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Categoria: Ciência Page 9 of 29

Os Efeitos Colaterais da Alta Definição

Com a adoção em escala crescente das tecnologias de vídeo e TV de alta definição, quem anda sofrendo um efeito colateral inesperado é a indústria pornô, noticia o New York Times de hoje. O problema é que a riqueza de detalhes e a perfeição das imagens acaba revelando de forma indesejada as imperfeições físicas dos atores: cicatrizes, rugas, celulite, estrias, etc. Além de intensificar o tempo de academia das estrelas, várias técnicas de filmagem e pós-produção já estão sendo desenvolvidas para contornar o problema.

Ói Nóis Aí!

Na Folha de hoje (para assinantes):

Brasil tem Ipod mais caro do mundo

Aparelho custa US$ 328 no país, US$ 105 a mais do que o do 2º colocado, a Índia

Canadá é onde o iPod nano custa menos, US$ 144, em comparação com 26 países; na China, onde é fabricado, produto sai por US$ 180.

O Apagão das Empreiteiras

Ninguém no país representa melhor o modelo brasileiro de capitalismo que nossas megaempreiteiras: lucros privados-riscos públicos (em todos os sentidos, no caso da cratera do metrô). São elas as herdeiras diretas da rapinagem do patrimônio público iniciada com a primeira capitania.

Elio Gaspari, na Folha de hoje, cita os nomes já mencionados pelo Cláudio Weber Abramo e pelo Daniel aí abaixo.

ELIO GASPARI

O apagão das empreiteiras

O descaso com os familiares dos mortos não teve nada a ver com a chuva. Sem informação, eles viam as viaturas do IML

DEPOIS DO apagão das companhias aéreas, veio o apagão das empreiteiras. As cinco maiores construtoras de obras públicas do país desmoronaram às margens do rio Pinheiros, em São Paulo. Como no caso dos aeroportos, desmoronou a capacidade das empresas de falar sério e de manter uma relação respeitosa com a população.
O consórcio da obra do metrô paulista é formado por cinco empresas de engenharia que juntas faturam anualmente US$ 3,5 bilhões. São gente grande: Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e OAS. Demoraram um dia inteiro para falar do desastre e, quando o fizeram, passaram a responsabilidade às chuvas do Padre Eterno.
Ofendendo a inteligência alheia, disseram também o seguinte:

Do buracão paulista

No centro do Brasil está São Paulo e, no centro de São Paulo, um buracão. Como diria o atroz macaco Simão: “O que é o que é? Quanto mais se tira maior fica? O buracão de sampa, rá rá rá”. Quanto mais corpos são retirados do buraco, maior fica a cobertura jornalística. Nem sempre de qualidade. Além de ignorar totalmente a questão ambiental citada pelo Pedro abaixo, ninguém diz o nome dos donos do buracão. Com algum atraso, via blog do Cláudio Weber Abramo

Os responsáveis pela obra do metrô que desabou em São Paulo são as empresas CBPO Engenharia (pertencente à Norberto Odebrecht), Queiroz Galvão, OAS, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

Trata-se de informação de que o leitor de jornais e o telespectador de telejornais não dispõe. Nesses veículos, fala-se em “Consórcio Linha Amarela”, como se consórcio não tivesse participantes.

Salvo lapso, tampouco vi o nome da pessoa que fala pelo consórcio. Os jornais não dão.

Mais irritante ainda, contudo, é o aparelhamento ideológico do buracão pelos bocós de plantão. Diz aí Tio Rei

Está em curso um esforço cotidiano, incansável, para politizar ou, melhor ainda, partidarizar a questão. E junto vêm os camaradas de sindicatos ligados ao PC do B e ao PSOL para denunciar a ganância capitalista. Boa parte da imprensa também tem ódio ao capitalismo. Seguro, no Brasil, como sabemos, é voar nos céus administrados pelo Estado…

Tudo muito bom, tudo muito lindo. Há gente reclamando maior fiscalização do Estado, um absurdo, lógico, uma vez que fiscalizar, nestes casos, siginifica apenas bater um carimbo. Contudo, não há engano ao se afirmar que a responsabilidade é do tal consórcio. Que eles, então, arquem com o prejuízo. Capitalismo bom é assim.

A cratera do Xico?

José Eli da Veiga, via email, faz algumas perguntas bem interessantes e oportunas sobre a cratera do metrô de São Paulo. Fiume, que tal dar uma explorada no assunto?

Há uma coisa bem estranha na cobertura da imprensa sobre a “cratera” aberta na
beira da Marginal Pinheiros devido ao excesso de risco assumido pelo
consórcio de empreiteiras contratado pelo Metrô: total silêncio sobre o
licenciamento ambiental.

Quando é para dar voz ao lobby dos sindicatos patronais, em sua campanha contra
a ministra Marina Silva, a questão da licença ambiental surge como o principal
“entrave” ao desenvolvimento do Brasil. No entanto, quando surge uma tremenda
barbeiragem, como essa incrível “cratera”, faz-se total silêncio sobre algo que
é básico: a licença ambiental para a obra foi obtida na véspera!

