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O mais violento filme brasileiro já feito?

A expectativa grande agora é com “Baixio das Bestas”, novo longa de Cláudio Assis, diretor do excelente “Amarelo Manga”, grande vencedor da recém-encerrada edição deste ano do prestigiado Festival de Brasília. “Baixio” levou os prêmios de melhor filme, melhor atriz, para Mariah Teixeira, melhor trilha sonora e melhor atriz coadjuvante, para Dira Paes (infelizmente, sempre que penso na Dira Paes, lembro-me da cena de Amarelo Manga em que ela curra o Jonas Bloch com uma escova de cabelo).

O filme é o “retrato de uma comunidade rural pernambucana, dominada por um avô mercenário que explora sexualmente uma neta de 16 anos, por prostitutas maltratadas e jovens de classe média alta de uma violência extrema”, segundo a Folha Online.

Vejam o que diz o site globo.com:

“ao longo de quase duas horas Baixio das Bestas reafirma a opção do diretor em fazer um cinema viceral, verdadeiro, muitas vezes brutal. No filme é apresentado um universo de criaturas esquecidas pela modernidade, desprovidas de moral e vítimas da miséria. Ali, violência e ignorância são as forças que movimentam o dia-a-dia de uma cidade paralisada pela decadente cultura latifundiária. É onde personagens como prostitutas, agroboys e exploradores dividem seus espaços.

Cabeça de Júri

Apesar da minha opinião, Antonia ganhou apenas um prêmio técnico – Direção de Fotografia para Jacob Sarmento – no II Festcine. O júri do festival dividiu bastante os prêmios, mas escolheu como melhor longa “Proibido Proibir”, de Jorge Durán, filme a que infelizmente não pude assistir. Outro longa bem premiado foi o já aclamado “O Céu de Suely”, de Karim Ainouz, que levou os prêmios de melhor direção e de melhor atriz, para Hermila Guedes. Na categoria “documentário”, o grande vencedor foi “Oscar Niemeyer – A Vida é um Sopro”, de Fabiano Maciel, que levou os prêmios de melhor longa, melhor direção e melhor fotografia.

Clique aqui para ver a lista completa dos filmes premiados no 2º Festival de Cinema Brasileiro de Goiânia.

Antonia, o Filme

O melhor filme a que assisti no 2º Festival de Cinema Brasileiro de Goiânia foi “Antonia”, da diretora Tata Amaral (“Um Céu de Estrelas”, “Através da Janela”).
O longa só estréia no circuito comercial em fevereiro, em função o fato de que, antes mesmo de seu lançamento, o produtor Fernando Meirelles emplacou um acordo com a Rede Globo para a série em cinco capítulos já em exibição às sextas-feiras.
Para quem está acompanhando na TV, o filme antecede os acontecimentos retratados na série televisiva e conta a história de quatro cantoras de rap da periferia de São Paulo e sua tentativa de emplacar seu grupo musical, que dá o título do filme, em meio a um cotidiano de violência, machismo e pobreza.

Almodóvar!

Quero colocar em dia as impressões sobre os últimos filmes vistos. A correria não tem deixado.
Começo pelo último. De longe, o mais impressionante deles: Volver, de Almodóvar. Ainda estou meio passado e digerindo a experiência, mas talvez realmente se trate, como disse o Fiume, do melhor filme do cineasta espanhol.
É impossível não babar o ovo do sujeito, um gênio do maior quilate. Como pode um diretor manter uma regularidade tão impressionante e parir filmes espetaculares pelo menos a cada outra produção? O pior que o sujeito faz é um filme “na média”, tipo “A Má Educação”, e que mesmo assim é uma cacetada no crânio.

Frase de cinema — 27

aspas_vermelhas_abre.gif Io non sono intelligente. Sono sveglia! aspas_vermelhas_fecha.gif

(Eu não sou inteligente. Sou esperta!)

Monica Vitti, para Marcello Mastroiani, em La Notte (1961)

O lado rosa da Força…

Esta foto é pro Paulo, que curte uma fricção, digo, uma ficção científica…

Darth Gayder

Freedom’s Fury

A produção é do Tarantino e da Lucy Liu:

FreedomsFury.Net

Aïnouz e Goiânia

Do Blog do Merten, crítico de cinema, no Portal Estadão, que está cobrindo o Festival de Tessalônica, na Grécia:

Soh reencontrei Karim [Aïnouz, diretor] hah pouco. Estah feliz da vida porque O Ceu de Suely ganhou o premio de direcao no recem encerrado Festival de Goiania. Nao eh soh o prestigio do premio, que cai bem face ao lancamento ainda recente, na sexta passada. O premio vem acompanhado de um cheque de R$ 20 mil e isso tambem conta pontos.

PS.:

O post do Merten é de segunda-feira

Frase de cinema — 26

aspas_vermelhas_abre.gif Fantasmas não choram aspas_vermelhas_fecha.gif

Carmen Maura para Penélope Cruz, em Volver (2006)

Boas Novas

A boa nova é que fazer um longa metragem pode não ser tão difícil quanto parece.

A má notícia é que ontem assisti a um dos piores filmes da minha vida e, como sou amigo, alertá-los-ei para que não incorram na mesma sessão de tortura.

A segunda má notícia é que fazer um BOM longa metragem talvez seja mesmo tão difícil quanto pareça.

Eu não gosto de fazer críticas destrutivas, especialmente ao cinema nacional. Pode ser um certo corporativismo, mas acho que é preciso estimular quem está fazendo. Neste caso, entretanto, está além da minha evolução espiritual. Como diabos este rapaz conseguiu dinheiro da Petrobrás – edital para longas de baixo orçamento – e de mecanismos de estímulo do Estado do Rio para produzir isso?

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