Lula será reeleito. Dito assim parece até um vaticínio do Jucelino – farei um post sobre essa tara do pessoal por metafísica barata um dia, podem esperar! -, mas é o que indicam as pesquisas neste final de campanha. Até o obstinado Reinaldo Azevedo já derrubou o rei. Segundo os mais alarmados, viveremos dias sombrios nos próximos anos, cercados pelo mal e governados por uma quadrilha de imorais. Dá quase para se ouvir: “a única saída é o aeroporto”. Quer saber? Morro de preguiça desse tom apocalíptico.
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Conforme prometi, eis meu primeiro podcast gravado em conjunto com o jornalista, escritor e filósofo Olavo de Carvalho. Vale lembrar que certos trechos mais apimentados e recheados com “insultos não fundamentados em fatos” foram excluídos, a pedido dele, em respeito ao ouvinte. Até o final da semana, publicarei outro bate-papo gravado logo após o debate entre Lula e Alckmin. Ah, vale lembrar: este arquivo tem uma duração aproximada de 46 minutos. (O arquivo também pode ser baixado através deste site.)
- [audio:http://www.archive.org/download/Bate_papo_com_Olavo_de_Carvalho/Olavo_09-10-06_64kb.mp3]
Serei sucinto. Fato: mais da metade dos eleitores brasileiros NÃO querem que o Lula se reeleja. Fato: a imensa maioria dos eleitores de Lula se encontra entre a parcela mais desinformada da população, que também é – e isso não é uma coincidência – a parcela mais pobre, a que tem menos acesso às mídias em geral e à educação. Fato: há muito intelectual, militante e agitador por aí também, mas são uma minoria se comparados ao grosso desses eleitores. Fato: por mais que a classe média tenha empobrecido, ela ainda é a dona do voto de Minerva.
Fato: as políticas do PT e da esquerda em geral acabam por manter a população pobre atolada em sua pobreza, haja vista os mil e um tipos de “esmolas” que por um lado incentivam a leseira geral, e por outro a sangria da parcela produtiva da população através de impostos e de leis trabalhistas paralisantes. Fato: se houvesse menos impostos, mais gente poderia investir, mais empregos seriam criados. Fato: se as leis trabalhistas não fossem tão irracionais, muita gente, inclusive donas de casa, empregaria alguém hoje mesmo. Fato: uma pessoa despreparada e imoral como Lula só se mantém no poder devido à identificação irracional que seus eleitores pobres tem com sua imagem de vencedor e devido à falsa idéia de que “ele é melhor para o povo por ter sido povo”. Fato: qualquer um que tenha nascido ou se enraizado no Brasil faz parte do povo brasileiro.
Fato: Hugo Chávez, o ditador venezuelano, só conseguiu se manter no poder porque lá o número de pobres superou o número de representantes da classe média. Fato: todo pobre quer no mínimo tornar-se classe média, quer prosperar. Fato: nenhum pobre conseguirá tornar-se classe média num país sem livre mercado, com impostos altíssimos e com leis trabalhistas imobilizantes. Fato: o Brasil nunca cresceu tão pouco. Fato: um Estado nunca usa seu próprio dinheiro, porque nada produz (daí os impostos), e, quando possui estatais, estas, em geral, são fontes de recursos para corrupção e não para a prosperidade. Fato: o PT levou a estrutura de um sindicato para dentro do governo tornando-o uma verdadeira máfia a serviço da revolução defendida pelo Fóro de São Paulo (vide entrevista de Wagner Cinchetto na revista Época).
“Outro dia eu até me lembrei da promessa de campanha do Lula. Ele pode até ter criado dez milhões de empregos. Só que foi na China e não aqui. Caímos numa verdadeira arapuca.”
Rodrigo Loures, presidente da federação industrial paranaense, em entrevista à Isto É Dinheiro Nº471
Nunca dei muita atenção para este Kupfer, mas estou começando a gostar dos textos dele. Afinal, bater em bancos é uma coisa que parece só ter pontos positivos, não prejudica ninguém.
Mudar para ficar tudo igual
Por José Paulo Kupfer, no NoMínimo
Ninguém gosta de banco. Nem os bancos discordam disso. Tem um, dos grandes, cuja propaganda jura ser ele um banco que nem parece banco. Como ninguém gosta de banco, bater em banco costuma dar o maior ibope. Se bater em banco dá ibope, bater em banco em época de eleição, presumivelmente, dá voto. Daí porque não é difícil entender o que pode levar governos a gostar de bater em bancos justamente em períodos eleitorais.
O governo Lula e o Banco Central resolveram bater nos bancos a 45 dias das eleições. Mas, como convém a um governo que foi deixando suas origens pelo caminho, não se trata de uma briga de rua. É negócio de gente fina, embrulhado em medidas com perfumes técnicos, a exemplo dos espetáculos com enredo e objetivos semelhantes produzidos em governos anteriores. O mais provável é que, no fim das contas, nada mude naquilo que o governo diz querer mudar e ainda sobre um afago para quem ficou na berlinda.
O blog e podcast Alerta Total, do jornalista Jorge Serrão, continua com suas informações cabeludas.
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Edição de 18 de Agosto
[audio:http://podcast.br.inter.net/podcast/alertatotal/public/alertatotal18agos_thumb.mp3]
Edição de 17 de Agosto
[audio:http://podcast.br.inter.net/podcast/alertatotal/public/alertatotal17agos_thumb.mp3]
Depois leia o post de sábado Inteligência da “Águia” estoura mais um esquema de sonegação, evasão e movimentação ilegal de US$ 90 milhões.
A última do doutor Meirelles
Por José Paulo Kupfer, no NoMínimoA melhor piada do momento na economia brasileira foi contada pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O doutor Meirelles disse à repórter Marina Guimarães, do jornal “Estado de S. Paulo” que, para reduzir os juros bancários, estuda medidas capazes de dar maior poder de negociação aos clientes. Com essas providências, segundo ele, o sistema ficará mais competitivo, “devendo propiciar uma queda nos spreads bancários”.
Então, tá. Já se pode imaginar o cidadão, peito estufado, avisando ao gerente do banco em que mantém conta, como quem fala para o feirante que lhe vende bananas: olha, você baixa os juros e aumenta o limite do empréstimo ou eu vou procurar o banco ali da esquina!
Na foto abaixo, vemos o maligno governante do Brasil levando o Estado ainda mais para a esquerda e sua pretensa oponente, Heloísa Helena, fingindo dirigir-se para o lado oposto. Perceba como ela ajuda a dar mais impulso à gigantesca e burocrática máquina estatal. Enquanto isso, o Zé Povinho – atrás da roda traseira, e ignorando que financia o monstro através de impostos – faz o possível para tentar acompanhar semelhante desgoverno…
E a diplomacia brasileira continua colhendo seus frutos mal cheirosos:
Esses socialistas do PT azedaram todos os tratados internacionais e, ao final – você vai ver – ainda acabarão tachando os americanos de malvados. Assim caminham os cucarachas.
Um artigo do Glauco Fonseca explicando por que o Mercosul já era…