blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: extraordinárias Page 6 of 10

As Minas dos 4 Mineiros


Eu e os 4 Mineiros

Há algumas semanas, eu e Juliana, minha mulher, fizemos uma bela viagem pelas Minas Gerais dos quatro amigos. Fui correr a Volta da Pampulha, tradicional prova de corrida de rua em Belo Horizonte, e depois relaxamos por uma par de dias nos mil becos de Ouro Preto, seguindo então para a paisagem espetacular do Caraça.

Hoje uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, o Caraça foi, até a década de 1960, um rigoroso internato católico, tradicional escola das Minas Gerais.

O bibliotecário de Alexandria

Uma amiga me contou que, anos atrás, costumava despertar fora do corpo, isto é, “sofria” projeções astrais espontâneas e involuntárias. (Sim, no jargão da psicologia, alucinações.)

“Que demais!!”, eu disse.

“Demais nada, quase morria de medo…”

E descreveu o pânico que sentia cada vez que isso rolava e a ansiedade que ia nutrindo por acreditar que enlouquecia, por achar que estava perdendo seus parafusos um a um. Nessas ocasiões, nunca saía de seu quarto e muito menos de perto da cama. Fechava os olhos e rezava para voltar ao aconchegante corpo.

“Ai, era horrível!”

Mas um dia, abriu os olhos e viu um desconhecido em seu quarto, parado bem aos pés da cama: “E aí? Quer ir comigo na Biblioteca de Alexandria?”

“E você foi?”, perguntei eu, empolgadíssimo.

Descansem em paz

Esta comunidade orkutiana eu vi por acaso no blog de uma figura bonita, “chata e neurótica”. Chama-se Descansem em paz e traz listas com os perfis de membros do Orkut já falecidos. Sinceramente, não acho mórbido não. Se a Hilda Hilst estiver correta e a transcomunicação for algo banal para quem está do lado de lá, taí uma boa maneira de mandar uns recadinhos… (Entre nos perfis de algumas dessas pessoas e veja como a galera já está botando a idéia em prática.)

A visitante do planeta X

A Visitante do Planeta XEntre 1997 e 1999, publiquei crônicas mensais na revista Guia da Farmácia, da ABAFARMA (Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico), editada pela Editora Price e com distribuição nacional. (Cada farmácia associada recebia ao menos um exemplar.) Eu ainda não encontrei os disquetes com as cópias desses textos, mas, como venho dizendo ao longo desta semana, a cada dia me deparo com algo novo nas caixas que havia deixado aqui em São Paulo. Hoje encontrei algumas provas gráficas dessas crônicas em papéis do tipo Imation Matchprint, gentilmente cedidas, na época, pelo Rogério Franco, sócio da editora. Seria muito melhor, claro, se eu transcrevesse texto por texto para o site. Mas estou morreeeeeendo de preguiça de tal trabalho mecânico. Por isso, por enquanto, me limitarei a escolher algumas e colocar suas cópias escaneadas neste blog. A primeira se chama A visitante do planeta X e foi publicada na edição de Julho de 1998.

Um planeta vizinho

Já que a Lu ET anda me fazendo certas perguntas via email, vou sugerir a leitura deste texto dos mais interessantes: O Governo em um Planeta Vizinho. Claro que meus amigos que pregam o uso do Estado como remédio para todos os males iriam gostar desse texto mil vezes mais do que eu, que sou ligeiramente anarquista (na verdade, libertarian). Mas como ter certeza disso se são tão preconceituosos com a fonte desse texto?

A previsão de Jung

“Pouco antes de sua morte em 1961, C.G. Jung teve uma série de visões de uma futura grande catástrofe. Segundo Marie-Louise von Franz, que manteve a custódia das anotações e cartas relativas a essas declarações, Jung viu uma catástrofe de extensão global, possivelmente da natureza de um abrasador holocausto, a ocorrer nos próximos cinqüenta anos (isto é, por volta de 2010).”
(Do livro Jung and the Lost Gospels, de Stephen Hoeller, citado por J.R. Nyquist.)

O Inferno

Minha amiga ET não é a única a afirmar ter sido extinto o inferno. Um estudante de química da Universidade de Washington tem lá sua explicação que prova a mesma coisa…

Médium?!

“Aí por fim de março (se não me engano) comecei a ser médium. Imagine! Eu, que (como deve recordar-se) era um elemento perturbador nas sessões espíritas que fazíamos, comecei, de repente, com a escrita automática. Estava uma vez em casa, de noite, vindo da Brasileira, quando senti a vontade de, literalmente, pegar numa pena para fazer rabiscos. Nessa sessão comecei a pôr a assinatura (bem conhecida de mim) ‘Manoel Galdino da Cunha’. E nem de longe estava pensando no tio Cunha. Depois escrevi uma coisa sem relevo nem interesse nem importância. De vez em quando, umas vezes voluntariamente, outras brincando, escrevo.”
(Fernando Pessoa, em carta à sua tia Anica, 1916. Citado por Jorge Rizzini, no livro Escritores e Fantasmas.)

Uma carta de Yeats

“James Joyce e D.H.Lawrence… quase restauraram para nós a simplicidade oriental, nunca romantizando os seus textos com palavras como ‘fogo essencial’, ‘escuridão’, etc., e Joyce nunca se afasta do sentido católico do pecado, do qual Rabelais parece escapar pela sua vasta energia. E, no entanto, por que não seguimos Swedenborg literalmente e pensamos que atingimos, em contato parcial, aquilo que os espíritas sabem por si próprios? Em certo passo o filósofo descreve-nos o encontro de dois espíritos que, ao tocarem-se, se transformam numa comunhão. As suas visões podem ser verdadeiras. As de Newton, não.”
(William Butter Yeats em carta dirigida a Olívia Shakespeare.)

Ayahuasca 2

Outra coisa que percebi é que o, digamos, “índice de expelição e excreção” do “usuário” é diretamente proporcional ao seu nível de ceticismo. Quanto maior for sua aversão à ação de um poder transcendental em sua vida, mais volumoso será o chamamento do Hugo (ou Juca). Claro, isso também tem a ver com seu atual estado de pureza moral. Mas um amigo meu, por exemplo, engenheiro, cético até mandar parar – embora uma pessoa boa, justa e honesta – emitiu substâncias, segundo ele mesmo, por todos os orifícios do corpo. Vomitou, babou, chorou, suou, teve defluxo, mijou, cagou, derramou cera dos ouvidos e até soltou caspa. Ayahuasca é uma experiência de quase-morte. Não é curtição. Segure na mão de Deus e vá…

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