blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Religião Page 14 of 30

Maomé e Anne Frank — 3

Ainda sobre este e este assunto, recomendo a leitura de artigo do Clóvis Rossi, na Folha de hoje. O título é bem explicativo: O profeta e a incomunicação.

Maomé e Anne Frank — 2

Achei o responsável pelo desenho de Hitler com Anne Frank (veja post logo aqui embaixo). É a Liga Árabe Européia (LAE), uma organização de defesa dos direitos das comunidades árabes e muçulmanas na Europa. É apenas uma entre várias charges anti-semitas, segundo o JB Online.

Mas não consegui vê-lo. No site da LAE, aparece a mensagem: “Bandwidth limit exceeded”. Adivinhe por quê? Esta história ainda vai longe…

Maomé e Anne Frank

Jornalista, tendi para o lado da liberdade de expressão neste caso das caricaturas de Maomé. Mas nunca previ tamanha repercussão. A história não pára de crescer. E de ficar mais feia para o lado do Ocidente — principalmente depois que se soube que o mesmo jornal dinamarquês que iniciou tudo havia, tempos atrás, se recusado a publicar charges de Jesus, sob a alegação de que causariam polêmica entre seus leitores.

Desde o início senti dificuldades em entender por que houve tanta repercussão entre os muçulmanos — até com mortes. Mas agora vislumbro uma luzinha, isto é, começo a compreender, mesmo que só um pouquinho — o que, acredite, para mim já é o suficiente.

O eXegeta está aqui

Durante um ano – entre 2003 e 2004 – mantive outro blog, de título O eXegeta – lendo e relendo o Livro de Urântia, que, segundo pude averiguar, foi o primeiro blog no mundo dedicado exclusivamente a essa possível Revelação. (Eis o post inicial dele.) Foi descontinuado porque, ironicamente, muito atrapalhou minha exegese particular do Livro. Sim, porque tornou-se – contra minha vontade – um fórum no qual me vi colocado como advogado de algo que ainda não conhecia plenamente. As mil e uma discussões me cansaram ao extremo, encheram o meu saco.

Ok, embora eu acredite que religião seja sim uma questão de foro pessoal, apesar dos pesares ainda creio que possa ser debatida enquanto condição da vida em sociedade. As discussões desse naipe, n’O eXegeta, foram proveitosas. Mas não dá pra debater com quem pense que Deus seja algo passível de prova científica. Essa gente só me fez perder tempo. (Ou não, afinal aprendi a não perder mais tempo com quem não tem olhos de ver e ouvidos de ouvir.)

Bom, a questão é que andei separando o joio do trigo, retirei os comentários (hoje tenho muito clara a concepção de que blog não é fórum) e importei algumas entradas d’O eXegeta aqui para o Garganta. Daí essa súbita ultrapassagem dos 1000 posts.

Lugares-Memória VII ou O Meu Islã

Nada me soa mais estranho do que o fundamentalismo islâmico. Todo o meu contato com o mundo muçulmano sempre me mostrou o oposto do que esses loucos professam e fazem. É verdade que, por outro lado, nunca estive em um país de maioria islâmica, e portanto minha experiência tem algo de limitada. Mas conheci muitos muçulmanos de diversas nacionalidades – paquistaneses, indianos, nigerianos, palestinos, indonésios, egípcios, sudaneses, iranianos, sauditas, marroquinos, tunisianos, entre outros – e tenho uma imagem dessa gente como afetuosa, humana, alegre e tolerante.

Bob Dylan e Martin Scorsese

Bobo DylanMês passado assisti ao documentário biográfico No Direction Home: Bob Dylan, dirigido por Martin Scorsese. Muito bom, apesar de ele se fixar tão somente no período que vai de 1961 a 1966, o que, claro, não é pouca coisa, já que mostra a metamorfose dum promissor jovem cantor de música folk num compositor de canções de protesto e, finalmente, deste último no Bob Dylan literalmente elétrico e plugado de Like a Rolling Stone.

