blog do escritor yuri vieira e convidados...

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O Quasímodo é lindo

Ontem, minha amiga Paola Antonácio, arquiteta que recém concluiu seu mestrado na Espanha, me contou algo impressionante: ela estava na Harold’s, a famigerada loja de departamentos londrina, quando, de repente, a um metro do seu narizinho, deparou com ninguém mais ninguém menos que… Michael Jackson! Claro, o cara, além dos filhos – pelo jeito aquele garoto sobreviveu à aventura da sacada do apartamento -, o cara estava sendo seguido por todos que o viam, tal como um planeta a seqüestrar, durante sua translação, meteoróides e outros detritos espaciais. Nuvens de consumidores o acompanhavam enquanto ele admirava, tranqüilamente, prateleiras apinhadas de eletrodomésticos. Mas o espantoso não era isso – encontrar-se com o Michael Jackson? ora, que bobagem – mas sim o fato de que, segundo Paola, ele era lindo! Sim, ela nunca vira antes uma disposição tão aristocrática e serena, nunca vira cabelos tão bonitos, brilhantes e sedosos, uma pele (sim, branca) tão delicada, um nariz tão… feito sob medida, ora essa.

O Encontro com o Outro

A amizade é, para mim, meio e fim da condição humana. É no seu exercício, exemplo maior da doação ao outro, que nos fundamos como merecedores da designação “humano”. Tudo o mais é anterior, é perdição narcísica. Espero que esse blog conjunto possa ser um humilde, porém eloqüente, exemplo das possibilidades do exercício da amizade. E para falar de amizade, nada melhor que invocar e homenagear os quatro mineiros – Hélio Pellegrino, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Otto Lara Rezende -, grandes provas precisamente de que a amizade é o centro de tudo e de que a doação a ela desvela e liberta o potencial mais bonito das pessoas. Afinal, os quatro eram amigos desde jovens (no caso de Hélio e Fernando, companheiros de jardim de infância), não se cansaram de exercer esse vínculo e de se dedicar a ele – inclusive em textos belíssimos – e o resultado foram quatro dos maiores talentos literários e intelectuais do século passado em nosso país.

O Web Clip do Gmail

Eu sei que a maioria das pessoas fica babando quando vê esses selinhos ao pé dos blogs, esses onde se lê “syndicate” ou “RSS” ou “Atom“. (Aqui no Garganta tal selinho se chama “Kiss my RSS“.) Ninguém parece ter saco ou sei lá o quê para perceber que esses links podem nos poupar muito tempo. Ora, não é chato voltar àquele blog ou site de notícias e perceber que ele aiiiinda não foi atualizado? Pois é, eis a função dos RSS ou Atom feeds: as últimas publicações do site é que vêm até nós e não o contrário. Isso já foi mais que falado por aí afora. Mas eis que lá vem de novo o Google para simplificar e tornar tudo muito mais eficiente. Em seu Gmail, clique em Settings, depois em Web Clips e, na caixa de busca à esquerda, escreva por exemplo a URL deste blog – o Gmail encontrará o link RSS do Garganta. Mais tarde, sempre que vc abrir o webmail, verá logo acima da lista de emails as últimas publicações dos seus sites prediletos, incluindo este. (Não se esqueça de deletar boa parte daqueles feeds pré-gravados.)
Outra boa idéia é vc clicar no selo “Add to Google” e acrescentar o RSS feed deste blog ou à sua página pessoal do Google ou ao leitor de feeds do Google, o Google Reader.

Oito Mãos

Pois é, não se assustem. O Garganta de Fogo não foi hackeado. E eu fiz questão de não começar me apresentando, e sim com o post mais abaixo, justamente porque o ter que me apresentar, pensar um post em que falasse do porquê de um blog e, sobretudo, a dificuldade de me contentar com um nome que sintetizasse algo sempre foram motivos pelos quais eu até hoje não tinha um blog. Acho que essa experiência coletiva vai ser interessante, sobretudo pela diversidade dos perfis, com convergências legais e especialmente divergências grandes entre as oito mãos (nem minha mão esquerda concorda com a direita) que, por enquanto, passam a compor essas linhas. Vai dar um caos interessante.

Gargantas de fogo

Ontem fui embebedado e encharutado (Cohiba, hem, não pense besteira) por meus amigos Pedro Novaes, Paulo Paiva e Daniel Christino, que acabaram me convencendo – ainda estou convencido – de que será uma boa experiência transformar O Garganta de Fogo num blog coletivo. Assim, não se espante se, após os títulos das entradas, aparecerem nomes que não o meu. Tenho ainda mais duas ou três pessoas para convidar a participar deste projeto. Logo mais o perfil dos três estará disponível aí acima, no menu principal.

“Ei, eu também quero participar!!”

“Calma, señor Recóndito, vou pensar na sua proposta. Se eu a aceitar, por favor, não seja muito louco, hem.”

“Como diria o Diogo Mainardi, confie em mim…”

No Digestivo…

Numa das caixas entupidas de livros que trouxe de São Paulo, encontrei o último exemplar da primeira edição (1998) do meu livro A Tragicomédia Acadêmica. Enviei-o ao Julio Daio Borges, que conheci na festa do Digestivo. E agora ele publicou uma nota a respeito. Muchas gracias, hermano.