Se algum repórter resolver checar, talvez possa confirmar a seguinte explicação:

O ex-Secretário do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, foi cuidadoso com o
pedido. Determinou estudos técnicos, pois havia dúvidas. Valeu o princípio da
precaução. Ao contrário, esse foi o primeiro ato de seu sucessor, o “herói do
agribusiness” Xico Graziano
. Para dar mais agilidade à obra, assinou, sem
qualquer cuidado, o licenciamento da obra. Talvez por ordem superior, mas isso
nunca se saberá…

Por mais errada que possa estar tal explicação, mesmo assim ela chama a atenção
para o fato de haver “dois pesos e duas medidas” no debate sobre a morosidade
dos licenciamentos ambientais. Nem interessa quando se provoca um desastre desse
tipo. Só é importante quando o objetivo é malhar ambientalistas, índios,
quilombolas e a Dona Marina Silva. Ou não?

South Park e o MMORPG

Os roteiristas do South Park não deixam passar nada. Eis um ótimo episódio sobre um famoso Massively Multiplayer Online Role Playing Game, o World of Warcraft. Certos comentários se encaixam perfeitamente no Second Life. A propósito: as cenas do jogo foram realizadas com a técnica que citei num post anterior, a machinima.

Machinima

Você está cansado de buscar um ator com aquele tipo físico específico? Seu roteiro possui demasiados figurinos, locações e efeitos especiais que levam o valor do orçamento à estratosfera? Você acredita que seu argumento até daria uma boa animação, mas não sabe desenhar e modelar em 3D lá muito bem e quem sabe fazê-lo não quer ouvir suas minguada$ idéia$? Seus problemas acabaram! Basta usar o Machinima, um processo que se aproveita do ambiente de diversos tipos de jogos para PC, incluindo o Second Life (que não é um jogo), tornando possível a execução de cenas inteiras, totalmente dirigidas por vc (marcação dos personagens, planos, movimentação de câmera, etc.), e sem o drama da necessidade de grandes períodos de renderização.

Assista a diversos filmes e trailers neste site.

Uma introdução ao Machinima feito com o Machinima:

Já existe inclusive um festival que premia diversas categorias:

Este vídeo, por exemplo, já foi assistido 2.995.094 vezes no You Tube. São regras de etiqueta para o banheiro masculino:

Procure por mais vídeos feitos com o Machinima no You Tube.

Pegada Ecológica

A questão ambiental anda no centro das atenções da mídia e dos políticos. Nas últimas duas semanas, desde a estúpida declaração do Lula que dizia que, em síntese, o meio ambiente, os quilombolas e os índios eram os culpados pela marcha lenta do desenvolvimento, pululam todos os dias artigos sobre esta relação entre a natureza e os rumos do país na mídia. É claro que o Brasil vem fazendo um planejamento estratégico excelente, que a corrupção é coisa do passado, que a capacidade de investimento do governo é enorme, que o ambiente legal estimula o empreendedorismo e a iniciativa privada, que a carga tributária não onera em nada a produção, que a burocracia é mínima e que a pobreza não limita o mercado consumidor. Enfim, evidentemente, os únicos obstáculos que restam são a legislação ambiental rigorosa demais e a leniência e o paternalismo com alguns índios e pretos.
Diante de tanta sandice, às vezes faz bem mudar o ângulo pelo qual se olha para questão ambiental e tentar enxergar nossa relação individual com os problemas entre homens a natureza. Calcule sua Pegada Ecológica.

Sobre o podcast com o Olavo

Tenho recebido muitos emails indagando a respeito da continuação do podcast com o Olavo de Carvalho. A alguns respondi, à maioria deixei em espera, mas vejo que será melhor esclarecer aqui o problema. Conforme disse num post anterior, tenho sim um bate-papo já gravado, que ainda não pude editar apenas porque a atualização do meu Windows, que é original (droga!), está entrando em conflito com meus programas de edição de áudio e de som. Tentei reinstalá-los algumas vezes, mas o defeito sempre retorna e os programas travam. Não estou nem um pouquinho afim de reformatar o HD ou de soluções drásticas do gênero, das quais corro como o diabo da cruz. O pior é que essa última gravação ficou com um chiado horrível durante as minhas falas, uma vez que o Windows também prejudicou o Voice Changer, o software de gravação que utilizo. Enfim, embananou tudo, o que, somado a outras questões de ordem pessoal e/ou profissional, me fez adiar o prosseguimento deste projeto sem uma noção exata de prazos. Isto não me abalou muito porque tal situação coincidiu com o lançamento da rádio online do Olavo, o que significa que o objetivo básico foi alcançado: ter sido um estímulo a mais para que ele se decidisse por soltar o verbo, de viva voz, através da internet. Claro, ainda pretendo retomar nossas conversas, mas sem correrias. Eu e o Olavo estamos concordes em que essas gravações foram apenas uma amostra do que ainda poderá vir.

Meus agradecimentos a todos os interessados e me desculpe se não pude responder a todos pessoalmente.

A Natureza… no Second Life

E não é que a natureza prossegue seu ciclo de vida-morte-renascimento dentro do Second Life? Olha essa cena digna do Animal Planet:

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