Uma das melhores coisas de encontrar um Sentido pra vida conectado a uma Visão de Mundo, digamos, ampla e irrestrita – :)) – é perder totalmente o medo do sobrenatural. Já me reencontrei com a Hilda e com o Sandro – ambos falecidos este ano – e foi do caralho. Já estão se recuperando do baque. Como já dizia Wittgenstein, “a morte não se vive”.
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Esse é o Labyrinthos, blog do meu amigo Daniel Christino, o figura com quem tive minha primeira polêmica acadêmica. (Nem me lembro mais qual…) Hoje, claro, ele é professor de filosofia na ALFA.
Amigos, estive afastado da vontade de escrever desde o suicídio do músico e compositor Sandro Soares, meu cunhado, em São Paulo, no dia 14/05. Foi uma perda e tanto, o cara era fera. Para quem quiser entender os motivos que o levaram a tal ato extremo, sugiro a leitura de “O tempo dos assassinos”, ensaio de Henry Miller, a partir dos casos de Van Gogh e Rimbaud, sobre essa época tardia da Cultura que estrangula e leva ao desespero boa parte de seus talentos.
Como já me dizia o Dérço, peão da fazenda da minha avó, quando eu era uma criança paulista ET em visita a terras goianas: “Urim, quem pranta, cói…”
Uma anotação minha de 1999, escrita durante a guerra na Iugoslávia: “Acho que encontrei não o lema exclusivo dos EUA – como muitos irão pensar – mas de toda e qualquer nação: Tudo vale a pena se a Arma não é pequena”.
É incrível como tem gente que perde seu tempo entrando num site apenas para fazer comentários mal-educados e grossos. Em geral, fazem isso cheios de indignação, querendo nos dar “uma lição”. Como se eu fosse aprender algo de quem é capaz de entrar na minha casa e cagar no meu tapete… Se não concordam com o que lêem, deveriam ao menos ter a delicadeza de serem racionais. Ó, emoção! Única razão dos tolos! (Palavra de quem já foi tolo.)
Já que curto mesmo brincar com essas coisas, vou verificar se esse negócio de numerologia tem alguma coisa a ver mesmo. Jorge Ben mudou para Jorge Ben Jor porque a somatória deste dá 11, um número fodão. (Jorge Ben dava 4, um número fodinha.) O yuri vieira dos santos, que também dá 11, foi yuri v. santos por algum tempo, que dá 3, e agora voltou a ser 11, só que assinando apenas yuri vieira. (Talvez o Ryoki Inoue, meu primeiro editor, estivesse certo nesse ponto – ele não gostava do trocadilho “yuri vê santos”.) E só.
Observando “noveleiros” da minha família e amigos — a própria Hilda Hilst adorava uma novela — percebi que, no fim das contas, para eles novela não é senão um jogo de futebol mais longo e complexo. Mesmo quando a novela vai mal das pernas, quando as reviravoltas e peripécias são inverossímeis, continuam lá, firmes, assistindo e torcendo para uma melhora do enredo. Reclamar reclamam, mas não arredam pé da frente da TV. (Hilda, por exemplo, fazia críticas e comentários impagáveis. Por conta disso cheguei não exatamente a assistir com ela uma novela, mas a assisti-la assistindo uma novela.) Enfim, reclamam, criticam, mas continuam cheios de esperança. Não é este exatamente o comportamento dos torcedores de futebol?
Pois é, hoje é seu aniversário, Hilda. Parabéns! Foi bom finalmente sonhar com vc após seu passamento.
Ronaldo Roque me enviou um site com algumas piadas de comunista bem engraçadas. Resolvi adaptar uma delas (Nº 95) em homenagem ao governo petista:
O orador começa a enumerar as conquistas da “Agenda Positiva”:
— Na cidade X foi criado um assentamento modelo para o MST…
Uma voz da sala:
— Acabei de vir de lá. Não existe por lá nenhum “assentamento modelo”, apenas uma favela rural!
O orador continua:
— Na cidade Y o Fome Zero é um grande sucesso…
A mesma voz: — Estive lá a semana passada. Apenas dez pessoas receberam o cartão, o resto dos cartões desapareceram!
O orador não se contêm:
— E o Sr., camarada (vou manter “camarada”, mais esclarecedor que “companheiro”), deveria ouvir mais o programa de rádio do Lula e parar de bater pernas por aí!
Para quem acha que o governo segue uma política econômica avessa ao socialismo, saiba que Lenin fez exatamente o mesmo que Palocci vem fazendo: manteve a economia saudável e o mercado livre enquanto, por baixo dos panos, o verme político ia comendo tudo. Até que…