En medio a las docenas de libros que he traído de São Paulo, encontré el último ejemplar de la primera edición (1998) de mi libro La Tragicomedia Académica. La remití al Julio Daio Borges, que conocí en la fiesta del Digestivo Cultural, periódico del cual es editor. Y ahora él publicó una nota a respecto. Muchas gracias, hermano.

Um blog bilíngüe Una bitácora bilingüe

Acho que já deu pra notar que este blog está com a pretensão de tornar-se bilíngüe, né. Agora, além de textos em português (pra não dizer em brasileiro), e sempre que tiver saco, publicarei versões em castellano de cada entrada. Dentro de alguns anos – quando eu sair da minha fase Tarzã no inglês e no francês – quem sabe eu não venha a incluir mais essas duas línguas? Tudo é possível.

Vale lembrar que essa é minha forma de voltar a me aproximar da minha inesquecível e ótima família de intercâmbio equatoriana que, graças à minha eterna dureza, ainda não consegui rever. Les quiero y les estraño mucho!

Creo que ya está claro que esta bitácora pretende volverse bilingüe. Ahora, además de textos en portugués (para no decir en brasileiro), y siempre que me diera la gana, publicaré versiones en castellano de cada post. Dentro de algunos años – cuando yo abandonar mi fase Tarzan en el inglés y en el francés – quien sabe yo no venga a incluir aún estos dos idiomas? Todo es posible.

Debo decir que esa es mi manera de volver a me acercar de mi inolvidable y afectuosa familia de intercambio ecuatoriana que, gracias a mi eterna falta de plata, todavía no logré rever. Les quiero y les extraño mucho!

O que aprendi na Casa do Sol Lo que aprendí en la Casa do Sol

Não posso evitar. Cada vez que alguém me pergunta o que foi que eu aprendi lá na Casa do Sol, residência da falecida Querhilda Hilst, as primeiras respostas que me vêm à cabeça são as seguintes: com o Mora Fuentes (escritor) aprendi a fazer um ótimo peixe assado; com o Bruno Tolentino (poeta) aprendi que é preciso cortar a couve bem fininha, senão ela não se casa bem com a feijoada (fizemos juntos ao menos umas quatro feijoadas); com o Guttenberg, amigo da Hilda e professor na USP, finalmente descobri como é que se faz um bom café; com o Chico (o caseiro) fiquei sabendo que realmente tem gente comendo rato (assado) no sertão deste país e que não há nada melhor do que um “zoião” frito; e, finalmente, com a Hilda… puts, com a Hilda não aprendi bulufas, afinal, ela não sabe sequer fritar um ovo, isto é, não sabe fazer nem mesmo um zoião…

Do resto eu falo outra hora.

No lo puedo evitar. Cada vez que alguien me pregunta que fue lo que yo aprendí allá en la Casa do Sol, residencia de la fallecida escritora Hilda Hilst, las primeras respuestas que me vienen a la cabeza son las siguientes: con el escritor Mora Fuentes aprendí a hacer un excelente pescado al horno; con el poeta Bruno Tolentino aprendí que es necesario cortar la col bien delgadita, de lo contrario ella no se casa muy bien con la feijoada (hicimos juntos por lo menos unas cuatro feijoadas); con Guttenberg, amigo de Hilda y profesor de la USP, finalmente descobrí como se hace un buen café; con Chico (el casero) me dí cuenta de que realmente hay gente comiendo ratas (al horno) en el sertão de Brasil y que no hay nada mejor que un “zoião” frito; y, finalmente, con Hilda… carajo, con Hilda no he aprendido cosa alguna, pues ella no sabía siquiera freir huevos, o sea, no sabía hacer siquiera un zoião

De lo restante hablaré después….

Passando dos milRebasando los mil miembros

A comunidade orkutiana Comédia da vida universitária!, dedicada a meu livro, já está com 1006 membros. Obrigado a todos pelo apoio.
La comunidad Comedia de la vida universitaria! (Orkut), dedicada a mi libro La Tragicomedia Académica, ya rebasó la cifra de mil miembros. Gracias a todos por su apoyo.

Julio D. Borges, Pedro S. Câmara e euzito

Em 1997, um relâmpago de indignação cruzou o céu nublado da vida universitária brasileira. No Rio de Janeiro, Pedro Sette Câmara quase foi linchado (leia aqui) ao divulgar seu artigo onde provava que os politicamente corretos da Semana da Consciência Negra é que se comportavam como racistas. Em São Paulo, Julio Daio Borges publicava seu desabafo-manifesto “A Poli como Ela é“, causando polêmica entre seus colegas e professores e o reconhecimento quase solitário do jornalista Luis Nassif. Quanto a mim, em Brasília, eu finalizava o livro A Tragicomédia Acadêmica – Contos Imediatos do Terceiro Grau, iniciado em Outubro de 1996, que não foi senão minha vingança literária contra a modorra e a alienação que nos são incutidas pelas universidades (estudei em três delas).

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