blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Humor Page 22 of 24

Incêndio

Da agência de notícias Gata-loca: “Um terrível incêndio destruiu a biblioteca pessoal do Presidente Lula. Os dois livros foram totalmente destruídos. O porta-voz presidencial informou que o Presidente está inconformado, porque ele ainda não havia terminado de colorir o segundo”.

Faça vc mesmo

Esta é uma indicação do meu amigo Pedro Novaes: Construa seu próprio Bush.

Olimpíadas

Por enquanto o principal vencedor das Olimpíadas é o José Simão: “Brasil vai a Atenas pegar um bronze”.

Os chatos dos irmãos Caruso

Estou chocado: não existe nenhum site chamado “Eu odeio os irmãos Caruso”!!! Será possível que ninguém ainda percebeu que esses caras não têm a mínima graça? Meu Deus, há anos já que dou uma chance ao Paulo Caruso — sou gente boa — e tento encontrar pelo menos um sorriso em suas charges da revista Isto É, mas é impossível, o resultado chega a ser deprimente.

Às vezes penso que, se eu fosse um deputado do PDT, do PT (ou sei lá o quê), talvez eu até conseguisse um esgar dublê de sorriso. Mas não adianta, mesmo que você se interesse por política não achará graça alguma. Os caras desenham muito bem, fazem ótimas caricaturas, mas são incapazes de roteirizar por si mesmos. (Bom, verdade seja dita: o Chico é menos ruim que o Paulo.) E afinal, quem? Mas quem mesmo já conseguiu rir daquelas animações pentelhas durante o Jornal Nacional?? Parece até coisa do Andy Kaufman, que fazia piadas para que apenas ele mesmo desse risadas, mas não é: o Paulo é tão bobo (ou ishperto, vai saber) que acredita ser, para os outros, realmente engraçado!

E o pior de tudo: ele e o irmão ainda cantam (com uma voz cavernosa tão terrível quanto a minha), tocam piano e se acham compositores! Caraca, é realmente incrível. Em 2002 ou 2001, sei lá, assisti a uma apresentação desses dois lá no Teatro Nacional de Brasília. (Aliás, não fosse esse “show” e eu nem me daria ao trabalho de escrever este texto, afinal, chargista ruim é um elemento da natureza, há em todos os cantos.) Enfim, havia um estrangeiro com quem conversei que, mesmo falando um ótimo português, não entendia por que aquilo era engraçado para os demais. Do Monty Phyton qualquer um no mundo inteiro pode rir, mas desses dois? O show deles é puro engajamento político, pura catequese revolucionária, uma coisa chatérrima, e se você não souber as últimas fofocas daquele deputado do qual nunca ouviu falar… onde encontrará motivo para rir? Quando o artista é bom, por mais elementos políticos que ele venha a injetar em suas obras, elas acabarão por sobreviver a estas ideologias e convicções, o que, claro, não é o caso deles. E o “show” dos caras, em Brasília, não passava de um monte de frases feitas e comentários que só um militante da UNE poderia achar graça. (É evidente que muita gente — sim, muita gente, a maioria da minha querida UnB — ria, mas com aquele tipo de riso inteligentinho e cínico, saca?, o mesmo com que aquele apresentador rechonchudo e de óculos do Jornal Nacional finge achar graça das animações. Eu e minha querida Míriam Virna, com quem fui ao tal “show”, ficamos de cara com a deformação causada pela política no senso de humor das pessoas.)

Mas, enfim, o problema dos Caruso é que, no fundo no fundo, eles são é uns operários do desenho que, por rebeldia ideológica, não aceitam um patrão que pudesse lhes dar um par de boas idéias para realizar. Vezenquando podem até acertar — a evolução é para todos — mas o que esses figuras deveriam mesmo fazer é ir trabalhar para o Maurício de Souza…

[Ouvindo: Night in Tunisia – Miles Davis]

_____

Esclarecimento:

