blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: abril 2005 Page 1 of 5

Picasa 2

Eu já tinha visto a propaganda no Orkut, mas não tinha me interessado. Sin embargo, depois de ver esse software em ação, lá no apê do meu bróder Paulo Paiva, resolvi fazer o teste. O mais impressionante é a facilidade de selecionar fotos para enviá-las via email. Para quem tem o Gmail então, carácoles! Já cheguei a enviar um email de 30Mb só de fotos. E rapidinho.

Cu do capeta

Vó MariaNão sei se você conhece o Cu do Capeta. Foi minha Vó Maria quem me informou sobre sua existência. Minha avó materna é uma camponesa típica. Nasceu, cresceu, amadureceu e, hoje, envelhece numa fazenda. Tem quase noventa anos, anda escorada num cajado e diminuiu tanto que já parece um duende, um leprechaun. Em sua casa, cada vez que um objeto desaparece, é porque ele está “socado no cu do capeta”. E de nada vale lhe explicar que, segundo Stephen Hawking, não existem, como se imaginava, os tais buracos-negros absolutos. Algumas coisas podem ir até eles e voltar. “Não do cu do capeta”, diz ela.

União

Escreveu Mário Ferreira dos Santos: “A lei não nos une porque decreta a nossa união. O Estado moderno é uma abstração dentro da sociedade, e não é um organismo. É apenas uma máquina. Falta-lhe a vida. Se fosse a sociedade organizada, seria ela mesma. Só então o Estado seria a sociedade. Por mais que alguns queiram, a polícia não é um substituto de Deus, nem a lei decretada pelos poderes constituídos a lei que brota dos corações e da inteligência. Tudo isso é uma mentira que custará muito caro aos homens, como já vem custando. O Estado moderno conseguiu realizar mais uma brutalidade, e nada mais. É preciso que surja espontaneamente o que une, como surge o amor de mãe e filho, a amizade entre os indivíduos humanos. Não se decretam simpatias.” (in Filosofia da Afirmação e da Negação.)

Quase hacker

Já estou me sentindo praticamente um técnico em informática. Eu já havia trocado – de diferentes computadores – placas de vídeo, rede, modem e som, drives de CD-ROM, disquete e Disco rígido ene vezes, mas nunca havia montado um PC inteiro do zero, tal como fiz ontem. Ligar a placa-mãe ao gabinete, instalar processador e cooler, conectar jumpers, mil e um fios e conectores, flats – puts! – nem sei como o bicho saiu vivo dessa história. (Ele respirou, juro.) Poxa, quando eu era moleque, eu tinha era um CP-400 Color, não precisava montar e desmontar o coitado. Em suma: já sei criar sites com diversos tipos de scripts… sei montar e configurar PCs… sou ótimo para recuperar dados perdidos… já instalei Linux uma vez num 486DX4-100… sou freqüentador do Astalavista… Próximo passo: virar um hacker! Ah hahahaha!!! (Para os entendidos: é claro que eu vou virar é um lammer, né…)

O Sr. Jorge Recóndito

O Sr. Jorge Recóndito é o cara mais chato, depressivo, negativo, sardônico e mal-humorado que eu conheço. Nos dias em que ele vem me visitar – puts! – ele me deixa arrasado. Hoje apareceu por aqui chutando os gatos da casa. Não consegue aceitar bichinhos que não sabem senão comer, ronronar e se meter por entre as pernas dos que caminham cheios de raiva contra as circunstâncias. Sim, o Sr. Recóndito já tentou o suicídio duas vezes. Com uma arma e com o zen-budismo. Este último quase logrou matá-lo, mas não foi possível: o Sr. Jorge Recóndito, embora culto, é casca grossa. Como poderia lhe agradar a idéia de atirar seu ego no vazio se tudo o que mais quer é que lhe prestem culto?

Droga pesada

O café tornou-se, para mim, uma droga das mais pesadas. Não posso tomar uma xícara sequer, diante da Internet, que já começo a enviar emails idiotas para Deus e o mundo. Bem-feito pro Yuri, quem mandou ele exagerar nas experiências psicodélicas? Subir uma escada em casa, depois de haver escalado dez picos no Nepal, dá uma canseira dos diabos…

Publicidade

Eu sempre tive vontade de andar por aí, mesmo a pé, vestido com um macacão de Fórmula 1, cheio de publicidade, e um capacete com a inscrição “escritor”, afinal, é preciso sobreviver. Mas não daria certo: pouca gente me veria, já não sou tão rueiro. Eu já havia tentado vários sistemas de troca de banners, e inclusive correr atrás de patrocínio, mas também me cansei. Ou a gente se vende, ou escreve. Em seguida, pensei em colocar o AdSense no meu site, mas, no ano passado, pesquisei e li a reclamação da Cora Rónai em seu blog: a Receita Federal estava bloqueando os cheques da Google. Desisti de vez. Mas porém contudo todavia, outro dia, vi o Alexandre Cruz Almeida a dizer que os caras haviam liberado a bufunfa. Tornei ao AdSense. Veremos no que dá. E seguirei outros conselhos do figura: Livraria Cultura, Submarino, etc. Hay que enternecerse, pero sin dejar de vender jamás…


Mais fotos

Uma leitora me escreveu solicitando mais fotos minhas no site, já que me acha, digamos, bunitrinhu. Respondi que até poderei satisfazer sua vontade, mas que ela deveria me enviar, primeiro, fotos dela. Silêncio, nada de resposta. (!) Será que agi errado? Embora eu realmente preferisse fotos de biquini, não foi exatamente o que quis dizer. Apenas uma questão de reciprocidade, saca?

Para sempre?

O único lado positivo de uma doença incurável é que ela nos faz colocar em xeque a hipótese de que durará para sempre. Afinal de contas, pensa o enfermo, o que quer dizer esse para sempre? Até o fim da vida? E até onde vai a vida? Até o término do corpo?… Não, conclui, minha doença é incurável, mas não durará para sempre…

Cuma?

Deixa ver se eu entendi: os índios de Roraima querem reservas na forma de pequenas “ilhas”, objetivando não expulsar fazendeiros, cidades e escolas próximas. Um de seus representantes afirma que eles, os índios, “não querem voltar à idade da pedra”, querem manter o contato com a civilização, prosperar. Mas o governo federal enviará o exército para garantir que a reserva será uma enorme área apenas com índios, sem essa história de ilhazinhas… Humm… O governador do estado é contra essa atitude do governo federal, o prefeito do município local também e, segundo consta, idem os fazendeiros e demais habitantes não-indígenas. Ou seja, apenas o governo federal tem voz nessa história toda, e a imporá pela força, isto é, o povo X ESTADO. Significará isto que o totalitarismo, após invadir certas almas, começa a agir pelas bordas?

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