blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: junho 2002

Un cuento en español

Ezequiel Masis, columnista del suplemento literario del diario La Prensa (Nicaragua), me ha escrito unas palabras muy amables. No me acuerdo si ya le dije a él, pero estoy con ganas de hacer una versión en español de este sitio. Para sembrar tal idea, empezaré poniendo aqui un cuento (de 1998) que escribí originalmente en español. Llamase “Fin del Mundo“. (No es gran cosa, tiene muchos errores, pero…ahí va!)

Mais um texto e mais…

Tentar sobreviver como escritor neste país é ridículo. Acho até que vou começar a usar um macacão tipo fórmula 1, cheio de anúncios publicitários. Se é possível escalar montanhas com patrocínios, por que não o seria escalar livros?

Bom, esta entrada é apenas para anunciar que coloquei uma carta de amor nos “textos seletos“.

Aos que me escreveram perguntando sobre minha amiga extraterrestre, por enquanto basta saber que é uma velhinha de setenta anos de idade – casada com um cara de vinte e cinco – ambos donos de uma padaria numa cidade do interior. Ela afirma ser uma “entrante” e me conta os “causos” mais improváveis. Alguns amigos me dizem que ou ela é louca ou é muito esperta. Eu a acho uma grande personagem. Logo mais falarei sobre ela.

Sobre eBooks

Ontem, falei ao telefone com uma amiga que, apesar de ter “adorado” os primeiros capítulos do meu livro L.S.D.eus, acredita que só terá saco para lê-lo até o fim se o imprimir, uma vez que “ler no computador é muito chato, muito cansativo“. Bom, claro que não é má idéia imprimir o texto, mas, se a gente fosse fazer isto pra todo texto interessante que encontra, haja tinta, haja papel. Eu também concordo que ficar sentadão de frente pro computador – com as pernas esticadas cheias de sangue parado, a coluna torta – pode ser bem extenuante, principalmente para escrever. (Eu, por exemplo, arranjei uma cadeira onde posso ficar sentado de joelhos – provavelmente por algum tipo de atavismo – feito um japonês no ritual de chá. Um dia ainda compro um tatami e um notebook. Uma rede – de deitar, não uma LAN, de deitar mesmo – também funciona, tipo Gilberto Freyre.) Mas não acho que, para ler, seja tão ruim assim. Quem gosta de ler lê até de ponta-cabeça, sem falar que, para as novas gerações, um computador pode até ser mais comum que um livro. Eu – que leio na tela desde meu pré-histórico CP400-color – já cheguei a ler livros de 400 páginas na tela(PDF), como aquele que citei noutra mensagem, “El Mandril de Madame Blavatsky – Historia del Guru Occidental” ou “A Autobiografia de um Iogue Contemporâneo”, do Yogananda. Mas mal posso esperar o momento de poder comprar um PalmTop, um HandHeld ou um desses livros eletrônicos, como o coreano HieBook. Num aparelho desses você pode armazenar toda uma biblioteca. Imagine, viajar com 300 livros ocupando o espaço de um só! Os indecisos, claro, voltariam sem ter lido nada, mas… Enfim, quem quiser mais informações sobre eBooks, programas e aparelhos leitores, visite a eBooksBrasil.com. É possível começar lendo Shakespeare ou, se for adepto do pop, o último episódio de “A Caverna do Dragão“.

P.S.: esse cinco a dois foi demais!

Liga contra o futebol

Um escritor pode tratar de todos os assuntos. E pode ser falível em boa parte deles. Lima Barreto, por exemplo, foi um grande escritor, mas não deixou de dizer umas coiselhas a respeito do futebol em si que – por mais que ainda concordem com ele certos inimigos desse esporte – hoje, após o pentacampeonato, soam cômicas, quase patéticas. Porém, como disse, era um grande escritor e não pôde deixar de prever grande parte do que hoje desembocou na CPI do futebol. Veja por si mesmo.

