com o andouro….

    esse documentario é tão “extremista” e enganador quanto os apocalípticos do global warming.

    Uma prova disso é que um dos cientistas entrevistados publicou em seu website uma carta de repúdio à edição de sua entrevista ao GW Swindle .

    Está no website de Carl Wunsch:

    http://puddle.mit.edu/~cwunsch/

  2. Ok, um dos cientistas, Carl Wunsch, teve seu depoimento colocado fora de contexto, fazendo com que ele apoiasse uma tese que, no final das contas, não apóia:

    An example where my own discussion was grossly distorted by context: I am shown explaining that a warming ocean could expel more carbon dioxide than it absorbs — thus exacerbating the greenhouse gas buildup in the atmosphere and hence worrisome. It was used in the film, through its context, to imply that CO2 is all natural, coming from the ocean, and that therefore the human element is irrelevant. This use of my remarks, which are literally what I said, comes close to fraud.

    Diz ainda:

    I believe that climate change is real, a major threat, and almost surely has a major human-induced component. But I have tried to stay out of the climate wars because all nuance tends to be lost, and the distinction between what we know firmly, as scientists, and what we suspect is happening, is so difficult to maintain in the presence of rhetorical excess. In the long run, our credibility as scientists rests on being very careful of, and protective of, our authority and expertise.

    Ou seja, é um cara honesto que, apesar de assumir sua crença na participação humana e na “séria ameaça” do aquecimento global, prefere não tomar partido, de nenhum dos lados, por saber que, no final das contas, os cientistas não tem certeza alguma sobre o que realmente está acontecendo. Há apenas “suspeitas”.

    Embora este fato realmente arranhe a credibilidade do documentário, não significa que os depoimentos dos demais cientistas tenham sido manipulados também. Mais alguém reclamou? Na minha opinião, o tom geral do documentário é o de que o pensamento catastrófico sobre o A.G., e o papel protagonista do homem nele, tornou-se hegemônico, não permitindo que outras teses sejam estudadas. O A.G. não é negado ali. Eles apenas mostram que ele é recorrente, já ocorreu diversas vezes e em épocas em que o homem não possuía a atividade industrial de hoje. Mesmo o derretimento da calota polar, que tanto preocupa o sr. Carl Wunsch, é visto pelo cientista japonês como um fenômeno cíclico, isto é, a calota se apresenta alternadamente em fases de máxima e mínima amplitude. Enfim, se não se sabe qual a verdadeira causa, para quê tomar atitudes tão drásticas de antemão? Eu ainda acho que a melhor atitude é adaptar-se. E sou otimista a ponto de achar que, se a produção de energia é hoje vilã, antes da hora fatal alguém encontrará a resposta, uma nova forma de produzir energia limpa. Isto é recorrente na história da humanidade. Sempre que parecemos chegar a um ponto de “massa crítica” próxima da “explosão”, surge alguém com a resposta. Se alguém inventou a dinamite, a eletricidade, o telefone, o motor a explosão, o carro, o trem, o avião, o rádio, a TV, a internet, é porque a complexidade das sociedades contemporâneas assim o exigiu. A gente sai dessa. Na pior das hipóteses, há sempre a evacuação geral do planeta que pode ser decretada pelos governantes do Universo e do Sistema, hehehe.
    {}’s

  3. bom, nao sei se outros que participaram reclamaram (by the way, precisa? ).

    Mas dois cientistas britanicos que ligaram para o produtor para adverti-lo dos erros contidos no documentario receberam um “go f… yourself” do mesmo :

    http://www.spinwatch.org/content/view/4109/9/

    Algumas das meias-verdades do programa podem ser lidas em

    http://www.guardian.co.uk/commentisfree/story/0,,2032575,00.html

    Compartilho da posicao que Wunsch, que diz que quando se entra nessas guerras de opiniao toda a nuance eh perdida pelo excesso de retorica. E acho que, neste particular, a “comunidade cientifica” estah sendo usada para dar verosimilhanca a uma posicao politica.