Entendam bem: não sou nem um palerma e muito menos tenho preguiça de pesquisar, de ler. Eu respeito o traço dos Caruso, já disse, eles desenham muito bem. Mas mesmo entendendo as piadas logo de cara, ou após me informar sobre as últimas fofocas políticas, continuo achando os caras sem graça. É uma questão de narrativa e, por que não dizer?, de estética. Não conseguem fazer cócegas no meu entendimento. E se o objetivo de uma charge é apenas fazer pensar, ao invés de fazer rir, tanto pior, porque ao final só me vem um pensamento: por que essa charge está na seção de humor da revista? E, aliás, só achei que mereciam um “Eu odeio…” depois de assistir ao vivo ao show da dupla. É de lascar, pura propaganda lulística, revolucionária não no sentido da revolução armada, claro, mas no da eterna mania de achar que o Estado pode transformar nossa vida pra melhor, ou seja, uma balela. Se não fosse por isso, tudo bem, realmente tem gente mil vezes pior do que eles por aí. Mas é que eu sempre pensei que um chargista deveria ser o mais imparcial possível. Quando um político faz uma besteira, merece dois tratamentos dos Caruso: se for, por exemplo, o Lula, é tratado com um carinho servil; se for algum idiota não petista, aí sim, o cara é mesmo idiota. E, enfim, esse “eu odeio…” não pretende ser um atentado pessoal, já que a conotação raivosa do termo “odiar” fica diluída no já famoso “eu odeio qualquer coisa” presente em vários sites da Internet. É apenas uma crítica. Vai saber, os caras devem ser gente boa pessoalmente, o que não quer dizer que sejam tão bons na charge quanto o Angeli, o Glauco, o Laerte, o Henfil, o Millôr, etc., que são engraçados sem precisar de temas exclusivamente políticos, que são engraçados além de nos fazer pensar. (Principalmente o Henfil, é claro, que já me fez dar vexame na Biblioteca da UnB e da UFG, deixando-me roxo de tanto rir.) Na verdade, meu erro foi dar uma abordagem de crítica de arte àquilo que não é arte de forma alguma. Por isso pego pesado. (Sem falar que eu havia tomado uns dois cafés e assistido, no Jornal Nacional, a uma certa animação que muito me desanimou…)
____

P.S.: Escrevi o esclarecimento acima após receber uma mensagem, bastante educada e sentida, da esposa de um dos irmãos Caruso. Desculpe se fui duro, J., mas o sentimento despertado em você por minha crítica é mais ou menos aquele que uma charge deveria causar à elite política que nos comanda. Com uma única diferença: fazendo rir aos demais.

Lema das Nações

Uma anotação minha de 1999, escrita durante a guerra na Iugoslávia: “Acho que encontrei não o lema exclusivo dos EUA – como muitos irão pensar – mas de toda e qualquer nação: Tudo vale a pena se a Arma não é pequena”.

Humor Nerd 2

Já posso ver o Stephen Hawking trabalhando como animador de auditório. Ele, rindo sozinho num palco – provavelmente um riso de sintetizador -, diante de um auditório mudo, seria impagável. Olha essa: “As leis da física conspiram para impedir as viagens de objetos macroscópicos no tempo. (…) Você pode estar pensando que este capítulo faz parte de uma conspiração do governo para encobrir as viagens no tempo. Talvez você esteja certo.” (S.H., O universo numa casca de noz.)
E mais essa: “Newton ocupou a cadeira lucasiana em Cambridge, hoje ocupada por mim – embora ela não fosse movida à eletricidade na época dele.” (idem.)

Humor Nerd

“Não sabemos exatamente qual o comprimento de Planck fundamental na teoria-M, mas poderia chegar a um milímetro dividido por cem mil bilhões de bilhões de bilhões. Não estamos a ponto de construir aceleradores de partículas capazes de sondar distâncias tão pequenas. Eles teriam de ser maiores que o sistema solar, e dificilmente seriam aprovados no atual clima de contenção financeira.” (Stephen hawking, O Universo numa casca de noz.)
Ahahahaha, posso até ver o Dexter, sozinho, ao arrepio de seus colegas, dando gargalhadas no fundo da sala de aula…

Outra

Essa também é ótima:


109. — Qual era a nacionalidade de Adão e Eva?

— Obviamente eram russos. Somente russos podem correr por aí descalços e desnudos, sem teto sobre suas cabeças, dividir uma única maçã entre dois e ainda gritar que estão no paraíso!

Piadas de comunista

Ronaldo Roque me enviou um site com algumas piadas de comunista bem engraçadas. Resolvi adaptar uma delas (Nº 95) em homenagem ao governo petista:

O orador começa a enumerar as conquistas da “Agenda Positiva”:

— Na cidade X foi criado um assentamento modelo para o MST…

Uma voz da sala:

— Acabei de vir de lá. Não existe por lá nenhum “assentamento modelo”, apenas uma favela rural!

O orador continua:

— Na cidade Y o Fome Zero é um grande sucesso…

A mesma voz: — Estive lá a semana passada. Apenas dez pessoas receberam o cartão, o resto dos cartões desapareceram!

O orador não se contêm:

— E o Sr., camarada (vou manter “camarada”, mais esclarecedor que “companheiro”), deveria ouvir mais o programa de rádio do Lula e parar de bater pernas por aí!

Para quem acha que o governo segue uma política econômica avessa ao socialismo, saiba que Lenin fez exatamente o mesmo que Palocci vem fazendo: manteve a economia saudável e o mercado livre enquanto, por baixo dos panos, o verme político ia comendo tudo. Até que…

Palavrão oblíquo

Essa eu ouvi no GNT e foi o cúmulo da linguagem politicamente correta. (Se bem que o tom foi mais de ironia.) O correspondente de Buenos Aires, Ariel Palácios, disse que certo fulano, membro da oposição, “atribuiu uma profissão sexual à mãe do pingüino“, ou seja, do Presidente Kirchner. Isso é que é xingar: “Eu atribuo uma profissão sexual à senhora sua mãe!!!!”

Page 22 of 24

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén