Autor: rodrigo fiume Page 18 of 35
A crítica do Claudio Weber Abramo publicada pelo Daniel não é muito justa. Não sei das TVs, mas os jornais falaram quais são as empresas que integram o Consórcio Via Amarela no sábado, edição posterior ao fato. Isso não foi tão repetido como deveria, talvez por conta da “lama” que é a cobertura e edição de um fato destas proporções.
Na edição de hoje, a Folha cita todas a integrantes do consórcio na reportagem Empresas deram R$ 1,7 mi para comitê de Serra. Também estão na reportagem Contrato prevê responsabilidade de consórcio, na mesma edição.
Na de ontem, aparecem todas nos textos: Consórcio premiou economia de material e Em nota, consórcio diz que prioridade é encontrar as pessoas desaparecidas.
Amanhã estará novamente na edição, de forma mais explícita e detalhada, espero até que com um infográfico.
Sobre a licença ambiental citada pelo Pedro, ela não rendeu muita coisa por enquanto. A licença foi concedida, preliminarmente, em 1997. Depois (não tenho aqui o ano), foi concedida de fato e expirou em dezembro passado, na gestão do José Goldemberg na Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Foi renovada na atual gestão, a do Xico Graziano. Segundo a assessoria do Goldemberg, ele não a renovou por questões burocráticas. Mas isso é o oficial, faltou algum bastidor, algo que ninguém conseguiu ainda.
Fonte: Mau Humor
O culto às celebridades parece ter obtido na internet o veículo perfeito. Está aí a polêmica da Cicarelli para provar. Basta googlar para descobrir tudo — ou quase — sobre qualquer famoso. É claro que a mídia se aproveita bem do filão. A Folha Online, por exemplo, tem dois colunistas setoristas. Mas vi uma versão bem criativa no diário italiano La Repubblica.
A versão on-line do jornal tem um serviço que mostra quem está na boca do povo italiano. Chama-se Star Control — tinha de ser em inglês, claro. A página faz uma varredura nos sites italianos para saber de quem mais se fala no país. E transforma isso num ranking diário.
Steve Jobs, o chefão da Apple, por exemplo, superou o papa Bento XVI depois do anúncio do iPhone e agora está na vice-liderança. O topo é ocupado por Romano Prodi, o primeiro-ministro.
E o negócio é também é interativo. É possível apostar em quem vai subir. Se a indicação for muito óbvia, o apostador ganha alguns pontos. Se for mais arriscada e certeira, leva muitos. É um jogo, não vale grana.
Um certo craque brasileiro do Barcelona é o 21º, mas lidera na categoria Esporte — esqueci de dizer que o ranking tem várias divisões, como Política, Cinema, Televisão, etc. Cicarelli aparece em 4º na seção Moda, em 28º na Televisão e em 210º no geral.
Por curiosidade, fiz uma pesquisa por nome. Luiz Inácio Lula da Silva é o 268º no ranking geral e o 69º entre os políticos. Sem foto.
Imagem cotidiana, de 1970, feita pelo fotógrafo paulistano German Lorca, que tem 60 anos de carreira. Faz parte da mostra Fotografia como Memória, na Pinateca do Estado. Mais fotos aqui.
Obra da artista Lita Albuquerque, produzida com 99 balões azuis, na estação MacMurdo na Antártida. Foto da Reuters.
O Brasil é mesmo um país de individualidades. Nem aqueles que representam o coletivo, que deveriam pensar para o coletivo, para todos, fazem isso, como bem ilustra esta notícia de Mato Grosso e, perfeitamente, a frase do deputado. Da Folha de S. Paulo:
Rever A Fraternidade é Vermelha numa destas madrugadas foi uma bela meia surpresa — por sorte do acaso, passei pelo Telecine Cult bem na hora em que aparecia o nome do filme. Digo meia surpresa porque a última parte da trilogia das cores do polonês Krzysztof Kieslowski é tão bela quanto eu me lembrava. Sempre tenho o temor de que os filmes de que mais gosto possam não ser tão bons assim depois de uma releitura. Muitas vezes não são mesmo. A memória se afeiçoa aos bons momentos.
Assiti ao filme pela primeira vez no cinema, na época do lançamento — tive de pesquisar na internet (ô, memória); foi em 1994. Dos três, foi aquele de que mais gostei. Talvez porque a incomum amizade entre uma jovem e um velho (a esperança e a desilusão) seja mais explícita do que a busca da mulher de A Liberdade é Azul (1993) pela superação de uma tragédia pessoal (a libertação) ou a do homem de A Igualdade é Branca (1994) por equiparação (ou vingança?) após o divórcio.
(Abri o parêntese porque devo fazer uma ressalva. Vi os dois primeiros filmes também no cinema, na época em que foram apresentados. Portanto, não posso estar tão seguro assim quanto à comparação com o terceiro, uma vez que, reitero, falo por memória afetiva).
Também adoro a forma como Kieslowski nos conta a história do velho, por meio do jovem juiz, antes de o próprio personagem fazê-lo. Havia algo assim nos outros dois filmes? Não me lembro.
Sem falar na brincadeira do acaso, presente nos três filmes. Sempre fica legal no cinema, quando bem feita
Dias atrás, revi Não Amarás (1988), do decálogo do diretor sobre os mandamentos — destes, só assiti ainda a Não Matarás (1988), mas dele já não me lembro nada. Como é triste ouvir a mulher dizer ao garoto que “o amor não existe”! Há algo semelhante, não bem em palavras, no velho juiz de A Fraternidade. Não Amarás é tão simples como bonito.
Depois de Não Amarás e, mais ainda, de A Fraternidade, me deu uma vontade louca de rever A Liberdade e A Igualdade. E também A Dupla Vida de Veronique (1991), com a mesma bela Irène Jacob de A Fraternidade e que, confesso, lembro apenas de ter ficado meio perdido na história ao deixar o cinema — provavelmente o Cine Cultura, em Goiània (ainda existe?), o único na minha época de faculdade que exibia estes filmes na cidade. Quem sabe agora, uns 15 anos depois, Veronique também surpreenda a minha memória.