Artigo de José Pio Martins, do site Causa Liberal:
A liberdade é a única condição de organização social capaz de cumprir quatro objetivos: o respeito ao ser humano, o desenvolvimento das potencialidades individuais, a prosperidade material e a justiça social.
A liberdade é um valor e pode ser definida como a ausência de coerção de indivíduos sobre indivíduos. A coerção é a pressão que obriga os indivíduos a agir em função de interesses alheios e, portanto, em detrimento dos seus próprios interesses. Friederich Hayek dizia que “a coerção é má porque anula o indivíduo como ser que pensa, avalia e decide, já que o transforma em mero instrumento dos interesses e fins de outrem”.
Para organizar uma sociedade aberta, pautada pelo ideal de liberdade, a humanidade dispõe de três instrumentos: a democracia política, o estado de direito e a economia de mercado. A vantagem deste tripé reside na sua compatibilidade com as duas principais características humanas: a imperfeição e a diferença individual. As formas de organização social que, para funcionar, precisam pôr fim às imperfeições dos homens e às diferenças individuais estão condenadas a fracassar sempre. Sendo o homem um ser imperfeito, imperfeitas são, e sempre serão, todas as instituições humanas. A democracia não é perfeita, como também o mercado não o é. Um dos dilemas não resolvidos da humanidade é que a intervenção para corrigir as “falhas de mercado” é feita pelo Estado, cujas imperfeições são por demais exageradas. Esta é a razão pela qual os poderes do governo devem ser limitados, sob pena da intervenção gerar uma falha maior do que aquela que pretende corrigir.
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