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Sugestão de livros

Agora você já pode acessar a seção “Sugestão de livros” deste site. Tencionei indicar apenas os livros que já li, mas decidi incluir também os que estou lendo e os que me foram sugeridos por pessoas cuja inteligência admiro, afinal, há um comissão em jogo aqui e o site precisa se auto-sustentar. (Os links remetem ao Submarino e à Livraria Cultura.) Os livros que já li contêm 5 estrelas no campo “avaliação”, independentemente da qualidade do livro, uma vez que há um problema desconhecido no sistema de classificação, sendo impossível dar quatro ou três estrelas. Tampouco encontrei nas livrarias online todos os livros que busquei, mas os que estão relacionados já são um bom começo. Incluirei textos de teatro assim que possível. (Shakespeare não pode faltar!) Em tempo: os livros não estão em ordem de preferência. Caso adquira algum livro, obrigado pelo apoio!!

Ofélia e Narbal

Quando li Coração de Onça – eu devia ter uns treze ou quatorze anos – eu acreditava que “e Narbal Fontes” fosse o sobrenome da tal Ofélia. Anos depois, li um artigo (no próprio livro, talvez) dizendo que Narbal era o marido de Ofélia e que ambos escreviam a quatro mãos, em capítulos alternados. Isso me deixou impressionado, sobretudo pela coerência da narrativa e pela invariância do estilo. Coração… é um bom livro de aventuras que, não sei por que cargas d’água, ainda não foi adaptado para cinema. Aliás, ele é todo cinematográfico: um rapaz sofre uma desilusão amorosa, entra para uma Bandeira, adquire bócio, é ferido num ataque de índios, perde-se nos sertões do Brasil, vai parar em Potosi, no Peru, onde fica rico com as minas de prata. É a mesma história de Camões: por almejar riquezas visando atrair o amor de uma mulher, o cara se mete em mil e uma roubadas. (Fim da semelhança com Camões.) Ao retornar à sua cidade natal, vinte anos depois, encontra a mulher que ama casada e com filhos. Mas porém contudo todavia, ela tem uma filha linda – muito parecida a si própria quando jovem – com quem ele se envolve. Parece uma novela de TV. Tudo para ser um sucesso. Mas ninguém ainda se tocou… Só que não era bem isso o que eu queria dizer. Minha intenção era apenas falar que deve ser um êxtase escrever um livro a quatro mãos com a mulher amada. Bem, se a afinidade for total, claro. Vai saber se eles não saiam no tapa a cada página…

Arma por livro

Numa bienal de livros, me deparo com estranho estande onde se vê um grande recepiente cheio de armas coloridas de brinquedo. Na entrada, a placa: “Troque sua arma de brinquedo por um livro”. Penso: será que essa gente realmente acredita que a violência brota dos objetos e não do obscuro interior humano? Realmente crêem que, tirando um brinquedo de uma criança, a tornará uma pessoa melhor? Não duvidaria nada se, em troca de uma pistola vermelha, cheia de luzes brilhantes, essa gente não daria um exemplar de O Capital pra molecada… Se eu fosse criança, teria ido até lá, com meu livrinho vermelho na mão, e exigido que o trocassem por uma arma laser. Armas de espuleta, de setas, etc. sempre foram meu brinquedo favorito e isso não me tornou um monstro ou uma pessoa violenta. Pobre gente de miolo mole! São todos tão cheios de boas intenções, tão convictos de que há um complô das armas – e só delas – contra a humanidade!

Simenon

Qualquer um que tenha, digamos, a ousadia de – após a publicação de seu primeiro livro – se auto-intitular escritor – eu por exemplo – não pode senão ficar envergonhado diante da informação de que Georges Simenon escreveu, ao todo, “75 romances e 28 contos com seu mais célebre personagem (Maigret), além de 120 romances psicológicos, 200 romances populares, alguns livros de memórias e inúmeros artigos jornal”. E o pior é que o cara recebeu a maior consideração da parte de seus colegas:

Livraria Cultura

Não sei por que cargas d’água eu não sabia que meu livro ainda estava à venda na Livraria Cultura. Quem quiser adquiri-lo basta clicar neste link. Ande rápido, porque devem haver poucos exemplares. (Devo dizer que se trata da primeira edição d’A Tragicomédia Acadêmica, de 1998. Quem sabe um dia não se torne uma raridade? Santa pretensão, Batman..)

Mário Ferreira

Estou lendo um livro que deveria ser obrigatório para todo e qualquer estudante universitário: “Filosofias da afirmação e da negação”, do filósofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos. O cara foi capaz de fazer a biópsia do século XX e, de quebra, deste século. Muito, muito câncer mental foi por ele detectado. E a doença ainda grassa. A continuar assim, nenhum dos “homens da tarde”, que atravancam nosso caminho, verão a luz do amanhecer…

Bruno Tolentino

Eu não fazia a mínima idéia de quantas reminiscências – relativas às conversas com o Bruno lá na casa da Hilda – a leitura de “Meditações sobre os 22 Arcanos Maiores do Tarô” (autor anônimo) me traria. Tenha ou não consciência disso, o Bruno Tolentino é o perfeito exemplo de “hermetista cristão” do qual o livro faz a apologia.

A morte

“Sócrates: (…) se eu não acreditasse, primeiro, que vou para junto de outros deuses, sábios e bons, e, depois, para o lugar de homens falecidos muito melhores do que os daqui, cometeria uma grande erro por não me insurgir contra a morte. Porém podes fiar que espero juntar-me a homens de bem. Sobre esse ponto não me manifesto com muita segurança; mas no que entende com minha transferência para junto de deuses que são excelentes amos: se há o que eu defenda com convicção é precisamente isso. Esse motivo de não me revoltar a idéia da morte. Pelo contrário, tenho esperança de que alguma coisa há para os mortos, e, de acordo com antiga tradição, muito melhor para os bons do que para os maus.”
(Fédon, de Platão.)

Apologia de Sócrates

Outro texto do Platão que faz a gente passar mal de tanto que a gente se sente bem: A defesa de Sócrates. Nietzsche, ao tentar “fazer filosofia com o martelo”, foi completamente infeliz no que disse a respeito de Sócrates. Ele deu foi uma martelada na própria testa… (O fato de Nietzsche ter passado uns dez anos catatônico antes de morrer, mesmo ao piano, não me deixa mentir.)

Górgias

Meu Deus, a leitura de Górgias, de Platão, faz a gente ter verdadeiros intelectorgasmos.

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