Apenas porque esta noite sonhei com o combate a incêndios em poços de petróleo…
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Veja mais fotos como esta em Ação de ajuda as vítimas das enchentes no sul do Brasil
Do G1:
SÃO PAULO – O Banco Itaú também abriu uma conta em benefício da Defesa Civil de Santa Catarina com o objetivo de receber doações dos interessados em ajudar as vítimas das enchentes naquele estado. Outras contas estão disponíveis também no Banco do Brasil e no Bradesco.
Seguem abaixo os detalhes das contas:
Itaú:
Agência: 0289
Conta: 69.971-2Observação: Os recursos serão direcionados para o Fundo Estadual da Defesa Civil Catarinense, CNPJ: 04.426.883/0001-57.
Bradesco:
Agência: 348-4
Conta: 160.000-1Observação: Os depósitos de ajuda devem ser realizados nominalmente para Fundo Estadual de Defesa Civil, CNPJ 04.426.883/0001-57.
Banco do Brasil:
Agência: 3582-3
Conta: 80.000-7Observação: Os recursos recebidos serão repassados para a Secretaria de Defesa Civil do Estado de Santa Catarina.
(Valor Online)
Todos sabem que, se deixar por conta do governo, Santa Catarina já era. Logo, que cada um ajude como puder.
É uma idéia bem legal. Do NYT:
Google Uses Searches to Track Flu’s Spread
SAN FRANCISCO — There is a new common symptom of the flu, in addition to the usual aches, coughs, fevers and sore throats. Turns out a lot of ailing Americans enter phrases like “flu symptoms” into Google and other search engines before they call their doctors.
That simple act, multiplied across millions of keyboards in homes around the country, has given rise to a new early warning system for fast-spreading flu outbreaks, called Google Flu Trends.
Tests of the new Web tool from Google.org, the company’s philanthropic unit, suggest that it may be able to detect regional outbreaks of the flu a week to 10 days before they are reported by the Centers for Disease Control and Prevention.
Para ver o texto completo, clique aqui.
Se você está pensando em comprar uma câmera fotográfica, vai aqui um site bem completinho para fazer pesquisas sobre recursos, especificações, etc — em inglês. Chama-se Digital Photography Review. Como disse, ele é bem completo, ou seja, você pode se perder um pouco entre câmeras, acessórios, softwares… Tente o dispositivo de busca, se você sabe exatamente qual máquina quer. Ou o Câmera Database, para procurar pela marca. Um recurso bem útil mesmo é o Buying Guide, no qual você pode mostrar as especificações que quer —ele mostra quais câmeras as têm— ou fazer uma comparação side-by-side com alguns modelos.
Alguém aí me enviou este vídeo — o Paulo? o Pedro? (ou será que vi n’O Indivíduo ou coisa assim?) — enfim, uma ótima tiração de sarro. Do podcast do John Cleese.
E não é que a coisa ficou realmente alucinada no Brasil? Não me refiro, claro, aos nossos problemas políticos. Deles mantenho uma cautelosa distância. Refiro-me à criação do Instituto Carl Sagan anunciada no portal da revista UFO. Pois é. Esta é a mesma revista que acreditou no lunático Jan Val Ellam, de cuja existência ouvi falar pelo Yuri. Para quem não conhece, é o cara que anunciou a vinda de Jesus Cristo pilotando um disco voador para o final de 2007. E, como vocês sabem, ele não veio. Provavelmente o Pai não liberou as chaves do carango cósmico.
Nada contra as crenças dos outros. O chato é usarem o nome do Sagan na tentativa de aderir credibilidade científica a uma instituição que em nada compartilha de seus princípios céticos. A crença de Sagan na vida fora da terra era temperada pelo mais estrito espírito científico. E ele desancava, sem dó, a crença popular em homenzinhos verdes ou contatos intergaláticos travados em viagens astrais. Além disso, ao que tudo indica, o Instituto não conseguiu aprovação da Fundação Carl Sagan para usar a imagem ou o nome do astrônomo em sua “homenagem”.
Se algum dia, só de deboche, eu montar alguma coisa pró-ateísmo, com certeza irá se chamar Instituto São Tomé. Nem todos são atormentados pelo bom senso.
Moçada, reativei meu blog particular com ênfase em ciência. Sempre gostei do tema e pretendo escrever mais sobre isso. Também estou contribuindo esporadicamente para o portal Lablogatórios, dos cientistas e acadêmicos Carlos Hotta e Átila Iamarino, na aba Tubo de Ensaio. A iniciativa é pioneira na divulgação científica na Internet e a interação entre os blogueiros promete ser intensa e profícua. Não deixo, contudo, de postar aqui no Garganta.
Estou dirigindo o piloto de um programa de TV sobre meio-ambiente cujo primeiro tema é justamente a famigerada “reserva legal”. E não é que o Olavo toca no assunto neste artigo?