    No entanto, nao se combate lixo com lixo. Pricipalmente se o objetivo eh “informar” a sociedade.

  4. a proposito, ha um texto interessante de Olavo de Carvalho que, mesmo nao tratando diretamente de AG, fala sobre a “autoridade publica da ciencia” :

    O exercício da ciência, na medida em que supõe o direito permanente de mudar de idéia, exige a renúncia a toda autoridade pública por absoluta impossibilidade de arcar com as conseqüências duradouras da fé em hipóteses transitórias. Não pode haver autoridade pública sem responsabilidade pública, mas, sendo impossível punir a comunidade científica inteira por crime de responsabilidade como se pune um governante, é forçoso que essa comunidade renuncie à sua autoridade pública para preservar sua própria liberdade de investigação científica.

    http://www.olavodecarvalho.org/semana/070312dce.html

    Isso seria razao suficiente para qualquer cientista serio ficar longe das “climate wars”, como diria Wunsch .

  5. paulo

    deletando comentario hein?? legal… he he

    mas eh isso aih, nao se combate lixo com lixo. E a credibilidade do tal “documentario” jah nasceu arranhada…

  6. Vinícius de Oliveira

    Não dá para colocar legenda para os anglo-surdos…

  7. Deletando comentário? Quem? Não tenho culpa se alguém aí, sem estar logado, postou algo com mil links. O Akismet Spam do WordPress pega tudo e eu é que não vou resgatar, já que são quase 900 spams por dia. Não tenho saco pra isso.
    {}’s

  8. Neguinho aí vem insinuando bobagens, cheio de paranóia, hehe. 🙂 Estava na fila de aprovação, bróder, provavelmente por causa dos links. E, aliás, sempre que sinto vontade de deletar, deleto mesmo. As pessoas acham que blogueiros devem ser “democráticos” e engolir toda asneira que entra. Quando alguém falta com a educação e parte ou pra grosseria ou pro puro deboche, sinto grande prazer em deletar suas mensagens. Vc nem imagina como me divirto deletando comentários imbecis que entram todos os dias nos bate-papos com o Olavo. Mas não se preocupe que não foi este o caso.
    {}’s

  9. O que eu sugeri foi que você fizesse uma crítica do documento do IPCC. Só isso.

  10. e quem disse que blogueiro tem que ser democratico?

    Eu estou pouco me lixando se vc publica ou nao o comentario…

    o que eu sei eh que a hora que eu postei ele estava no site e algum tempo depois nao estava…

    se vc chama a isso paranoia “broder, ok…

    he he

  11. Daniel, se vc se der ao trabalho de assistir ao documentário, encontrará críticas ao documento: grande parte dos assinantes não são de fato da área, outros nem sabiam que seu nome estava ali, etc.

    Quanto ao Paulo, vá se informar sobre o WordPress, cara. Ele sempre faz o que vc descreveu: se o visitante ainda não teve nenhum comentário publicado, ou se o texto tem mais de um link, o sistema mostra o comentário como se tivesse sido aprovado, mas na verdade apenas o coloca na fila de aprovação.
    {}’s

  12. Pedro Novaes

    Eu não estou com paciência pra esta discussão, mas queria rapidamente chamar a atenção para uma questão, que é central no caso, mas que não tem entrado no debate, que é o problema do que é o método científico e de qual é a sua relação com a política.

    Várias expressões usadas e afirmações feitas demonstram que alguns dos debatedores tomam como inequívoca uma certa visão da ciência como “produtora de certezas”, quando talvez fosse mais acurado falar em “quase-certezas” ou, melhor ainda, falar na “ciência feita” e na “ciência em processo”, aquela que é objeto de acirrados e esquentados debates, onde a frieza dos laboratórios se mistura com xingamentos públicos e juras de ódio shakesperianas, e onde se expõem de maneira mais clara as profundas conexões entre ciência, política e sociedade.

