blog do escritor yuri vieira e convidados...

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Felicidade

O sol se põe por trás de nuvens negras, carregadas, emitindo reflexos vermelhos, dourados. No parque, alguns caminham, fugindo do enfarte. Quanto a mim, deixo o shopping com três livros na sacola plástica, trocados por um vale-presente: “Maigret e o homem do banco” (Simenon), “O coração das trevas” (Joseph Conrad) e “Meia vida” (V.S.Naipaul). Não é isto a felicidade?

A fuga

“A fuga dos intelectuais para a solidão do ermo é a marca das épocas em que o mundo cai: orbis ruit.”
Jakob Burckhardt

Chico Xavier e o LSD

Depois de ler uma biografia do Albert Schweitzer, decidi ler a de Chico Xavier, escrita pelo jornalista Marcel Souto Maior. (Atenção: não sou espírita.) A fé e o espírito caritativo do médium estavam dentro do que eu esperava. (O cara era praticamente um santo.) Suas experiências sobrenaturais estavam acima das minhas expectativas. (Sua infância foi muito mais dramática que a do garoto do filme O sexto sentido. Suas experiências psíquicas, puro realismo fantástico. Sua juventude e vida adulta, pura ralação.)

Agora, o que realmente me espantou foi esta informação: “Em outubro de 1958, Chico tomou uma decisão surpreendente: iria experimentar o ácido lisérgico. Perguntou a Emmanuel (nota: seu guia espiritual, desencarnado) se ele poderia fazer a experiência com amigos de Belo Horizonte. O guia se ofereceu para promover a “viagem” “.

As armas

“As armas são instrumentos desastrosos e não são ferramentas apropriadas para um nobre ser. Só quando não pode evitá-lo é que faz uso delas. Para ele, a calma e a paz são os dons mais altos. Pode vencer, mas não tem nisso nenhum prazer. Quem quer que se regozije com a vitória pode regozijar-se também com o assassínio. Na celebração de uma vitória, o general deveria agir como se assistisse a um funeral.”
Lao Tsé

Por que escrevo

Escrevo porque são palavras, se fossem apenas sons, musica-los-ia…

A dualidade

“O destino contra a liberdade, ou o determinismo contra a volição, eis a eterna dualidade da estrutura mental do homem.” (Arthur Koestler, O Iogue e o Comissário.)

Triste renúncia

“Vivemos num mundo secular. Para adaptar-se a este mundo a criança renuncia ao seu êxtase.” (R.D. Laing)
“L’enfant abdique son extase.” (Mallarmé)

Lupasco

“La realité de l’âme est tissé avec les fils du rêve. Le phénomène psychique est l’essence même de l’art.”
(“A realidade da alma é tecida com os fios do sonho. O fenômeno psíquico é a essência mesma da arte.” Lupasco)

O belo

“Em arte, belo não é sinônimo de bonito. O artista procura, com a verdade, o que é característico. A expressão estética dessa verdade – bonita ou feia, elevada ou baixa, nobre ou sórdida – é que é a beleza em arte.” (Álvaro Lins)

O mal

Segundo o psicólogo Otto Rank, a dinâmica do mal é a tentativa de fazer o mundo ser diferente do que é, de fazer dele o que ele não pode ser, um lugar livre de acidentes, um lugar livre de impurezas, um lugar livre da morte.

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