Será que se o Papa fizesse uma peregrinação a Meca seria mal recebido? Uma vez lá, deveria dizer: “Deus é Clemente, Soberano, Misericordioso, Vivente, Poderoso, Sábio, Altíssimo, etc, mas também é Pai, pai de todos”. Taí uma boa despedida da Terra…
Categoria: Religião Page 21 of 30
Acabo de assistir ao filme “8 miles”, do Eminem. E, quer saber?, curti muito. Nada como substituir, num duelo, a pistola pela língua. Nenhuma arma ganha da palavra sincera. O chumbo vem da matéria, a palavra vem do espírito. Toda matéria morre, o espírito vivifica. Aliás, dizem que foi assim a tal “Guerra nos Céus”: de um lado o rapper Gabriel, do outro, Lúcifer. Até o Srimad Bhagavatam fala dessa batalha. As armas eram Mantras. Mantras são palavras. Foi a maior confa deste Universo…
Certa vez Paulo Francis disse que era incrível a falta de interesse dos intelectuais contemporâneos em discorrer sobre a existência de Deus. Segundo ele, ninguém mais parecia preocupar-se com… essas coisas. Mas encontrei uma discussão interessante proposta pelo professor de Harvard Dr. Armand Nicholi Jr., que contrapõe as argumentações de Freud e C.S. Lewis sobre o tema. Está tudo no site The Question of God. Vale a visita.
O melhor do islamismo é ele ser monoteísta. Seu problema é chamar Deus de mil e um nomes – Clemente, Soberano, Misericordioso, Vivente, Poderoso, Sábio, Altíssimo, etc. – mas nunca de Pai. Se Deus não é Pai, então não somos irmãos, então fodeu, todo papo de fraternidade acabará em guilhotinas mecânicas, químicas, atômicas. “Pai” é o melhor conceito para que o ser humano possa ter uma noção de como Deus o vê, para que entenda sua relação pessoal – e esta relação é que é a religião verdadeira – com o Criador. No fundo, no fundo, a única coisa que me faria aderir ao islamismo seria a possibilidade de me casar com todas as minhas ex-namoradas, incluindo, é claro, a atual… Islamismo é para homens cafajestes.
“Marxismo bem conduzido é intoxicante, como notou Bertrand Russell, em 1896, ao escrever sua primeira obra ‘A Social Democracia Alemã’. Russell deduziu logo que marxismo era tolice, que suas pretensões científicas não conferiam com as descobertas em ciências naturais (em 1896!), mas percebeu a força do marxismo como religião, sem deus, de ateus, o que é óbvio até hoje, até nesta versão pé-de-moleque de Lula.”
(Paulo Francis)
Pronto, agora um tal de Brian Flemming – um “jovem Oliver Stone” – está realizando um filme no qual supostamente se prova que Jesus nunca existiu: The Beast. Me desculpem os céticos e preguiçosos espirituais, mas afirmar isso numa época pós-livro de Urântia, pra mim, é o fim da picada. O cara não imagina quantas boas histórias – muito melhores do que este ataque inócuo à fé de bilhões – estão esperando para ser filmadas…
Reli o Documento 160 do livro de Urântia e fiquei de cara: esse livro é realmente um Despertador. Acho que quem não conhece nada do dito cujo poderia começar a leitura por esse documento. E, claro, sem esquecer de relevar alguns vícios da tradução. Por exemplo, no final do primeiro parágrafo o correto seria grafar “evangelho”, ou mesmo “boa nova”, e não “evangelhos”, o que pode dar a impressão de que se está falando dos textos do Novo Testamento, os quais obviamente ainda não existiam. Outro: a expressão “modern phraseology” do original virou “construção moderna de frases”, que a meu ver é totalmente esdrúxula. Mas, enfim, a mensagem está lá e é mais do que válida. Trata-se da visão de um filósofo grego, contemporâneo de Jesus, sobre a boa notícia de que fazemos parte de uma família cósmica.
“Quando um povo trabalha Deus o respeita. Mas quando um povo canta, Deus o ama.”
(Facundo Cabral)
“A alegria é o ponto mais alto da religião porque nada nos acerca tanto a Deus. Deus está em todos mas nem todos estão em Deus, por isso se sentem vazios. Se você é um dos que buscam Deus, procure-NO primeiro no homem, isto é, em você mesmo, porque a partir desse encontro conseguirá vê-LO em todas as coisas.”
(Facundo Cabral)
Albert Schweitzer deixou a Europa para servir a seus semelhantes na África equatorial. Um dos motivos que o levou a tão radical mudança foi o impedimento que sofreu, da parte do Estado alemão, ao tentar levar adiante seus projetos de serviço social voluntário, afinal, já “havia uma repartição do governo encarregada desses assuntos, e isso era suficiente – muito obrigado. Mesmo quando o orfanato de Estrasburgo foi destruído por um incêndio, a espinha oficial permaneceu rígida. Schweitzer ofereceu abrigo para alguns dos que haviam ficado sem teto, mas nem lhe permitiram terminar a frase com que fazia o convite. O Estado não precisava do auxílio do jovem doutor”.
O profeta das selvas, de Hermann Hagedorn.