    Estas ligações são um fato. É assim que o conhecimento se produz. Ele não é o resultado da assepsia de laboratórios, de onde o social e o político são extirpados. Esses laços que vemos, por exemplo, na discussão do aquecimento global, não são um produto de uma civilização corrupta ou de um tempo negro da humanidade. È assim que a ciência sempre se fez e continua se fazendo. “Ganhará” a batalha quem conseguir ser um melhor “porta-voz” dos objetos. E isso envolve tanto melhores laboratórios, cientistas mais estudados, mais doutorados e pós-doutorados e melhores modelos matemáticos da físico-química da alta atmosfera, quanto alianças com os grupos certos, os políticos certos que financiarão mais pesquisas, lobby nos conselhos governamentais que controlam as verbas, nas fundações, alianças entres universidades e centros de pesquisas, etc, etc. Uma coisa não existe sem a outra. Se puxarmos os fios de qualquer pesquisa científica importante, corremos o risco de arrastar o mundo atrás de nós.

    Agora, além de tudo, eu reafirmo o que sempre digo. Nós estamos de acordo em praticamente tudo. O que o Paulo disse aí acima sobre a posição do cientista que reclamou da manipulação de sua entrevista, resume tudo: o aquecimento global é uma certeza, pouco importando suas causas. Logo, devemos nos preparar para ele, tanto tentando mitigar sua dimensão, reduzindo emissões, o que é mais difícil, mas não deve ser deixado de lado, como nos adaptando a seus impactos. Se o homem tem responsabilidade ou não, não é tão certo, embora haja evidências que dão suporte a tal hipótese, o que significa, por outro lado, que não se trata de uma crença , como afirmou o Yuri, ao menos não no sentido em que eu entendo uma crença. Trata-se de uma hipótese científica que vem sendo violentamente testada, como merece toda hipótese digna de tal nome. O que ocorre, entretanto, é que muita gente, desconhecendo o funcionamente da ciência, ou por pura má fé, toma hipóteses como ciência feita ou “fria”, como certezas.

    Mas me desviei, concluindo, acho que estamos de acordo e que, reitero, vocês gostam mesmo é de barraco. Vivem de alçar filigranas ao centro do debate. Por isso, prefiro mesmo discutir olhando na cara de vocês com a cerevja ao centro.

    Abraços epistemológicos.

  13. Bem dito (bendito? Benedito? Bento?) Pedro.

  14. Concordo com a sua teoria cevado-centrista Pedro.

    O meu problema maior com esse documentario eh que ele usa exatamente os metodos que eu, particularmente, critico nos apocalipticos defensores do aquecimento global.

    Por isso nao o considero relevante. O inimigo do meu inimigo, nao eh meu amigo (como diria o Reinaldao…)

    abracos conterraneos,

    PS – sobre o spam, bem, eu uso o spam karma e nunca observei esse comportamente no wordpress. Mas deixa pra lah…

  15. Paulo Paiva

    Quanto à este assunto, acho que vcs gostariam de saber que o marido de uma amiga minha, que dá aula de biologia numa universidade, pediu aos seus alunos que fizessem um trabalho sobre o “aquecimento global”, e como eles não encontraram uma só pessoa que questionasse sua verdade inquestionável, ele recomendou a eles que viessem falar comigo! Hahaha! (ainda não apareceram, mas estou pronto para surpreendê-los!) 🙂

  16. Olá todo o pessoal da equipe do site!
    Nós estamos aqui em nome da nossa sala,
    que está estudando em Redação, gêneros
    textuais. E agora, estamos estudando
    o gênero blog.
    Nossa professora Genice nos trouxe
    à sala de informática onde estamos
    agora estudando o site de vocês.
    Abraços,
    Colégio Salesiano São Gonçalo.
    Cuiabá – MT

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