Este site, que costuma receber em média 1000 visitas/dia, de repente passou a receber mais de 2000/dia. Ontem chegamos a 3000. Humm. (Cofiando o cavanhaque.)
Categoria: Umbigo Page 8 of 37
Pra quem não sabe, esse é um feitiço básico que aprendi na infância – não me lembro se em São Paulo ou se com meus primos no Rio de Janeiro – utilizado para azedar os planos alheios. Hehe, costuma dar certo…
No dia 15 de Setembro, a jornalista italiana Oriana Fallaci encerrou sua missão: partiu desta pra melhor. Bom, melhor em termos, vá lá saber o que é o pós-vida de uma atéia honesta e corajosa, talvez ela preferisse ter deixado de existir, sei lá, mas… enfim, a mulher trabalhou muito por aqui entrevistando, conforme diz a revista Época citando a própria, “os filhos da puta estúpidos que mandam em nossas vidas”. (Faltou entrevistar o Chávez e o Lula, provavelmente.) Eu a li pela primeira vez ainda garoto graças à coleção de revistas Playboy que meu pai mantinha. Sempre que rolava uma entrevista com algum ditador, terrorista, líder revolucionário, aiatolá e assim por diante, lá estava a assinatura dela: Oriana Fallaci. Uma mulher de fibra que, ainda pré-adolescente, participou da resistência florentina contra os alemães na Segunda Guerra. Indignada com a violência e com os ataques à liberdade, tornou-se correspondente de guerra e, por fim, uma entrevistadora que parecia jogar pimenta na cara dos entrevistados. Há uma entrevista com ela, na revista Época, concedida ao jornalista dinamarquês Flemming Rose, o editor do Jyllands-Posten, o mesmo que lançou o concurso de caricaturas de Maomé. Sim, porque seus últimos três livros são alertas contra a islamização da Europa que, conforme me disse o Olavo de Carvalho outro dia, foi prevista por Frithjof Shuon, discípulo de René Guénon, ainda no início do século XX. (Citei alguns dos artigos da Oriana sobre o mesmo tema, por ocasião dum comentário do jornalista Janer Cristaldo.) Bom, leia este trecho da entrevista publicada pela revista Época:
Rose – Você se encontrou com o Papa Bento XVI no ano passado. Sobre o que vocês conversaram?
Do meu amigo José Luis Mora Fuentes, responsável pela Instituição Hilda Hilst:
A Casa do Sol, sede da Instituição Hilda Hilst, foi construída pela escritora em 1966. Trata-se de uma construção diferenciada, estilo colonial mineiro, com 700m2, rodeada por árvores e um paisagismo diferenciado num terreno de 12.000m2. Foi aí que a escritora viveu por quase quarenta anos e onde realizou praticamente 80% do seu trabalho.
É Patrimônio Cultural que deve ser preservado.PARTE DA MADEIRA E MÓVEIS QUE COMPÕE A CASA DO SOL VEM SENDO DEVORADA POR… CUPINS!
O post do Yuri sobre o demônio do Lula querendo acordar e o do Paulo reproduzindo o artigo do Reinaldo Azevedo sobre “Origens do Totalitarismo” primeiro me deprimiram, depois me deram uma preguiça danada.
Aí fiquei pensando pra onde vou me mandar na hora em que essa escumalha fechar o Congresso e começarem os fuzilamentos. Até troquei uma idéia com o Paulo sobre o assunto e chegamos à conclusão de que primeiro nos exilaríamos nos Estados Unidos só de implicância. Eu faria até um discurso exaltando o capitalismo, o que não combina comigo, antes de levantar o dedo e bater a porta atrás de mim. Depois, provavelmente iria para Buenos Aires tirar onda usando meu cachecol com ar blasé, tomando mate e fazendo de conta que lia Ernesto Sábato em bancos de parque, enquanto remoía meu ódio e me autoflagelava por já ter dito palavras como “neoliberal”, por ter feito parte de uma chapa do DCE e, pior, por ter digitado 13 duas vezes em 2002.
Mas depois fiquei racional e lembrei que o verdadeiro equilíbrio do poder aqui, o fiel da balança desta pobre democracia, não está nos checks and balances e blá blá blá, mas em que tem o cacete guardado, isto é, nos milicos. Essa escumalha do PT e o demônio do Lula só podem aprontar qualquer aventura deste naipe se os militares concordarem em ficar quietos nos quartéis ou até em sair de lá para ajudar a fechar o Congresso. Se não, não vai.
Eu queria saber um pouco mais sobre o perfil dos comandantes das forças armadas e sobre as idéias que circulam pela caserna hoje. Eu acho que, neste segundo mandato, se esta turma do PT sentir que tem suporte dos tanques, o bicho pega. Mas eu acho que não tem. Acho que os milicos, para o nosso bem, não se aventuram.
Por via das dúvidas, vou reforçar os contatos com meus amigos nos EUA e na Argentina e mandar lavar meu cachecol.