O guru ocidental

Jiddu KrishnamurtiLi recentemente o livro El Mandril de Madame Blavatsky – Historia del Guru Occidental, de Peter Washington, e reforcei minha impressão de que essa onda de grupos “esotéricos” e de sociedades mais-ou-menos-secretas é bem mais que uma moda surgida de tempos em tempos nesse mundinho. Trata-se antes de verdadeiras batalhas – travadas mais por homens de grande vontade que por homens de grande espírito – pelo domínio das consciências de determinados grupos. Poucas são as exceções, tais como um Krishnamurti, por exemplo (foto). E é incrível como, ao tentar se isolar dos males do mundo externo, quase todo grupo ou comunidade se esfacela em mil e um conflitos internos, refletindo em seu microcosmos o drama macrocósmico exterior. Como já concluía o Riobaldo no Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa):

“Às vezes eu penso: seria o caso de pessoas de fé e posição se reunirem, em algum apropriado lugar, no meio dos gerais, para se viver só em altas rezas, fortíssimas, louvando a Deus e pedindo glória do perdão do mundo. Todos vinham comparecendo, lá se levantava enorme igreja, não havia mais crimes, nem ambição, e todo sofrimento se espraiava em Deus, dado logo, até a hora de cada uma morte cantar. Raciocinei isso com compadre meu Quelemém, e ele duvidou com a cabeça: – ‘Riobaldo, a colheita é comum, mas o capinar é sozinho…‘ – ciente me respondeu.”

Crítica à mensagem anterior

Meu amigo Daniel Christino – professor de filosofia com quem ainda mantenho construtivos “arranca-rabos” – me enviou uma crítica bem interessante a respeito do que falei sobre a lei 10.454. O que eu disse, apesar de escrito de supetão e com certas incorreções, pode se resumir nesta minha opinião: os capitalistas brasileiros – esses ocultos detentores da bufunfa – morrem de medo de arriscar sua grana em nosso cinema. Quando digo arriscar quero dizer isso mesmo: tentar obter lucro sob o risco de não consegui-lo. Não estou falando de filantropia, e muito menos extrapolei a área cinematográfica. Aliás, num país com impostos tão elevados como o nosso, qualquer empreendimento torna-se um risco elevado ao cubo em comparação com outros países onde a tributação é racional.

Também sei que o governo realmente gasta muito com publicidade. Aliás, uma ex-namorada minha de São Paulo – que trabalhou na campanha do Fernando Henrique – me contou como a produção do comercial sobre Itaipú teve de se virar com computação gráfica para aplicar “fios de alta tensão” nas nuas torres de transmissão filmadas, dias antes, numa tomada aérea. Tudo para mostrar aquilo que o governo havia… feito. Sim, o governo gasta muito com publicidade. Mas não são os únicos clientes.

Uma lei muy amiga…

Eu, como roteirista, deveria achar uma maravilha a tal lei 10.454 recentemente sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Sim, pois além de a dita cuja elevar o teto da Lei do Audiovisual (de R$ 3 milhões para R$ 6 milhões) e da Lei Rouanet (vai para 95% do valor total aprovado), ainda estabelece um certo Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica), que irá taxar, com alíquota de 11%, as remessas ao Exterior de lucros com a exploração de obras cinematográficas e videofonográficas no Brasil. Claro que, não sem razão, muitas distribuidoras internacionais atuantes no País já estão apelando à Justiça. À primeira vista pode parecer justo querer dificultar o domínio desses blockbusters americanos sobre nossas imaginações. Mas quem vai ao cinema assistir a todos esses shows pirotécnicos de milhões de dólares não vai forçado. Vai porque quer, vai porque é livre para decidir o que fazer com seu dinheiro. (Aliás, fazer o quê se os americanos são bons para entreter? Resposta: entreter.)

E o improvável acontece no BBB

Quem assistiu ao chatérrimo Big Brother Brasil de Segunda-feira acabou surpreendendo-se com um fato dos mais arrepiantes: a tal Cida ouviu a voz de sua irmã – falecida havia pouco – despedindo-se dela!! Leia aqui.

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