Ainda revirando meus arquivos, que encontrei em duas caixas aqui em São Paulo, dou de cara com o exemplar do jornal no qual publiquei meu primeiro artigo: Gaya, Nuestra Diosa, pide auxilio. Trata-se obviamente dum reflexo da minha chatérrima fase ecoxiita, o que prova a meus amigos ecologistas que eu já era um agitador enquanto muitos deles agitavam chocalhos e, por isso, passada essa etapa de aborrescência mental, isto é, de agitação, ecologismos radicais e místicos já não me emocionam em nada. O jornal chama-se El Día e é o principal jornal da cidade de Latacunga, no Equador, onde fiz intercâmbio estudantil entre 1989 e 1990. (Não é chique? O primeiro texto que publiquei foi escrito originalmente em espanhol…)
Categoria: Mídia Page 48 of 60
Hoje à tarde, aqui no Pulse Studio, troquei uma idéia com o Henri, diretor de arte da agência Leo Burnett, e ele me falou a respeito dessa câmera Colorsplash, da Lomo, uma espécie de Lada das câmeras fotográficas. Sim, uma máquina russa que sobreviveu ao ocaso da União Soviética. Segundo ele, a onda agora é comprar uma dessas geringonças – que contém flash colorido intercambiável – e colocar as fotos no fotolog da própria Lomo. É uma idéia das mais interessantes uma câmera com diversas cores de flash. Deve ser ótima para registrar nossas baladas vampirescas de cada “dia”. Mas infelizmente ela ainda usa película, o que dificulta um pouco a logística de um fotolog. Mas tá valendo.
Finalmente meu bróder Paulo Paiva resolveu lançar seu próprio blog, o Fios de Ariadne. Agora só falta ele voltar a escrever poemas, o que costumava fazer muito bem.
Quem passou pela adolescência física e mental – isto é, o período que vai dos 14 aos 25 anos de idade aproximadamente – antes do advento da internet, entenderá o título desta entrada. Nesta fase de intensa ebulição interior, é muito fácil – falo daqueles que sempre se interessaram por literatura, filosofia, ciência e arte – é muito fácil acreditar que se é um tipo de gênio, uma luz em meio à escuridão massificada. Principalmente se, aos dezesseis, enquanto vivia ilhado numa província da província Brasilis, devorou “Homens representativos”, de Ralph Waldo Emerson. Aliás, ainda bem que não havia internet entre 1985 e 1996. Talvez eu até tivesse ficado “famoso” – como muitos blogueiros hoje acreditam ser – com o registro de minhas especulações, viagens e surtos (hoje muito bem guardados), e , no entanto, nos dias que correm, com a chegada desses lampejos de maturidade que ora me assediam, eu estaria envergonhado comigo mesmo e certamente passaria mais tempo deletando textos e entradas de blog que propriamente escrevendo… Sim, embora a Vontade de Criar possa nos aproximar muito da Vida, na medida mesma dessa aproximação, mais e mais vamos nos sentindo como que elevados diante dos demais. E tudo, claro, não passa de vaidade, vaidade das vaidades. Antes da internet eu achava que meus, digamos, pares ou já estavam mortos ou muito próximos de morrer. Com uma única exceção, que não vem ao caso, praticamente não tinha interlocutores. Claro, possuía amigos e professores cuja inteligência admirava, mas nunca encontrava “pretensões de criar” tão grandes quanto a minha. Depois, com a internet – e já morando com a Hilda Hilst – descobri que esses pares não constituem dezenas, senão milhares de pessoas espalhadas pelo mundo, a maioria muito mais disciplinada e produtiva do que consigo ser. E os maiores dentre eles, percebi, não são os que se colocam mais ao alto, junto a seus ídolos, e sim exatamente aqueles que, em sua sabedoria escrita, demonstram a verdade da fraternidade de todos os homens, isto é, que somos todos nós, terráqueos, pares no sentido mais universal do termo. Enfim, obrigado, internet, por não me deixar enlouquecer (de novo), obrigado por ajudar a provar a mim mesmo que não sou nenhum suprassumo da humanidade, mas um mero contador de “causos”. (Adeus, aborrescência!!) Se Nietzsche tivesse um blog à sua disposição, teria certamente trocado idéias com Dostoiévski – cujo livro “Notas do subterrâneo” ele leu – e o grande romancista russo o teria então alertado sobre o maior (e talvez único) de seus erros. Qual? Amadureça e descubra. (Até lá medite sobre o arcano 16, A Torre, do tarô…)
O blog Bad Science é uma espécie de Observatório da Divulgação Científica. Interessante. Aliás, aqueles meus amigos que adoram apontar elementos de pseudociência em alguns dos meus textos irão adorar. Mas que a imaginação é a avó da ciência, ah, isso é. Respeitem os mais velhos!
Hermelino Neder, compositor e professor de música, em sua coluna, na Folha de São Paulo:
“Deduzi que exaltar qualquer feito ou fala da criança, na presença dela, poderia favorecer a necessidade da fama, de ser comentada sempre, de ser veiculada primeiro na mídia doméstica, depois na grande mídia. Minha mulher acha que o Jô Soares parece um garotinho gordinho exibidinho, o orgulho do papai e da mamãe. Dance, filhinho, para a dona Maricotinha ver, toque bongô, como é que fala ‘eu te amo’ em inglês? E em francês? Minha mulher é malvada.”
Eis o blog de um grande amigo meu, Rodrigo Fiume, jornalista d’O Estado de São Paulo.
Mais uma novidade. Agora apareceu esse Copyscape, um serviço de proteção contra o plágio. Graças a um algoritmo que compara as páginas dos sites, o Copyscape monitora quem está copiando os textos de seus assinantes. Parece bom, mas acho U$9,95/mês um valor demasiado alto. Poxa, mais do que pago pela hospedagem do meu site! Se liga, gente, veja o exemplo da Google: serviço gratuito e publicidade. Não há outra forma de crescer. (Contudo, este artigo faz uma verdadeira apologia da idéia, que é realmente excelente.)
E o radialista norte-americano George Noory já está divulgando em seu programa “Coast to Coast AM” que o fim dos tempos realmente começou. Que o diga o PT…
Taí um serviço interessante, através do qual você poderá criar e instalar em seu navegador uma barra personalizada.