Graças a essa longa e pertinaz conspiração de omissões, a esquerda revolucionária teve todo o tempo e a tranqüilidade que poderia desejar para alterar o mapa do poder político brasileiro ao ponto de torná-lo irreconhecível. Quem manda no Brasil, hoje? Um bom indício é a propriedade da terra. Seis por cento do território nacional pertencem a estrangeiros, dez por cento ao MST, outros dez a “nações indígenas” já sob controle internacional informal, quinze ou vinte são controlados pelos narcotraficantes locais aliados às Farc, mais dez ou quinze estão para ser transferidos aos “quilombolas”. Na área restante, só os imensamente ricos conseguirão cumprir a exigência de “averbar reserva legal” (leiam o odioso decreto 6.514 de 22 de julho de 2008), os demais sendo obrigados a pagar multas que em breve tempo ultrapassarão o valor das suas propriedades, as quais então serão transferidas automaticamente ao governo. O que está acontecendo neste país é a mais vasta operação de confisco territorial já observado na história humana desde a coletivização da agricultura na URSS e na China – e as chamadas “elites”, sentadas sobre esse paiol de pólvora, com um sorriso amarelo na boca, só querem dar a impressão de que a paz reina, as instituições são sólidas e São Lulinha zela pelo bem de todos.
Eu disse noutro texto que adoro jogar videogame. Essa confissão já me rendeu alguns olhares estranhos na Universidade. “Mas você não tem algo mais importante para fazer?”, diziam. “Não!”, respondia meio injuriado. Embora seja uma chatice jogar “a sério” qualquer jogo de videogame, pensar sobre o impacto das novas mídias sobre os modelos de produção cultural já canonizados é um campo de estudos acadêmicos cada vez mais promissor.
Sem querer entrar numa de “peer-reviewing”, pelo menos não agora, indico dois artigos muito legais sobre como os estudos sobre games atravessam diversas áreas de pesquisa: Dynamic Lighting for Tension in Games e Tragedies of the ludic commons – understanding cooperation in multiplayer games.
O primeiro deles possui uma ligação bastante clara com o cinema e com a narratologia (ou teoria da narrativa). O modo como um jogo explora os efeitos de luz para compor um determinado clima supõe uma noção de narratividade visual muitas vezes importada do cinema. Por outro lado, os games, por trabalharem com um ambiente completamente virtual e manipulável (dentro de certos limites tecnológico de velocidade de processamento e memória), potencializam os usos possíveis da iluminação para criação destes efeitos. Ao contrário do cinema, os games têm controle completo sobre o ambienta no qual a ação ocorre. No cinema, isso só acontece nas CGI (imagens geradas por computador).
There are many lighting design techniques exhibited in theatre, film, architecture and dance that address the role of lighting on emotions and arousal. Currently, game developers and designers adopt cinematic and animation lighting techniques to enrich the aesthetic sense of the virtual space and the gaming experience. For example, game lighting designers manually manipulate material properties and scene lighting to set a mood and style for each level in the game.
O segundo entende o videogame como modelo de interação social, ou seja, discute o modo como um contexto de simulação pode iluminar aspectos comportamentais dos indivíduos. O estudo retira sua força da metáfora do jogo e enfatiza uma das suas principais características: a relação entre os jogadores. Mesmo as brincadeiras de amarelinha ou pique-pega (e brincar é diferente de jogar) podem ser entendidas como simulações. Há um conjunto de regras não-naturais (o termo é controverso) em funcionamento normatizando o modo como a ação pode ou não acontecer. O legal dos videogames é sua capacidade modelar, ou seja, nele possuímos algum controle sobre o ambiente no qual a ação se desenvolve e, por conta disso, podemos isolar ou testar variáveis de modo muito mais preciso. Neste caso os pesquisadores optaram por estudar o modo com o jogo apresenta alguns conflitos e a relação entre a solução destes conflitos e a vida social “real” do indivíduos. Em outras palavras, o artigo pressupõe que a simulação dos games pode nos ajudar a entender melhor a dinâmica social de pequenos grupos. É o caso quando eles estudam a trapaça (cheating) como um dilema social. O game dado como exemplo é o Diablo.
Accounts of cheating in games almost always invoke the eloquent example of Blizzard’s Diablo (Blizzard Entertainment, 1996), among the first truly successful commercial online games. It is generally acknowledged that the gaming experience was seriously affected by the amount of cheating apparent among many participants. In a somewhat informal survey conducted by the gamer magazine Games Domain (Greenhill 1997), 35% of the Diablo-playing respondents confessed to having cheated in the game (n=594). More interesting, however, were the answers to the question of whether a hypothetical cheat and hack free gaming environment would have increased or decreased the game’s longevity and playability. Here, 89% of the professed cheaters stated that they would have preferred not being able to cheat. This response distribution clearly tells of a social dilemma. Arguably, the players queried are tempted to cheat but understanding that this temptation applies to other players as well, would prefer that no-one (including themselves) have full autonomy.
Certo. Os artigos foram linkados a partir do site da Game Studies cuja base de dados encontra-se, hoje, aberta ao público. Há outros tantos em bases de dados restritas. Os games não são apenas diversão interessante, são também objetos acadêmicos relevantes tanto por sua popularidade quando pelas questões que levantam. Estamos muito além do River Raid. Divirtam-se.