No último final de semana, enquanto eu discutia a relação com Pelagia, my wife – além de bons argumentos tive de usar dos meus poderes de metamorfose e provar que sou apenas um príncipe convertido em sapo (e não o contrário) – recebi uma mensagem do Daniel Ahmed, avatar do colaborador deste blog, o professor de filosofia Daniel Christino. Depois de acertar nossas diferenças – Pelagia perdoou minha infidelidade e reatamos – fui me encontrar com Ahmed que, segundo imaginei, deveria estar em algum anfiteatro grego dialogando socraticamente com algum alemão. Qual nada! Ele estava no Barbie Club – acho que é esse o nome – dialogando platonicamente com uma stripper norte-americana. Veja as fotos do nosso primeiro encontro:
Quem conhece o Daniel Christino – tal como o Yuri Vieira – verá que há grande semelhança entre ele e seu avatar. Veja mais de perto:
DOS PARICIPANTES DO 4º FORUM MUNDIAL DE UCRANIANOS (KYIV,24.08.06) PARA A COMUNIDADE INTERNACIONAL, GOVERNOS E PARLAMENTOS DOS PAISES DO MUNDO, INSTITUIÇÕES MUNDIAIS
A Grande Fome (Holodomor) de 1932-33 na Ucrânia não é um simples passado histórico, é antes de tudo uma maciça ação terrorista do regime comunista contra a pacífica população, a qual não possui características de antiguidade e de esquecimento.
Foram 10 milhões de ucranianos mortos pela fome artificialmente organizada, a fim de um criminoso objetivo político – enfraquecer e destruir a laboriosa e amante da paz classe camponesa, a base social da nação ucraniana.
Essa tragédia espanta não tão somente pelo número de suas vítimas, principalmente entre as crianças. Espanta, antes de tudo, pelo frio, criminoso e insistente silenciamento, negação do acontecido, motivados pelos princípios ideológicos e políticos. Os ucranianos assassinados nunca foram reconhecidos pelo regime comunista como vítimas do terror político.
Amnésia moral de certas forças políticas, que herdaram a criminosa ideologia comunista, retardam o reconhecimento da Grande Fome de 1932-33 como genocídio do povo ucraniano. O número de testemunhas do crime está diminuindo, ficando como prova documentos; a memória histórica está se apagando; sobrando nos cemitérios placas e, destruídas pelo tempo, as cruzes de madeira.
Eu tinha uns 11 anos de idade quando nossa linda professorinha de inglês — lá no Colégio Spinosa, em São Paulo — teve a ótima idéia de nos fazer cantar I’s raining again, do Supertramp. A princípio, com a letra em mãos, parecia uma tarefa impossível. Mas ela conseguiu: no final da aula já éramos um côro infantil afiadíssimo. Tanto que o todo-poderoso e temido Marco César Spinosa, capitão-aviador reformado e diretor do colégio, veio à nossa sala presenciar o fenômeno. Todos se calaram e ficaram de pé. A professora ficou branca, sem saber se receberia ou não uma bronca. Já o Marco César, na época ainda solteiro, cravou uns olhos inesquecíveis sobre a linda maestra e nos mandou continuar. Pintou um clima. Toda a sala percebeu e as risadinhas das meninas foram constrangedoras. O diretor, um ex-militar, era fã de hinos e estava sempre nos fazendo cantar o Hino à Bandeira, o Nacional, o da Independência, do Aviador, da Proclamação da República, etc., etc. Mas ele nunca vira seus alunos cantarem em inglês. Seus olhos brilhavam. Ah, as mulheres…
Oh, está chovendo de novo,
Oh não, meu amor está acabando
Oh não, está chovendo de novo
E você sabe que é difícil fingir.Oh não, está chovendo de novo
Muito ruim, estou perdendo uma amiga
Oh não, está chovendo de novo
Oh, meu coração vai se consertar?
Meu amigo Ricardo Calaça, antropólogo e documentarista com quem dividi um apartamento na UnB, pode ter, na minha humilde opinião, péssimas opiniões políticas – acha que o Evo Morales está certo em roubar a Petrobrás, que devemos votar nulo, que os EUA são uns imperialistas do mal, etc. – mas é impossível negar: o Ricardo é um ótimo patafísico. Na Unb, por exemplo, ele vivia esquecendo o leite no fogão. Várias vezes, ao sentir cheiro de gás, tive de descer do mesanino para desligar a boca cujo fogo já havia sido apagado pelo leite derramado. Eu não ligava muito quando o leite era dele. Mas ficava grilado quando era comprado em sociedade. Um dia, ele fez de novo: quase metade do leite fugiu pelas bordas da leiteira, apagando novamente a chama. E olha que eu acabara de dizer: “Ricardo, deixe esses discos e não se esqueça do leite que você botou pra ferver, cara. Que mania de leitinho quente..” Depois, ele já botando o leite que sobrou numa caneca e eu puto de raiva: “Pô, meu, precisa ferver o leite? É pasteurizado, não é de fazenda.” E ele, com aquele seu sorriso cínico típico: “Yuri, você não entende nada de leite, rapaz. A gente precisa deixar derramar sempre. Você e a indústria dos laticínios acham que os germes morrem com a mudança de temperatura, mas eles morrem mesmo é na queda…” E tecia mil teorias a respeito da enorme altitude que a lateral duma leiteira tem diante das pequeninas bactérias e semelhantes.
Pois é, lembrei desse caso porque, neste último final de semana, as bactérias voltaram à baila.
Meu avatar já mergulhou tanto no Second Life que o perdi de vista. Mas descobri hoje que ele e o colunista oficial do Linden Lab, Hamlet Au – aliás, avatar do jornalista Wagner James – já andam trocando informações, tanto que no final do blogroll dele você encontratá um link para este blog em nome do meu avatar, que nem sequer me pediu licença. É o primeiro blog brasileiro com uma seção voltada exclusivamente àquele mundo virtual. Ao menos segundo o Hamlet. Esse avatar ainda vai acabar se dando melhor do que eu…