blog do escritor yuri vieira e convidados...

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Tempo é Arte

No filme Tão perto, tão longe, de Wim Wenders, a certa altura vemos, num muro de Berlim, a frase “Zeit ist kunst”, isto é, “Tempo é Arte”, o mesmo lema do calendário Maya. Wim Wenders e aprendenders…

Os livros do Coronel Kurtz

Alguém notou quais eram os livros lidos pelo Coronel Kurtz no filme Apocalipse Now? From the ritual to romance, de Jessie L. Weston, The Golden Bough, de James G. Frazer e, claro, a Bíblia…

Filmes de Kung Fu

Quando criança, eu adorava o seriado Kung Fu, com David Carradine, que revi prazeirosamente no Equador, em 1989, durante o programa de intercâmbio estudantil. Eu ainda não sabia que o filme fora um projeto pessoal do Bruce Lee – outro herói da minha infância – o qual, a princípio, estava presente no casting como intérprete do protagonista. (E, se soubesse da troca, em nada seria afetado meu interesse.) Mas os produtores norte-americanos erraram feio ao concluir que um ator chinês não criaria identificação junto ao público ocidental. Logo, descartaram a proposta e Bruce Lee morreu antes de ver realizado o seu sonho.

Outro que curte filmes de Kung Fu é o poeta Bruno Tolentino. “São as minhas novelas”, me disse ele, referindo-se à escritora Hilda Hilst, que costumava assistir telenovelas como forma de “relaxamento”. Na Casa do Sol, em 1999, eu o convenci a assistir “Matrix”, na Direct TV. Assistimos juntos. E ele aprovou as coreografias e a estória. (Refiro-me apenas ao primeiro filme.) Disse ele: “Esse filme certamente faria o Olavo (de Carvalho) escrever umas boas páginas…”

Segundo Li Hongzhi, líder da Falun Dafa, muitos pretensos mestres e professores de Kung Fu são desafiados à noite, enquanto dormem, por verdadeiros mestres já falecidos. Lutam no astral em ambientes tão virtuais e de força de gravidade tão baixa quanto os do filme Matrix. E esses egocêntricos lutadores, após apanhar a noite inteira, despertam na manhã seguinte com os ossos moídos, os músculos doloridos, a memória do sonho embaralhada. Já fizeram algum filme com este argumento? Duvido.

Quer saber o que é fé?

O Marido da Cabeleireira, filme de Patrice Leconte: ao final, um “louco” demonstra o que é a Fé.

Araponga

Dois dias em Brasília, onde voltei a ajudar o Pedro Novaes com seu documentário. Entrevistamos diversas figuras ligadas às questões ambientais e inclusive estive presente a uma reunião no Ministério do Meio Ambiente com representantes do Banco Mundial. (Logo eu que não represento absolutamente nada!) Vi que não era mentira: meu bróder Paulo Paiva, que expunha seu projeto eco-mirabolante, realmente é um engenheiro idealista! Mas o melhor mesmo foi rever o Maurinho Oliveira, amigo das antigas, do saudoso grupo Trilhas e Cavernas, que eu não encontrava havia uns dez anos, hoje assessor do João Paulo Capobianco, Secretário de Biodiversidade. Mas quando eu disse que estava na reunião como representante da Abin, o Maurinho acreditou! Pensou que eu realmente havia prestado concurso na tal Agência. E, se até ele engoliu, quantos mais não terão embarcado na piada? Aquele gordito grisalho que vezenquando me observava com o canto dos olhos? Desconfiaaado. Divertido com a situação, cheguei a simular uma troca de pastas enquanto o Paulo estava no banheiro do Ministério. Foi minha estréia oficial como agente secreto… deste blog!!

Dúvida

É o Woody Allen quem paga para ser ouvido ou é o psicanalista quem paga para ouvi-lo? (Melissa, minha irmã, acredita que o psicanalista, cansado de woodyallenzices, cobra o triplo dele. Será?)

Tarantino e CSI

Assisti a apenas uns três episódios do tal “CSI: Crime Scene Investigation” e achei-os bons. Mas nada que me tornasse um adicto. Agora, o episódio final da temporada, dirigido por Quentin Tarantino, será imperdível.

Nova crônica

Começa assim a nova crônica publicada hoje: “O primeiro telefone celular a gente nunca esquece. O primeiro que usei na vida não era meu. Foi em 1995 e o celular pertencia ao cineasta Nélson Pereira dos Santos…”

Carlos Miller

Ainda acho que falta uma cena no documentário do Pedro Novaes, uma cena ótima que gravamos com o Carlos Miller, proprietário da Fazenda e Pousada São Bento, na Chapada dos Veadeiros. (Para quem está por fora, o vídeo trata da difícil relação entre os Parques Nacionais e as populações do entorno.) Entre um e outro comentário – que condiziam com minhas próprias opiniões – Carlos Miller soltou uma pérola: “Esses ecologistas aparecem por aqui dando mil palpites, mas só conseguem mesmo reconhecer, em meio à natureza, os pés de maconha…” (Pedro, me corrija se a declaração estiver incorreta, cito de memória.)

Documentário

Ontem, o Pedro Novaes finalizou – com ajuda da Aline Nóbrega e pentelhação minha – a primeira versão, com vinte minutos, do documentário resultante da nossa viagem à Chapada dos Veadeiros. (A versão final incluirá outros dois parques nacionais.) Com argumento, direção e roteiro dele, devo dizer que ficou ótimo. O vídeo trata da relação difícil entre os Parques Nacionais, encabeçados pelo famigerado IBAMA, e a população do entorno. Há depoimentos bem interessantes. A tônica geral é: o povo reconhece a necessidade de se conservar o meio-ambiente, mas o Estado(IBAMA) não é lá muito aberto às necessidades e à opinião das populações locais. Bem, pelo menos é o que senti. O pedro certamente falaria melhor do assunto.

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