Vale a pena detectar, nos 201 minutos de filme, o gênio, o talento, a presença de espírito e a honestidade desse figura que não apenas negou todos os rótulos que tentaram lhe impingir – cantor folk? de protesto? puff! – como fez questão de sublinhar sua completa descrença para com movimentos políticos. Participou de um ou dois festivais de protesto, foi a um grande comício em Washington junto a Martin Luther King e pronto, já sacou qual era a dessa gente que dá o sangue pela política. Valeu a experiência? Valeu, agora bola pra frente. E até hoje Dylan não entende o porquê de a imprensa querer saber o que artistas como ele, gente tão despreparada para tal, pensam sobre política. (Isso é que é um cara lúcido!)

Dez planetas não – doze!

Os cientistas continuam discutindo se o 2003 UB313 é ou não um novo planeta, o que evidentemente tem lá sua importância. Primeiro porque, se decidirem que não, terão de rebaixar o status de Plutão, que é menor que o novo astro. Segundo porque, se decidirem que sim, continuarão procurando novos planetas, o que evidentemente poderá levá-los a descobrir ainda mais um, afinal, Monmátia, nosso sistema solar, possuía doze planetas quando de sua formação, sendo que um deles teria se fragmentado entre Júpiter e Marte, dando origem ao Cinturão de asteróides Principal. Contudo, é também possível que esse novo planeta já seja o décimo primeiro, isto é, se incluirmos Sedna no jogo.

[Ouvindo: the gypsy (kodaly girls choir) – bartok ]

A caricatura de Maomé

Não se irrite, Maomé!
Os muçulmanos estão putos com os dinamarqueses apenas porque os jornais destes últimos andaram publicando caricaturas de Maomé. (Incrível, os caras chegam a pegar na metralhadora por conta disso!) E tal fato obviamente atraiu a solidariedade do restante da imprensa européia: “Sim , a gente tem o direito de caricaturar Deus”, diz a manchete do France Soir.

“Evacuação planetária” – uma radionovela

Num comentário, o Alex Cojorian comentou que quem entende desses assuntos abstrusos do tipo “livro de Urântia”, “partes baixas da Terra” e assim por diante sou eu. É verdade, tenho tanta atração por assuntos aparentemente loucos quanto a Hilda Hilst e, aliás, muitas vezes penso se não foi justamente esse interesse que me levou até ela, a escritora que, em entrevistas, confirmou ter visto um disco voador, ter feito viagens astrais, ter gravado a voz da falecida mãe (transcomunicação), ouvido a voz de Camões e assim por diante. Em 1999, na Casa do Sol, chegamos a compartilhar hilariantes paranóias com o possível fim do mundo no “sétimo mês de 1999″…

Mas o que eu queria dizer não é nada disso. Nem tampouco falar do último ano do calendário maya ou das descrições do resgate planetário feito por minha amiga extraterrestre, uma possível mestra ascensa da Grande Fraternidade Branca. Quero apenas pedir para que ouçam uma rádio-novela feita nos moldes tradicionais, bem ao estilo anos 1940. (Eu a ouvi por indicação da Carol, a Gata-loca.) Para quem achar o conteúdo uma bobagem “além da imaginação”, ou uma ficção científico-espiritual ingênua, faça de conta ao menos que é uma criança nascida nos anos 1930 que está aí, ao pé do rádio do vovô…

  • Ouça a primeira parte.
  • Ouça a segunda parte.

(Fonte: Ascensão.)

Cada louco…

Desculpem-me, mas é engraçado. Da Reuters:

Prometendo destruir Jesus do ponto de vista histórico, um ateu italiano levou sua cruzada profana à Justiça na sexta-feira, abrindo um processo para que se comprove ou não a existência de Cristo. “Jesus é ficção”, disse Luigi Cascioli. “A Igreja está enganando as pessoas, e deve ser responsabilizada.”Cascioli evocou a chamada lei do “Abuso di Credulitá Popolare” (abuso da fé pública) contra um conterrâneo que foi seu colega durante a rápida passagem dele por um seminário católico, há cerca de 60 anos. Enquanto Cascioli se tornou um ateu convicto, seu amigo Enrico Righi virou padre e articulista de um jornal católico local.

Ele diz que Righi, numa edição de 2002 na qual escreveu sobre “o homem” Jesus, violou a lei italiana, por não ter provas da existência histórica de Cristo. Após a audiência preliminar de sexta-feira, o juiz deve decidir se admitirá o processo, o que é pouco provável num país tão católico quanto a Itália.

Page 14 of 30

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén