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Categoria: Religião Page 13 of 30

Israel lança seu próprio concurso de charges antisemitas

O último lance da sandice liberdade de expressão X muçulmanos é o concurso de charges antisemitas lançado por cartunistas israelenses. Com muito humor, eles não admitem que os muçulmanos possam criar os melhores cartuns antisemitas, conforme a proposta do concurso lançado no Irã. Os organizadores afirmam que:

“We’ll show the world we can do the best, sharpest, most offensive Jew hating cartoons ever published! No Iranian will beat us on our home turf!”

“Mostraremos ao mundo que nós podemos fazer os melhores, mais incisivos e ofensivos cartuns antisemitas jamais publicados! Nenhum iraniano nos vencerá em nosso próprio terreno!”

(Via LLL)

Kali Yuga

Inspirado pelo excelente CD que ouvi no apê do Paulo Paiva – Canções do Divino Mestre – eu ia escrever algo rápido sobre a Kali Yuga, essa nossa era de degenerescência em todos os âmbitos possíveis e imagináveis. Mas encontrei um texto muito semelhante ao que eu tinha em mente – escrito pelo médico Carlos Alberto Reis Lima – cuja epígrafe, de Sri Ramakrishna (o “Louco de Deus”), diz o seguinte:

“Se você colocar Jesus, Buda e Maomé juntos na mesma sala, eles se abraçarão e confraternizarão. Se você colocar seus seguidores juntos…”.

É ou não é a mais pura verdade?

Sem controle

Diz o líder islâmico a respeito de seus militantes:

“Receio já não termos nenhum controle sobre eles.”

Responde o líder ocidental a respeito dos cartunistas:

“Idem.”

Casa de marimbondos

E os caras continuam mexendo na casa dos marimbondos barbudos. Agora estão divulgando essa filmagem duma rave islâmica

Criaturas e caricaturas

Por um motivo ou por outro estou lendo A última tentação de Cristo do Nikos Kazantzakis. Livro indexado pelo Vaticano como herético e blasfêmico. Ainda não vi motivo. Mas o trecho que transcrevo a seguir pareceu-me relevante neste imbróglio sobre criaturas e caricaturas.

Não é a fé que mata

Essa charge, que ninguém achará engraçada, é pro Rodrigo

fe_fede2.jpg

Maomé e Anne Frank — final

Não considero desproporcional a relação entre o Holocausto e a crença muçulmana feita pela Liga Árabe Européia (ver A maometização das consciências). Ao que parece, a condenação (parecer ser algo como um mandamento) da adoração de imagens, sobretudo de Maomé, é proporcional ao tabu que o Holocausto representa no mundo ocidental.

A maometização das consciências

“Credo, gente, que maomezeira, hem?”

“É a maometização da imprensa, diria o Zé Simão”.

“Não, é a das consciências”, diria eu.

Porque, cá entre nós, acho uma ingenuidade ver algo de positivo nessa reação dos iranianos, essa de criar um concurso que premiará as melhores charges tendo como tema “o Holocausto”. Pois é desproporcional. (!) Bem menos do que antes, claro, mas ainda é. Eu sei, não parece, afinal reagir com caricaturas é melhor que responder com bombas, está no mesmo plano de realidade e tal. Mas se os Ocidentais tiraram o sarro do Maomé, o mais lógico seria os caras, tal como na caricatura do France Soir, tirarem o sarro ou de Jesus ou de Moisés, não do Holocausto. Ao optar por este último, só mostram o quanto são malucos perigosos. É covardia contrapor um ser pretensamente divino a meros mortais. No fundo, sabem que os Ocidentais sabem rir de si mesmos e que, se eles, muçulmanos, tirassem o sarro do Senhor do Universo, ficaria tudo na mesma. Se Jesus não se deixou abalar nem mesmo por uma crucificação, uma caricatura então seria fichinha.

Maomé e Anne Frank — 4

hitler_anne1.jpg

Mais Maomé…

A opinião do Alexandre Soares Silva sobre o assunto vale muito seu clique.

O outro Alexandre, o Alex Castro, por sua vez, elogiando o concurso de cartoons sobre o holocausto do Hamshahri, disse que:

“(…) vai testar o quanto o Ocidente realmente acredita na liberdade de expressão que tanto prega. Nada mais justo do que forçar a mão de quem prega a autoridade moral de ser o inventor da democracia, blá blá.

Em segundo lugar, por mais que eu não goste da idéia de brincar com o Holocausto, a verdade é que o melhor jeito de lutar contra uma charge é fazendo outra charge. Com certeza, não queimar embaixadas ou lançar fatwas.

O jornal iraniano está certo em desafiar o Ocidente. Vejamos se o Ocidente passa no teste.”

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